"Historic Center of Macau"

World Heritage Product Fashion ShowMacau Tower Convention & Entertainment Centre - Level 4
Tomorrow, June 30 – 15:00
As part of the first “Macao Apparel Week”

The show sets a great example of Macau’s unique value. With its legacy of more than 400 years of mixing cultures, where the East joins the West, creating an all set of experiences. The examples of this understanding can be seen through many great manifestations. On architecture, on food, on language, on music, streetscape and cultural forms.

In 2005, Macau entered the World Heritage List. Through this show we relive this interchange of culture, bringing designers from different practices and areas to the same stage. From Fashion, Architecture, Product and Graphic Design, Music and Video. Despite the use of different forms they share the same goal to celebrate Macau: A Historic City. We hope through this event we can bring more and more people to share the same experience we practice everyday.
Organized by The Association of Advertising Agents of Macau and co produced by +853 Cultural Association.

A local difference

+853 is an association that was born in the city with a simple target: to feel the urban space.

In the beginning, there were only two or three streets, shared by those who came first. Then, some more arrived, each one with a street and a neighborhood, each one with his stories, arts, wishes, hopes and despairs. With shared secrets and daily discoveries. When you look to the map, you cannot see two similar streets. When you look up, you are not able to find the same window twice. This city is a human being.

Macau lives between the peace of the hidden gardens and the chaos of the impetuous cranes that changes the faces of the city. Macau lives in its difference, in the indifference of the end of the afternoons. It lives with complacence and with the impatience of the days. It lives from those who breathe and with the ones who dream. Some desire future, others prefer past. The present is around there.

Here, in +853, we just want to feel the city, with all that it has. Because we are like it and it is so much of us, between peace and impatience, we want the city with all its colours and shapes. It is not much and it is everything: the city as it really is. It is the wish of stopping in turbulent days and the desire of moving in stagnation periods. It is to live the city, to feel it, to commemorate it with everything that it has, in all the possible different ways.

Here, in +853, we don’t have the same two windows. Some are shaped and strong. Others are small and shine. Some have curtains and are made of wood. Others are painted with fresh colors. All of them are widely opened, to look to the city and let it come in.

The +853 is an association that gathers different visions and philosophies to the city and that proposes to feel the urban space through several artistic ways. It is a project of united synergies, designing moments to discover, discuss and reinvent the city. During the whole year, the days are to learn, analyze and construct, with workshops, seminars, meetings, books, music, movies, and also shared teas and coffees.

On Heritage

Traveling stands still in the heart of a city. The quietness radiates a striking line from where History flows, from the walls, the roots and the windows of another plane of time, blending the interpretation of a vivid culture. The result is a new legacy, the richness of a diverse cultural heritage embarking on a singular, endless journey.
In creativity the present is transformed, mixing the scents, the shapes and the colors through an expanding future where distinction and meaning creates this new arrangement that crosses space and imagination.
Today the heritage is not set on yesterday but on the time to come. Sewing and designing the past onto a new creative product.

Invited by The Association of Advertising Agents of Macau, AAAM, the Cultural Association +853 presents an approach to the subjects of heritage and fashion. Locating cultures, tourism and historic facts, through the eyes and lines of different artists, promoting Macau’s diversity and placing it on a unique stand of History.
THIS IS ALSO TOMORROW!

Novo Director Editorial na Guerra e Paz

A Guerra e Paz editores tem um novo director editorial, Mário Sena Lopes, passando Manuel S. Fonseca, o anterior editor, a dedicar-se exclusivamente à administração.

Para Manuel S. Fonseca, “ esta é uma decisão estratégica, visando o crescimento da empresa. A entrada de Mário Sena Lopes é um reforço significativo para a editora, dotando-a de mais competência, de maior capacidade de diálogo com o mercado livreiro e com os autores”.

Mário Sena Lopes é um profissional com 34 anos de experiência no mercado do livro, tendo desempenhado funções de direcção comercial e editorial na Dom Quixote. Para Mário Sena Lopes, que passou também pela Seara Nova e pela CDL-Central Distribuidora Livreira, “esta é uma oportunidade de aplicar um conjunto de ideias e conhecimentos sobre a edição e a circulação dos livros, amadurecidos por uma contínua actividade na área do livro, agora numa editora que, apesar da sua juventude, possui já uma marca distintiva e, pela sua filosofia de edição e pela equipa que a constitui, contém um interessante potencial de expansão e captação de autores e de títulos.”

O novo editor da Guerra e Paz inicia funções no dia 2 de Julho e anuncia, como principais trunfos para o 2º semestre, títulos como “Rei Jesus” de Robert Graves, “Mitos da Economia Portuguesa” de Álvaro Pereira dos Santos e a reedição de “O Livro de Agustina”, a autobiografia de Agustina Bessa-Luís.

"Strolling in Macau" - Tomorrow at Bloom

We welcome you to be present at the introduction of the book "Strolling in Macau", tomorrow at 6 pm, at Bloom.

«Macau's walkability is just one of its many appealing features, which is why I believe the city deserves its own guidebook rather than a single chapter at the end of a guide to Hong Kong.
Hong Kong guidebooks tend to repeat the same standard clichés about Macau, describing it as a seedy Monte Carlo of the Orient lost in the shadows of Hong Kong. Rarely do these guides provide more detailed insights onto a city with a deeper and more nuanced history that Hong Kong, Macau's complexeties nonetheless demand more than a single chapter. They demand, in fact, an entire book.»

by the author, Steven K. Bailey

"Strolling in Macau" focuses on walking routes allowing one to discover the territory of Macau. Down to earth you can walk while enjoying the blossoms of the city. The narrow streets, the alleys, the cosy restaurants and the joint venture of a multicultural heritage that has endured for many years.

We will have a session with the Historian Jorge Cavalheiro, lecturer at the University of Macau, who will present the book while giving his thoughts on the whims of Heritage.
You can place your questions and opinions.

Please don't miss it. We will wait for you. Thank you.

MORE INFORMATION HERE OR FOLLOW THE LINK ON THE IMAGE.

Our first BLOOM MAGAZINE SALES!

It's the crazy magazine sales at Bloom!
This crazy season will be on for 2 weeks, until July16th!
Older titles, from March until May, 30% off, at your Bloom!!!

Lines on Line

A Lines Lab, marca da qual os designers Clara Brito e Manuela Correia da Silva são os directores criativos, vai participar na primeira edição da Macao Apparel Week (29 de Junho a 1 de Julho), onde apresentará uma novidade na sua linha de produtos: peças de vestuário, depois da aposta nos acessórios.
De acordo com Clara Brito, a colecção que vão apresentar "desenvolve o nosso trabalho. As nossas peças parecem ser muito simples. Acima de tudo temos acessórios, uma linha de malas e de candeeiros. Mas os acessórios estão a crescer de tal maneira que já não parecem só acessórios. Já são um misto entre um casaco e um vestido." Para a designer, esta nova colecção "não quebra completamente essa lógica e esse estilo, até porque essa é um bocado a identidade da nossa marca."
Em suma, "vamos apresentar uma colecção que deve ter à volta de 10 a 12 peças diferentes, divididas em duas partes: uma de peças que são um misto de vestidos-casacos que", explicou, formalmente partem de "uma ideia de um plano com um círculo nas costas, uma elipse." Depois "há uma gama de acessórios com umas linhas com uns bolsos que se fundem também um bocado com aquilo que temos estado a fazer até agora."
No âmbito da Macao Apparel Week vão ainda apresentar uma nova edição da colecção de malas "Derma". "Começámos por fazer malas com reciclagem de material, o que continuamos a fazer, mas acima de tudo o nosso mote agora passou por convidar designers e artistas que desenvolvam a sua pele, a sua ideia de 'derma'. Vamos, assim, lançar duas malas novas. Uma será a 'Derma Rose', apresentada pela primeira vez em Tóquio, e a colecção 'Derma +853', que tem como mote fotografias tiradas nesta zona onde se encontra a nossa loja", a área comercial conhecida por "Tintins".
No dia 28, revelou ainda Clara Brito, "vamos ter um desfile, que vai fazer parte da abertura do evento, onde, além de nós, vai estar uma série de designers de Macau, todos membros do Macau Fashion Club. Vamos estar também em exposição numa sala que terá, ao todo, 10 montras. Uma sala dedicada aos designers de Macau."
No dia 30, às 15 horas, a associação +853, da qual os dois designers são membros fundadores, foi convidada pelo organizador do evento para que reunisse um conjunto de designers e artistas de Macau, Hong Kong e Taiwan.
A loja Lines Lab existe há cerca de um ano e meio, enquanto que a marca homónima, "em termos oficiais", tem meio ano de vida. "Apesar de o mercado de Macau estar a crescer, vivemos essencialmente das exportações, dos turistas e de residentes de Hong Kong, que são maioria dos clientes", conta Clara Brito.
Se em Macau o negócio "cresce devagarinho", a vertente internacional não foi descurada e é possível adquirir os produtos "desined in Macau" em Tóquio, Hong Kong, Banguecoque, Barcelona, Porto ou Lisboa.
"Sentimos que em Macau existe algum mercado, mas é um mercado relativo. Não é um grande mercado. Neste momento, estamos a crescer sobretudo a nível das exportações." Nesse sentido, conclui, "este evento que agora se vai realizar foi o mote perfeito para desenhar uma nova colecção" e tentar outras oportunidades.
HUGO PINTO in PONTO FINAL

And here they are, July Editions of:

National Geographic, featuring the Malaria worldwide plague.
National Geographic Traveller, this month featuring la bela Italia!
Wired, with the secret of Red Bull.
The New Yorker, on Summer Movies.
Harper's, foreign agents lobbying in the US.
Interior Design, the buzz about office.
Discover, featuring "Science and Islam".
Discover, special Edition on Medical Misteries (we still have "The Brain" edition!).
Metropolitan
and more on the way! ;-)

Don't miss them, come and get your copy @ Bloom!

They came yesterday

Probably the most common historical reference to Chinese Lion Dance is the story of Nian (年). According to legend, a monster was terrorizing a small village; eating the livestock, crops and villagers. One day, a Buddhist monk visited the village and witnessed the events that had taken place. To rid the villagers of this menace, the monk instructed the villagers to get their best martial artists and build a 'monster'. In addition to this, the monk instructed the villagers to fill bamboo shoots with gunpowder and to cover the village in red decorations. The following year, when Nian came back (its coming had become an annual occurrence), the village's best martial artists ran out with their 'monster', whilst the rest of the villagers rushed out banging their pots and pans, throwing their homemade firecrackers. Seeing this, Nian fled the village, scared for its life. From this day, the Chinese perform this dance to not only celebrate their besting of Nian, but also to ward off bad-spirits or, if Nian should return, scare it away.

An Lion Dance Association of Macau was blessing all the places in our neighbourhood. Nian was hiden in Bloom, reading Dostoiévski, they didn't see him inside and he didn't care about them anymore, about the villagers.

Fresh from the oven

Just arrived today are two books from Phaidon Press, here they are:

The Silver Spoon
The bible of traditional Italian cooking, with over 2,000 recipes.

The Silver Spoon, the most influential and successful Italian cookbook of the last 50 years, is available in English for the first time. Originally published in 1950, it became an instant classic, selling over one million copies in eight editions. Considered essential in every household, it is still one of the most popular wedding presents today.

The Silver Spoon was conceived and first published by Domus, the design and architectural magazine famously directed by Giò Ponti from the 1920s to the 70s. A select group of cooking experts was commissioned to collect hundreds of traditional Italian recipes and make them available for the first time to a wider modern audience.

In the process, they updated ingredients, quantities and methods to suit contemporary tastes and customs, at the same time preserving the memory of ancient recipes for future generations. They furthermore included modern recipes from some of the most famous Italian chefs, resulting in a style of cooking that appeals to the gourmet chef and the amateur enthusiast alike.

A comprehensive and lively book, its uniquely stylish and user-friendly format makes it accessible and a pleasure to read. It provides an introduction to every course, and an in-depth explanation of the main type of ingredients. Each recipe is accompanied by a recommended list of wines, whilst a section devoted to menus (seasonal, special occasions, everyday) aims to help not only with the cooking but also with the planning of the perfect culinary event.

Never translated before, The Silver Spoon has now been adapted to an international market, with every recipe scrutinized for suitability, measurements converted and methods rewritten to accommodate cultural differences, while maintaining the authenticity of real Italian cooking. The new layout emphasizes its contemporary appeal and the colour-coding of each section simplifies the process of cross-referencing ingredients and methods.

This is a monumental and unsurpassably prestigious cookbook that will share the bookshelves with classic titles such as The Joy of Cooking and Larousse Gastronomique. With over 2,000 recipes illustrated with specially commissioned art work and photography, the book is destined to become a fresh and definitive classic in the Italian cuisine booklist.
[WEBSITE]

Spoon
A global overview of contemporary industrial design.

Curated by Ron Arad, Giulio Cappellini, Ultan Guilfoyle, Brooke Hodge, Laura Houseley, Hansjerg Maier-Aichen, Ryu Niimi, Ramón Ubeda, Lisa White and Stefan Ytterborn

Spoon is a definitive view of new product design, presenting the work of 100 exceptional designers who have emerged on an international platform as recently as the last five years: these are selected by 10 critics, designers and entrepreneurs who are universally respected for their informed opinion on the international contemporary design scene.

This book provides provides a unique opportunity to explore a diverse collection of recent design projects: furniture, lighting, tools, utensils, high-tech products, machinery and so on. The designers are listed in alphabetical order, featuring two double-page spreads for each. Fresh, exemplary products are brought to life by sketches, drawings, computer renderings, model and prototypes that help to explain, together with the extensive captions, the process behind each project.

Short analytical texts by the curators explains the designers' works and the characteristics that make their projects forward-looking and groundbreaking. Spoon also features, at the end of the book, 10 'classic' industrially manufactured product designs, chosen by the curators as best examples of the 'good design'. These 'classics' are accompanied by the curators' respective explanations of their choice of designers and their concept of 'good design'.

Spoon takes its place in a unique series of surveys identifying 100 of the most interesting, cutting-edge practitioners of key art forms. Parallel surveys include cream and Fresh Cream (contemporary art), BLINK. (photography), and 10 x 10 and 10 x 10_2 (architecture).

Also available is a specially-bound hardback edition, with a striking steel cover, which mirrors the pioneering design of the book's subject matter, asserting, through its unique design, a vital presence.


So what are you waiting for? A spoon is all you need to start digging a new way at BLOOM?

Is it you who is going to get it?

In 1988, the year before Tianammen Square Massacre, news shot through the village that Jian Ping had died. From Zhuhai City, he could see Macau just across the harbor, and apparently he had drowned while trying to swim across and smuggle himself into the country. At least, that is the information provided by the person who wrote the letter announcing Jian Ping's death.
Jian Ping had wrapped his documents and money into a bundle and tied it to his head. He waited for the sun to go down and headed to the outskirts of Zhuhai. Then with his eyes fastened on Macau, he began swimming. It was pitch black and he swam a number of miles, intending to slip secretly into Macau waters. To a Japanese, his action would probably appear unbelievably reckless. But I can understand his feelings so strongly in makes my heart ache.
Zhuhai and Macau are connected by land. You can stand on the streets of Zhuhai and look over at Macau. Just a breath away, a different country stretches out before your eyes, inhabited by the same race of people. And casinos. Macau has casinos. And money. Where there is money, one can do anything and go anywhere. In Macau people enjoy all kinds of freedoms, every freedom there is. But that freedom, we hear, is guarded by border patrols and surrounded by a tall wall wired with high-power voltage. Could there be a more cruel place on earth?
From «"My Crimes": The Defendant's Statement by Zhang Zhe-Zhong»
Chapter Five of Grotesque by Natsuo Kirino
We have three copies of this book and one can be yours. We specially recommend it. Come before they're gone. We close at 9 pm.

Greenpages

“The Internet is a wonderful place to be, and we’re leading there”, according to Arthur Sulzberger, New York Times owner, chairman and publisher. The world’s most respected newspaper already has 1.5 million online readers a day but only 1.1 million subscribers to the printed edition. Printed newspapers raise many sustainability issues and Sulzberger has decided that in 5 years the New York Times will only be available online. If you have a comment about his decision write to publisher@nytimes.com.

Na memória das ervas

Acorde

Onde passou o vento
são altas as ervas,
e os olhos águas
só de olhar para elas.

Para quem não sabe o valor que tem a poesia de Eugénio de Andrade aqui está a prova da sua grandeza e pura simplicidade. Faz parte de um conjunto de 3 obras publicadas pela Quasi em Dezembro do passado ano. Primeiros Poemas, As Mãos e os Frutos e Os Amantes Sem Dinheiro dão fomra a esta obra subliminar que distingue toda a de Eugénio de Andrade.

"Primeiros Poemas" recupera versos de dois livros juvenis, Adolescente e Pureza, e publica-se pela décima terceira vez. "As Mãos e os Frutos" reimprime-se aqui pela vigésima segunda vez. A primeira edição é de 1948. "Os Amantes sem Dinheiro" impresso pela primeira vez pelo do Centro Bibliográfico, data de 1950. Está é a décima oitava edição. O livro completa-se com um posfácio de Jorge de Sena e uma Memória escrita em forma de crónica, ainda em vida do poeta, por António Lobo Antunes e que nos leva para lá das linhas da poesia através da amizade entre os dois autores.

Um livro que pode encontrar na BLOOM e que faz parte dos títulos mais queridos da nossa colecção. No entanto estará sempre à sua disposição.

QUASIISBN: 9895522320 POESIA 2006

Go in pieces

This groaning, bedridden form is not Shizuko Akashi. Miss Akashi, a 31 year-old supermarket cashier, died on March 20, 1995, the moment her brain was so severely starved for oxygen that she permanently forgot her name, the face of her best friend from high school, and even her place of work. Not that she could work were her mind still present; the sarin gas that irrevocably corroded her nervous system has confined her to a wheelchair for the past decade, most of which has been spent in hospitals. In any case, she's no longer really there. There is someone there, someone who may dimly perceive that once she was something more: a whole woman who loved going out for noodles with her family, who maybe read young men's hipster fashion magazines when she was slacking off at work, who might have had a secret crush on the grim, stocky guy who came in several times a week to buy a pre-made lunch box. But that woman is no longer.

A presence has taken her place, living in the broken shell of the woman who was before. The presence is frightened, confused. The name of this new presence is Shizuko Akashi, but she has only recently learned how to say it. She has no memories of the life that the other Shizuko lived prior to the attacks. Miss Akashi's older brother, her primary caretaker, may sing to her or relate the latest family gossip when he washes her hair or assists her when she eats, but it is someone else he cares for and talks to. Shizuko Akashi is gone.

Shizuko Akashi and her brother Tatsuo are two of the testemonies interviewed by Haruki Murakami that forms a document that is not only the diary of a moment but the portrait of a whole society. The interviews spread themselves into a vast compendium of short stories. Each one branches out or growns into a colective memory of the Japanese nation. They were all conected to the event that blew in the underground stations of Tokyo where the Subway Sarin Incident happened, perpetrated by Aum Shinrikyo the Japanese religious group founded by Shoko Asahara, back on the 20th of March 1995.

This is a book that you can read in pieces. It lasts forever and you can get on at any station. Why not start with it at BLOOM?

Um Bestiário Poético

Nem sempre é fácil
olhar o animal
mesmo que ele te olhe
sem medo ou
ódio
fá-lo tão fixamente
que parece desdenhar
o seu subtil segredo
parece melhor sentir
a evidência do mundo
que de noite e dia
ruidosamente
perfura e corrói
o silêncio da alma

Jean Follain
(tradução de Jorge Sousa Braga)

Quantos animais (para além de nós) existirão à face da terra? Ninguém é capaz de responder a esta questão. Só sabemos que são inumeráveis como as estrelas do céu. Muitos de nós vivem como se eles não existissem. Contudo, somos companheiros de viagem. E simultaneamente o produto dessa viagem. A maioria deles partiu muito antes de nós. Só muito recentemente nos juntámos a eles. O nosso futuro e o deles são indissociáveis. A nossa história conjunta é uma história de fascínio e de repulsa, de extermínio e de amor. Os primeiros poemas sobre animais são provavelmente tão velhos como a própria poesia. Há um poema dos inuit que fala de um tempo em que as palavras eram mágicas e em que os homens se podiam transformar em animais e os animais em homens. Todos eles falavam a mesma linguagem. Com o passar dos milénios perdemos essas capacidades. Já não nos podemos transformar em animais (e vice-versa) e as palavras deixaram de ser mágicas. Passaram a ser apenas palavras e a magia uma palavra entre elas.” Jorge Sousa Braga, na introdução a este livro.
Animal Animal - Um Bestiário Poético • Assírio e Alvim • ISBN: 9723709198 • 2005

Tell me who you are
I'll tell you who you hang with

[Are you an Early Adopter, a Innovator, a Laggard or a Luddite?]

An Early Adopter is a person who embraces new technology or new ideas before most other people do. Early adopters tend to buy or try out new stuff, and new versions of existing ways of life, sooner than most of their peers. According to a theory called Diffusion of Innovations (DoI) formulated by Everett Rogers, Early Adopters make up 13.5 percent of the population.

Early Adopters, while eager to explore new options in technology and in other subjects of life, are not the most daring, and are not especially prone to taking risks. That role, according to Rogers, is played by a small minority of people called Innovators. Only one person in 40 is of this type. They are the people most likely to conceive and develop new methodologies and technologies, and who often end up running large corporations or founding new ones.

Early Adopters and Innovators have counterparts, known as Laggards and Luddites, at the opposite end of the human spectrum. Laggards are slow or reluctant to embrace new technology because of disinterest or financial constraints. Luddites actively fear or loathe new technology and new experiences, especially those forms they believe threaten existing jobs. Luddites have mechanical jobs for life, they don't use their creativity and most of them watch TV and hardly read a book.

Inédito em Português

[VERSÃO DE ZURIQUE]

Sr. Bertolt Keuner

Baseia-se a presente edição na pasta "Histórias do Sr. K", que se encontrava em Zurique no espólio da documentarista Renata Mertens-Bertozzi, falecida em Dezembro de 2000. É parte constitutiva da Colecção-Brecht Renata Mertens-Bertozzi, que a Fundação Archiv da Akademie der Künste, em Berlim, conseguiu adquirir em Janeiro de 2004 para o seu Arquivo-Brecht.
A pasta é a colecção mais abrangente de textos de Keuner que se tornou conhecida. (…) Contando com os textos novos, é neste momento conhecido um total de 121 histórias, aforismos, citações e fragmentos pertencentes ao conjunto-Keuner. A presente edição compreende praticamente metade, nomeadamente as 58 histórias contidas na pasta de Zurique.

«Keuner é um porta-voz do autor, uma personagem de jogo e projecção, áspera, angulosa, irritante, conhecida pelo nome e ao mesmo tempo anónima, um rompimento irónico, digamos mesmo um estranhamento em relação às intenções de Brecht.»

O reencontro

Um homem que já não via o senhor K. há muito tempo
cumprimentou-o nestes termos: “Você está exactamente na mesma.”
“Ah!” disse o senhor K. e empalideceu.

Bertolt Brecht (1898-1956)
Dramaturgo, poeta, romancista e ensaísta , nasceu em Augsburg, Alemanha, a 10 de Fevereiro de 1898.
Em 1917 iniciou o curso de medicina em Munique, mas logo foi convocado pelo exército, indo trabalhar como enfermeiro num hospital militar. Aquele que se iria tornar uma das mais importantes figuras do teatro do século XX, cedo começou a escrever os seus primeiros poemas e cedo se rebelou contra os "falsos padrões" da arte e da vida burguesa, corroídas pela Primeira Guerra. Tal atitude reflecte-se já na sua primeira peça, o drama expressionista "Baal", de 1918. Colabora com os directores Max Reinhardt e Erwin Piscator. Em 1928, faz com Kurt Weill a "Ópera de Três Vinténs". Com a ascensão de Hitler, deixa o país em 1933, e exila-se em países como a Dinamarca e Estados Unidos da América, onde sobrevive à custa de trabalhos para Hollywood. Faz da crítica ao nazismo e à guerra tema de obras como "Mãe coragem e seus filhos" (1939). Dos Estados Unidos, vítima do macartismo, parte em 1947 para a Suíça onde redige o "Pequeno Organon", suma de sua teoria teatral. Volta à Alemanha em 1948, onde funda, no ano seguinte, em Berlim Leste, a companhia Berliner Ensemble.
Bertolt Brecht destacou-se também na poesia, de forte conteúdo social.
Morreu em Berlim, a 14 de Agosto 1956.

Histórias do Senhor Keuner: Versão de Zurique de Bertolt Brecht
Campo das Letras • 33º volume da colecção: Campo do Teatro • ISBN: 9896251338 • 2007

Fuck!

Yeah, I was really nervous.
Yes, I was so nervous I couldn't believe it.
It was crazy. So long. So many years and then there I was, waiting. Waiting just a bit with all the world in my hands.
Yeah, that was all my world. And my hands, I kept them with me all the time. There was nothing more.
That was the reason for what I lived untill then. For what I was born. And standing there I couldn't believe it. Oh fuck, that was the day. Gouge away.
And so it was. The lights broke down, the smoke came, everyone around me shouted and jumped. Raised their hands. And I thought "Fuck, this is it, this is the day, this is now and I'm here!"
And so I jumped, I raised my hands, I shouted the hell out of me. I couldn't believe a minute of what was happening. And I didn't care.
I didn't care if that was a dream or not. If I was just sleeping or if someone was spitting a curse upon me. I really didn't care at all...
And the smoke passed away, the lights were just this crazy as I was, as everybody was. The sound bursting in my ears and the rest of everything around me, wow!
They came, that I remember. After that I just don't know, I can try to make an idea if somebody asks. I can try myself out, but I doubt it could be the truth. If it could be what other people say. I can try to recall some of the words like "your dad is rich and your mama is a pretty face...", or something like that, but right now isn't really important.
I was so nervous and then there was this calmness, this nothing I can say or explain and suddenly I was not there: I was out of my mind.
And fuck, that was good!

Criar o galo do vizinho

O nosso vizinho, o da porta ao lado, pode transformar-se, de repente, num fanático, num fundamentalista. Porquê? Como?

Este livro é uma análise explosiva de um dos mais assustadores fenómenos do nosso tempo. As pessoas não buscam aliados quando amam, fazem-no quando odeiam ou ficam obcecadas com uma causa. Um fanático é, pois, alguém que está disposto a sacrificar a vida, se necessário, pelas suas crenças.
Este livro é um clássico, permanecendo ainda mais relevante hoje do que quando foi publicado pela primeira vez, em 1951. Escrito num contexto histórico em que o comunismo e o nazismo eram as referências tutelares do fanatismo, o livro conseguiu atingir um alcance intemporal pela forma como demonstra o papel decisivo que estas pessoas têm num movimento de massas.

A fé numa causa sagrada é em grande medida um substituto para a fé que perdemos em nós próprios.
Quanto menos justificação um homem tiver para reclamar a excelência em si mesmo, mais preparado estará para reclamar toda a excelência para a sua nação, religião, raça ou causa sagrada.
O homem tem tendência a meter-se na sua vida quando esta é digna disso. Quando não é, tenta esquecer-se da sua vidinha insignificante para se meter na dos outros. Esta atitude traduz-se na má-língua, na bisbilhotice e na intromissão, e também num interesse fervoroso em assuntos comuns, nacionais e raciais. Ao fugirmos de nós próprios espreitamos por cima do ombro ou atiramo-nos ao pescoço do vizinho.
A nossa frustração é maior quando temos muito e queremos mais do que quando nada temos e queremos algo. Estamos menos insatisfeitos quando nos faltam muitas coisas do que quando parece faltar apenas uma.
Eric Hoffer
Autodidacta norte-americano, Eric Hoffer nasceu em Nova Iorque em 1902, descendente de imigrantes alemães. Trabalhou no campo, em restaurantes e até na estiva, ao mesmo tempo que lia compulsivamente. Apesar de ter estabelecido a sua reputação com a obra que agora se publica, escreveu mais nove livros, entre os quais se destacam “The Passionate State of Mind” (1955), “The Ordeal of Change” (1963) e “The Temper of Our Time” (1967). No ano da sua morte, em 1983, foi condecorado com a Presidential Medal of Freedom. É considerado um dos maiores pensadores americanos do século passado, dando nome a um prémio literário que visa distinguir a escrita de grande mérito.

Do Fanatismo – O Verdadeiro Crente e a Natureza dos Movimentos de Massas,
de Eric Hoffer

Guerra e Paz • Colecção A Ferro e Fogo • 2007

Before you go to bed

Tonight at BLOOM TV we have a master joint venture between Jeremy Irons and Samuel Beckett: Ohio Impromptu.

Ohio Impromptu is a short play by Samuel Beckectt. Written in English in 1980, it began as a favour to Stan Gontarski, who requested a dramatic piece to be performed at an academic symposium in Columbus, Ohio in honour of Beckett’s seventy-fifth birthday. Beckett hesitantly agreed and began work on the play at the end of March and the first week of April, 1980.

From the original play Charles Sturridge directs this piece of twelve minutes in a simple way. Taken from the Beckett on Film project modern cinematic techniques allowed the characters, Reader and Listener, to both be played by the same actor, the great Jeremy Irons, following the interpretation that they are really elements in the one personality. In the text the pair only look directly at each other at the very end but in this production they communicate visually throughout.

The synopsis
Two identical black clad characters with long grey hair (a Reader and a Listener) sit at a table. The Reader reads from a small book (described as "a sad tale"), and the listener, never speaking, prompts him to stop, start and repeat with knocking on the table. The play ends when the Reader finds that there is "no more to tell" from the book.

For more on Beckett check our side, and abandoned, blog SAMUEL BECKETT 100.

Enjoy!

O Arquitecto

[ESBOÇO PARA OUTRA COISA QUALQUER]

No corredor é preciso que duas pessoas se cruzem. Sem se tocarem.
Que se cruzem várias pessoas em simultâneo e que o largo do chão entre as paredes os deixe sobreviver.
É preciso, para que isso aconteça, que o corredor tenha a largura de três corpos e que o piso seja liso e uniforme. Talvez com uma ligeira curva, se lá fora não existir nenhuma árvore que o impeça.
Vidros no corredor para a luz penetrar. É tudo. A janela a correr e a deitar a sua luz até ao entardecer e depois, de novo, pela manhã. Talvez um vidro grosso para o proteger do calor.
E do frio no Inverno.
Do barulho dos carros, também.
O Gehry já fez as janelas tortas. Todos os outros, antes ou depois, em certa altura da sua obra, deixaram também uma janela fora do papel.
As minhas vão ser como calhar. Vou pensar ainda nisso, se tiver tempo, há coisas mais importantes para tratar.
Pelas aberturas do vidro entra um mundo e sai o outro e para isso não é importante se de repente a linha se tornar oblíqua.
As cores fazem o resto. Espalham a luz, acolhem o som e a humidade.
Aqui faz húmido. E muito calor.

Quando passo no corredor cruzo-me com outra pessoa. Sei que se ela se cruzar comigo me vai deixar sobreviver.
E não há nenhuma árvore que o impeça.

Monstruosity

Grotesque by Natsuo Kirino • Harvill Secker • 2007

BLOOMAPANESE TV!

Crying, shiku shiku
Reluctantly, shibu shibu
Repeatedly, tabi tabi
Just in time, giri giri
Hara hara, nervous heartbeat
Kira kira, glittering sparkle
Chika chika, the flickering light of the stars
Doki doki, the hammering beat of my heart

I'm messed up, mecha mecha
But you laugh, gera gera
In the lightning, goro goro
And your eyes, pika pika
Kisu kisu by the river
Gusha gusha, that flows so slow
Zaa zaa, in the sound of the pouring rain
Chiku chiku, when will I see you again?

Nervous Heartbeat
[MOMUS ON HIS LAST ALBUM "OCKY MILK"]
He said: «I want to make something as static, as friendly, as consensual, as self-effacing, as Japan itself. It will be a feminine record and a friendly record. It will - it should - contain the deep sensuality of Renaissance lute music, or bossa nova. You should be able to put it on and just let it hover in the background all the way through, structuring your contentment in a self-effacing, classical, cool and elegant way. I don't know if I'm capable of making music that serene and sensual, but I want to try.»

I'm all in Japan. Reading Grotesque from Natsuo Kirino and stepping my feet into Underground by Murakami. Each one gives a life experience of japanese exuberance, zest and history. It's all there. The social report, the verve and the damnation! It gives you as much as you can get... and the thing is that I'm not in Macau anymore, I'm living in the P Ward of a Tokyo Station with a nervous heartbeat!
This song is the best you can get for you to carry on and give me your hand on this trip. Come, it's beautiful!

Bloom nas Escolas (I)

Até Sexta-Feira a Bloom vai estar no Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, no cimo da Rua de Horta e Costa. Livros para todos os gostos e de todos os feitios, cheios de cores e sabores. 
Amanhã vamos ter algumas Receitas Nojentas, que nos esquecemos de levar no primeiro dia. Não perca! ;-p
Pode também vir à Bloom onde temos a nossa secção para os mais pequenos a brilhar.

Thrive

Days are getting better at Bloom: we're giving books away. We have all sort of people coming. They enter, they smile, they talk with us, they stay. They linger. We become friends. Us and the friends of Bloom. They take our books home. They read them, they show them to the loved ones. They read them aloud and they smile again and, somehow, they remember our existence. That we live. That we are in Macau.

That's it. Come to buy a book at Bloom. You take many things in return. In a glimpse you take happiness and freshness.

Thank you to all the friends of Bloom!

In the mood for... Tango

After listening to Tango music for a whole day, all one feels is the need to endlessly embrace in a dance in the streets of Buenos Aires of our dreams and release the long-time captive fire.
[photo from here]

Acontecer com uma nova forma

Romancista e crítico francês, Marcel Proust nasceu a 10 de Julho de 1871 em Auteuil, perto de Paris, e morreu a 18 de Novembro de 1922, na capital francesa. Era uma criança débil e asmática mas também com uma inteligência e uma sensibilidade precoces.
Até aos 35 anos movimentou-se nos círculos da sociedade parisiense. Depois da morte dos pais isolou-se no seu apartamento de Paris, onde se entregou profundamente à composição da obra-prima, A la Recherche du Temps Perdu (Em Busca do Tempo Perdido, 1914-27). Este imenso romance autobiográfico consta de sete volumes em que expressa as suas memórias através dos caminhos do subconsciente, e é também uma preciosa reflexão da vida em França nos finais do século XIX. A obra é como a sua vida: o reencontro de duas épocas, a tradição clássica e a modernidade. Proust é considerado o precursor do romance contemporâneo. Marcel Proust licenciou-se em Direito (1893) e Literatura (1895). Durante os anos de estudo foi influenciado pelos filósofos Henri Bergson, seu tio, e Paul Desjardins e pelo historiador Albert Sorel. Em 1896 publicou les Plaisirs et les jours uma colecção de versos e contos de grande valor e profundidade, muitos dos quais saíram nas revistas le Banquet e la Revue Blanche. A revista le Banquet (1892) foi fundada pelo próprio Marcel Proust em conjunto com amigos. É nesta altura que publica os seus primeiros trabalhos literários e biografias de pintores. Faz traduções de Ruskin, ensaia o relato romanesco da sua trajectória espiritual compondo Jean Santeuil, obra que fará silenciar por lhe parecer apressada e demasiado próxima do seu diário. A morte do pai (1903), da mãe (1905) e de um grande amigo, empurraram-no para a solidão, mas permanece financeiramente independente e livre para escrever. Através da reflexão que desenvolve obra Contre Sainte-Beuve, composta em 1907, aproxima-se já do grande livro A La Recherche du Temps Perdu. Em 1909 priva-se de toda a vida social e quase de toda a espécie de comunicação. Em 1912 foram publicados no jornal "le Figaro" os primeiros extractos da obra. Proust cria um trabalho grandioso, escrito na primeira pessoa. Excepção na narrativa, Un Amour de Swann é a história de uma época. O mundo exterior e o mundo interior são originalmente identificados. Viajando no tempo, problematiza a modernidade e a existência maquinal a que ela nos condenou. É um trabalho realizado no reencontro de uma vida perdida e que se prolonga, por outro lado, numa metafísica sugerida, como é o caso do episódio da chávena de chá em que Proust nos quer transmitir que a realidade autêntica vive no nosso inconsciente e só uma viagem involuntária pela memória nos leva ao contacto com ela.
A la Recherche du Temps Perdu é uma história alegórica da sua vida, de onde são retirados os acontecimentos e os lugares. O autor projecta a sua própria homossexualidade nas personagens considerando-a, bem como a vaidade, o snobismo e a crueldade, o maior símbolo do pecado original. Proust é considerado precursor da nova crítica e fundador da crítica temática. Publicou ainda em 1919 Pastiches et Mélanges.

Os sete volumes desta obra-prima literária foram publicados pela Relógio d'Água, numa muito aguardada tradução do poeta e ensaísta Pedro Támen.
Todo este percurso de descoberta do sentido do mundo, ao longo das suas 3000 páginas, pode agora ser desfolhado na BLOOM.

A tua pele é da cor do interior das igrejas

Perry Blake é um dos maiores cantores e compositores contemporâneos. Dizemo-lo porque o sabemos verdade, porque em cada uma das suas lindas canções de amor há um olhar novo sobre a música popular, um reescrever de formas e de parecenças que nos parecem atirar para um mundo absolutamente único. Desde o seu homónimo albúm que se instituiu na música popular com um particular culto de uma imensa minoria em terras lusas e no mundo. Regressa em 2005, com mais um fabuloso conjunto de canções. Pelo meio deixou-nos à beira da mais profunda melancolia com Still Life, redimensionou as canções dos primeiros discos num brilhante registo ao vivo, fez-nos felizes com o ritmo up beat do magistral California e revisitou a matéria dada com Songs For Someone.
Neste livro lêem-se versos quer em português, quer em inglês, cantando cada um deles e esperando que novas páginas cheguem para que um dia se aumentem ainda mais These Pretty Love Songs.

Perry Blake faz parte da secção de Música em Palavras presente no escaparate da Bloom. De lá os ecos de melodias belas soam todos os dias. Como o mistério que envolve a presença dos pássaros:

Voltar para casa
Vou voltar para casa

Não te escondas mais
Não vivas o sonho dos outros
Não mintas mais
Não vivas o sonho dos outros
Eu não quero morrer
A viver o sonho dos outros

Voltar para casa
Vou voltar para casa

Não tentes
Viver no sonho dos outros
Não queiras morrer
A viver o sonho dos outros

Voltar para casa
Vou voltar para casa

de "Canções Para Alguém"
These Pretty Love Songs / Estas Lindas Canções de Amor, de Perry Blake
EDIÇÕES QUASI - VILA NOVA DE FAMALICÃO - 2005

Portrait of the Rising Dragon


Basil Pao, author of China Revealed, featured last Sunday - June 17th, South China Morning Post Magazine.
The book was a result of Basil's travellings throughout China, in the search and discovery of his own roots:

China, a country of 1.3 billion people in the grip of an industrial revolution absorbing a large part of the world's resources, was until relatively recently a closed book to most in the West. With the advent of the Olympic Games in Beijing more and more people will visit this vast country and with that in mind the Hong-Kong based, internationally celebrated photographer and writer Basil Pao determined to travel through every province of China, recording history and landscape, people and places, to give a comprehensive snapshot of China today. By turns lyrical and
exquisite, stark and brutal, his informative text and powerful photographs show a country in transition. A country whose four thousand years of cultural history are being rediscovered, and where new urban wealth and rural poverty coexist uneasily as a new regime tackles a legacy of corruption, of anarchy under Mao's cultural revolution and repression in its aftermath. CHINA REVEALED is a profoundly important and visually stunning record of one of the most powerful nations on earth.

A book that you may discover @ Bloom!

Agarrado à memória

Este é um livro lindo que vem de dentro da Terra, de dentro do País e da mão do Homem.
"Os Comeres dos Ganhões - Memória de Outros Sabores", por Aníbal Falcato Alves, da Campo das Letras, é um saboroso inventário da comida dos criados de lavoura ou mondadores dos campos alentejanos, e que constitui um repositório indispensável para conhecer a comida dos trabalhadores agrícolas em tempos de penúria. É a comida de quem trabalha a terra em condições sempre adversas e, para resistir, recorre à imaginação usando as ervas, as plantas, a batata, o pão e as gorduras e proteínas em escassa quantidade.

A comida dos ganhões tem por isso agriões, acelgas, beldroegas, oregãos ou poejos. Preparam açordas de coentros ou poejos e se há mais recursos põem uns fios de bacalhau, sardinhas ou ovos.

Não há dinheiro para a carne, e por isso se usam as miudezas como abona a cachola. E quem quiser inteirar-se destas relíquias da mesa, destes produtos étnicos em vias de recuperação, leia como se faz um cozido, um ensopado, os gaspachos, as sopas que tanto podem levar fava, como cebola, como espargos ou pés de porco.

Se o leitor quer ir mais longe, fica a saber que há petiscos, desde que possa utilizar um pouco de bacalhau, pimentões verdes, tomate maduro, e um pouco de azeite, vinagre e sal.

O autor enriquece a edição com depoimentos de operários agrícolas que confirmam as migas, os ensopados e o uso de feijões e batata. Como nos esclarece o Sr. Travassos, de Sta Maria, Estremoz: “Para as migas gatas, a gente esfatiava um bocado de pão dentro de uma tigela, migava-lhe um dentinho de alho em cima, umas pedrinhas de sal, depois deitava-se água quente em cima, abafava-se com outra tigela, e ali ficava a abrandecer as sopas que se embebiam naquela água.

Então, deitava-se a tal pinguinha de azeite-que aquilo era para aí um dedal de azeite - mais um pouco de vinagre, e pronto, estava feito.” Parece que a provação aguça o engenho, nos espíritos e nos estômagos. Quem nada possui para comer, luta e aduba com os aromas e sabores os poucos alimentos disponíveis.

O resultado pode ser um milagre. É o caso desta cozinha dos ganhões. A palavra "ganhão" deriva do árabe "al-gannam" e chegou até nós através do castelhano "gañan" com o significado de pastor. Nesta presente edição, uma iniciativa conjunta da Campo das Letras e da Câmara Municipal de Estremoz, procurou-se conjugar matéria de edições anteriores, mantendo, lado a lado, os dados de natureza social e a confecção de receitas culinárias, num volume que, condensando o essencial das matérias já publicadas, tivesse uma dimensão mais apelativa ao seu manuseamento.

Devíamos ter encomendado 10 livros destes mas só temos um. Virão mais em breve. Que chegue o primeiro interessado e o leve consigo, pelo caminho não se esqueça de, com a mão de fora do carro, apanhar as ervas que brotam da Terra.
É verdade, aqui em Macau, só brota betão mal armado.

Os Comeres dos Ganhões - Memória de Outros Sabores, de Aníbal Falcato Alves
CAMPO DAS LETRAS

MC-34-08: Storyboard para uma grande Livraria





[MAIS INFORMAÇÕES MUITO EM BREVE]

Lendas de cá, vindas de lá

Contos e Lendas de Macau: São seis histórias e lendas de Macau. Histórias onde os homens vivem lado a lado com os deuses. Histórias de amores contrariados, de pássaros que sabem prever o futuro, de poetas que falam línguas diferentes das que se falam nas cortes dos poderosos. São histórias de magia. Histórias onde tudo pode acontecer.

Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, actualmente editados na Caminho, cerca de três dezenas de títulos. Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa e, em 1983, com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Recentemente foi indicada pela Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People) como candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen. Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para crianças e jovens, atribuído a um autor vivo pelo conjunto da sua obra. Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção nacional e internacional. Várias das suas obras foram editadas no estrangeiro.

Com esta sugestão, a Bloom anuncia o seu mais recente espaço dedicado à leitura para os mais novos. Livros infantis, em inglês e português, no primeiro andar da Bloom, muito em breve!
"Contos e Lendas de Macau" de Alice Vieira Ilustrações de Alain Corbel
EDITORIAL CAMINHOISBN: 97221146892002

No Pavilhão Hermann

Thomas Bernhard, um dos escritores mais controversos e mais originais da moderna literatura austríaca, descreve nesta obra de carácter autobiográfico a sua relação de amizade com Paul Wittgenstein, um sobrinho do notável filósofo Ludwig Wittgenstein. O narrador passa em revista alguns dos episódios mais empolgantes ou impressivos dessa amizade e inicia o seu relato num momento repleto de significado, aquele em que ambos se encontram ocasionalmente internados no mesmo hospital de Viena, o narrador no serviço de doenças pulmonares e Paul na unidade de psiquiatria. Cada um levado, portanto, pela enfermidade que o acompanhou durante toda a vida: Thomas Bernhard sofria de uma doença pulmonar, que se foi agravando até à sua morte em 1989; Paul Wittgenstein, espírito brilhante, profundo conhecedor de música e apaixonado pela ópera, era com frequência atacado por perturbações mentais, que obrigavam ao seu internamento num hospital psiquiátrico. Ambos tinham, porém, em comum os interesses artísticos, o prazer da crítica, resultante da observação do mundo que os rodeava, a paixão das conversas de natureza filosófica. Paul, pertencente a uma das famílias mais ricas da Aústria, morreu na miséria, porque “deitou muitos milhões pela janela fora”. E a essa miséria juntou-se, nos seus últimos tempos, a decadência física, de tal modo que o narrador, como ele próprio confessa, já nem tinha coragem para o visitar, “com medo de ser directamente confrontado com a morte”. “Duzentos amigos irão ao meu enterro e tu tens de proferir um elogio fúnebre”, dissera um dia Paul ao amigo. Mas este, que não estava na Aústria quando ele morreu, nem sequer ainda foi, diz no final, “ver a sua sepultura”.
O Sobrinho de Wittgenstein é uma narrativa de grande humanidade, mas ao mesmo tempo plena de ironia, de humor e salpicada de episódios jocosos ou grotescos, aos quais não faltam a crítica acesa e o desassombro provocatório ou sarcástico, no melhor estilo de Thomas Bernhard.

Publicado em 1982, já na última década da vida de Thomas Bernhard, “O Sobrinho de Wittgenstein” é uma das obras em que o escritor se apresenta na sua vertente mais sensível, mais humana e mais emotivamente sincera. O autor relata aqui os momentos mais importantes da sua amizade com Paul Wittgenstein, [...] um homem de grande inteligência e um filósofo como o tio, só com a diferença de que não escreveu a sua filosofia.
É evidente o carácter autobiográfico desta narrativa, mas haverá que ter em conta que as obras autobiográficas de Thomas Bernhard são também essencialmente “literárias”, o que significa que o autor nem sempre respeita ou se preocupa em transmitir a veracidade integral dos factos, mas procura antes fornecer uma imagem que de certo modo para si próprio criou, adaptando mais ou menos a esse objectivo os acontecimentos narrados.
Apesar das dificuldades e privações que sofreu na sua infância e juventude, devido à situação precária da família, Thomas Bernhard pôde usufruir, graças sobretudo ao avô materno, o escritor Johannes Freumbichler, de uma formação musical que se pode considerar pouco vulgar para a sua condição. [...] Para além da manifesta construção rítmica da sua linguagem, há ainda outros aspectos relacionados com a música que caracterizam em especial as suas obras dramáticas e a prosa narrativa. “O Sobrinho de Wittgenstein”, que à primeira vista poderá parecer uma narração caótica, possui na verdade uma estrutura musical semelhante à de um andamento sinfónico, na qual se distingue uma introdução, um desenvolvimento dos temas que vão sendo apresentados e entretecidos de forma subtil e variada e o final como resumo desses temas.
O estilo constitui outro aspecto característico da arte de Thomas Bernhard e representa também uma das facetas mais marcantes de “O Sobrinho de Wittgenstein”. Este estilo tem como um dos seus aspectos mais salientes a repetição, tanto de palavras como de frases e naturalmente também de ideias. Determinadas palavras ou expressões fulcrais tornam-se, por vezes em longos trechos do discurso, de certo modo um eco de si próprias, as frases giram como que em círculo, recapitulando as ideias em inúmeras variações.
Será quase ocioso salientar que este estilo põe inúmeros problemas à tradução, principalmente se atentarmos no facto de as estruturas do português e do alemão serem bastante diferentes, o que faz com que se torne difícil transpor para a nossa língua essa organização repetitiva e musical da linguagem. [da Nota Introdutória de José A. Palma Caetano]
Esta e outras obras de Thomas Bernhard estão disponíveis na BLOOM todos os dias, excepto Terças, das 13:00 às 21:00. Aos Sábados pode terminar o seu pequeno-almoço no Largo do Pagode do Bazar com um livro, a partir das 11.00 da manhã.

O Sobrinho de Wittgenstein de Thomas Bernhard
Assírio e Alvim ISBN: 9723706032 2000

The evidence

We where supposed to meet at The Hub.
"The Hub", she said. I can still hear it well.
And now - and ever! - I don't know what she ment by that.
"Meet me at The Hub", she didn't care to look at me, she was just staring outside over the window. I was just amazed with all and could not find my reason to ask her what was she talking about.
And as she came she left. In the oblivion.
The only thing I've got now - almost at the end! - is that: "The Hub".
I'm gazing through Centaurium Phive, my heart is aching, shaping out bruises, maybe someone somewhere can help me. Maybe "The Hub" is just there around the corner where I can finally meet her.
One hundred years passed and I'm still gliding up her voice. Her shadow waving goodbye. Crafting the infinite with detail. From planet to planet.
That's all I have, dwelling and scratching down my whole life through the remains of my last memory. The only left to tell.
And I just don't know how to.

Beckett on Bloom

«KEN JORDAN: How did you first hear of Waiting for Godot?
BARNEY ROSSET: Sylvia Beach, who was Joyce's publisher in Paris and the owner of the Shakespeare and Co. bookstore, called me. She knew about Grove, one way or another, and she thought maybe we would like to publish Godot. I admired her very much; I was really struck by her effort, and she bolstered my involvement with the play a great deal. Beckett had already been turned down by Simon & Schuster. All of the established publishers would have had a much better chance of doing Beckett than Grove, right? They could have paid five times as much, but nobody wanted it. Nobody was interested.The same was true of Ionesco. The Bald Soprano was put on in Paris and got a lot of attention. Don Allen, who was important editor at Grove in the beginning, liked Ionesco very early. Beckett and Ionesco were on the scene together. They liked each other. I never heard one say anything bad about the other. At a much later date, I think Ionesco became jealous because he never achieved the same level of acclaim as Beckett … and he became a nasty son of a bitch, very reactionary as he got older. But they did admire each other. You have to remember that they both wrote in French, though neither one had French as his native language. Both were not young men when they started to get recognition. Both were struggling to make it in the theatre, blasting away at the existing structure.
KJ: Do you remember when you met Beckett?
BR: I remember the exact moment. It was in the bar of the Pont Royal Hotel, which is next door to Gallimard. And at that time Sartre hung out there, as did Camus, and so on. I was with Loly, my wife at the time, and we were to meet Beckett at six for a drink. This very handsome walked in wearing a raincoat and said, "Hi, nice to meet you. I've only got forty minutes." He was all set to get rid of us! At four that morning he was buying us champagne.
KJ: So you hit it off well.
BR: Right away. He was so gentle and charming. Kind.
KJ: Beckett was extremely loyal to Grove Press, and you became close friends. How did Beckett feel about the other books that Grove published - writers like the Beats, Henry Miller?
BR: I took him to lunch with Henry Miller after we won the Tropic of Cancer verdict in Chicago. They had known each other from the thirties; they did not like each other. Everything that you read about these two would tell you that they were not easy people to get along with. But when I brought them together, each of them told me afterwards, "Boy, has he changed! He's so nice now." I don't know what Beckett thought about Miller's writing. In one of his early letters he asked if I had read J. D. Salinger's Catcher in the Rye. He said he really liked it. William Burroughs was a writer he particularly didn't understand. There is a famous anecdote about a meeting between Burroughs and Beckett, which took place in Maurice Girodias's restaurant. I remember sitting next to Sam, while Burroughs, who worshipped Beckett, was explaining to him how you do cut-ups. Beckett said to Bill, "That's not writing, that's plumbing." Allen Ginsberg and Burroughs were very unusual in the sense that they understood that Beckett was very important at that time. They wanted him, almost desperately, to recognize them, and he just didn't seem to connect. It wasn't dislike, it was just … non-togetherness. He just didn't get it. If he had read anything of Burroughs before he started doing the cut-ups maybe he'd have gotten it But the Beats didn't impinge upon his consciousness. Trocchi did. Anything of Alex Trocchi's.
KJ: When you published Godot you couldn't have thought of it as a potentially popular title.
BR: We only printed something like a thousand copies, and the first year it sold about four hundred. It wasn't until the play was produced on Broadway a couple of years later - with Bert Lahr playing Estragon - that the book started to sell, though the production only lasted six weeks in New York. The audience walked out and Walter Winchell denounced it as the new Communist propaganda. But that production made it famous.
KJ: How many copies of Godot did Grove end up selling?
BR: Well over two million.»
From an interview with Barney Rosset, founder of Grove Press, by Ken Jordan in the Winter 1997-1998 issue of The Paris Review.
You can find Beckett on Bloom. In English and Portuguese.

2+2=22?

Do we suck? Do we rule? Tell us!

Sorry for the absence

Since the Pixies broke up in 1993, and since Kurt Cobain paid tribute to them in an interview, the Boston band's popularity has steadily risen. Directed by Steven Cantor and Matthew Galkin, loudQUIETloud follows the Pixies on their 2004 reunion tour, in which every show sold out in minutes.

Cantor and Galkin's film of the band's immensely successful 2004 reunion tour has been trailed elsewhere as some sensationally lurid backstage soap, complete with epic conflict, grand neuroses and spectacular falls from the wagon. In fact, it's a subtle, sensitive record of a group of people struggling to figure out what they once achieved, what it meant, and how they might somehow start again. It's the kind of rock doc HBO-auteur Alan Ball might have drafted - the story of a surrogate family where no one communicates, everything is swept under the carpet, and the very real midlife horrors of life and death find odd correlatives in the dream-logic of song.

By far loudQUIETloud is not a documentary about The Pixies reunion. It was made by heart and it was the true testemony of something that was happening in real time. It gives you all, the glimpse of the past, the answers to the death of the Pixies and all the atmosphere that surrounded its return. It's so true on the passion that makes you cry.

Thankfuly to YOUTUBE we can get amazing parts of this film. Later we will have it at Bloom and probably we will make a screening of it somewhere in Macau. But untill then you can get this taste of it. Please enjoy BLOOM TV and visit us any time!

Find more information at the oficial site.
Prepare yourself and hang on to your ego:

loudQUIETloud
THE TRAILER
PART 1
PART 2 (I was there, in the London concert, on the same queue, it was sold out, I payed my pants to enter, it was a lovely day.)
PART 3
PART 4
WITH SIGUR ROS IN ICELAND
HEY!
[SOUND LOUD, PLEASE]

Novidades da Bloom

Além do novo "look"da BLOOM, estão finalmente a chegar as novidades em português!
Os clássicos: Hemingway, Orwell, Steinbeck, Huxley. Brasileiros: Fonseca, Amado, Buarque. Lusófonos: Agualusa, Agustina, Ondjaki, Blaufuks... e mais... Marquez, Dostoievski, Walser, Murakami, Auster e muitos muitos outros a caminho da Bloom.

Tudo estará pronto no final da semana, Macau não vai ter espaço para tantos livros...!!
(ilustração apanhada aqui, thanks!)

Bloom's new look

Dear all, Bloom has a new look inside!

New shelfs, more space for more books, and very very soon we will open the children's books section upstairs....

Sorry...No photos this time...You have to come and see by yourself ;-)

BIG THANKS from the Bloom Team for your support!

Blitz Me!!!

A Bloom gostaria muito de saber quem deseja receber mensalmente a Revista BLITZ aqui em Macau, para que nunca falte a nenhum dos nossos queridos clientes.
Sim.... é aquela revista que foi um jornal onde há tudo sobre música de todo o mundo ... e em Português!

Neste momento chegaram fresquinhos alguns exemplares da edição do mês de Junho... Não sabemos se chegam para todos.

Por isso... não se atrasem a reservar o vosso BLITZ e aproveitem para nos visitar no Largo do Pagode do Bazar.

Admirado no mundo inteiro, Jorge Luis Borges é, sem sombra de dúvida, um clássico da literatura do Século XX. Os seus textos influenciaram autores das mais diversas culturas; o idioma castelhano não é o mesmo depois da escrita dos seus contos, ensaios e poemas.
Esta completa e compacta biografia é um percurso exaustivo pela vida e pela obra do autor de Ficções. Desde o seu nascimento até à sua morte, vemos Borges na sua intimidade e também no seu tempo: a relação que estabeleceu com os seus contemporâneos e com os seus amigos, as mulheres por quem se apaixonou, a fundamental presença da sua mãe, a devota leitura dos escritores que o precederam e o marcaram, a sua intervenção (tantas vezes polémica) na politica, o amor inalterável pelos livros e pela leitura.
Graças à inclusão de um grande número de cartas, fotos e documentos pessoais até agora desconhecidos e à minúcia da investigação. Alejandro Vaccaro consegue esclarecer muitos acontecimentos que se conheciam pouco ou mal e oferece-nos um relato da vida de Borges que se ajusta àquela que efectivamente viveu. Este livro é uma homenagem ao universo Borges e também ao seu criador, publicado quando se cumpriram 20 anos do seu desaparecimento. Em cada uma destas páginas recuperamos os temas e os valores que o cativaram e que defendeu, o seu humor e a sua grandeza, esse espírito ímpar que faz de toda a sua obra um verdadeiro tesouro literário.
Seguindo uma rigorosa pesquisa sobre o autor, Alejandro Vaccaro concretiza uma valiosa biografia. Tendo dedicado anos à recolha de cartas, documentos, textos inéditos, registos oficiais, manuscritos, o biógrafo fez ainda questão de se descolar países como a Espanha, Grã-Bretanha e Suíça de forma completar as suas investigações.

Uma Vida para descobrir na Bloom.

Fotobiografia de Jorge Luis Borges, de Alejandro Vaccaro
Editorial Teorema * ISBN 972695665X * 2006

Sérgio Sem Medo

O Pequeno Livro dos Medos, escrito e ilustrado por Sérgio Godinho, é uma história em que o medo e a coragem dão as mãos. O João tinha tanto, tanto medo, que até sentia medo do medo que tinha. Mas um dia decidiu investigar e descobriu que podia dialogar com o medo e até vencê-lo.

Para além de ser um dos nossos melhores escritores de canções, Sérgio Godinho também escreve livros infantis. Este é o seu segundo e vem integrar-se numa colecção, a Assirinha, que, lançada há pouco mais de um ano, viu logo um dos seus primeiros livros, "Herbário", de Jorge Sousa Braga, com ilustrações de Cristina Valadas, receber o Prémio Gulbenkian de literatura infantil.

O Pequeno Livro dos Medos, de traço e de escrita de Sérgio Godinho, fala-nos dos medos da infância, "alguns mais fortes que nós", de como ultrapassamos outros (" ... o cavalo chegou-se à minha mão aberta, que tremia com a maçã em cima. Era a única coisa que lhe podia dar. Foi a única coisa que ele levou. Adeus cavalo, adeus medo dos cavalos."). Até à história que o avô Francisco Magalhães, tipógrafo de profissão, escreveu para o seu filho João de cada vez que ele tivesse medo. Porque o medo também faz parte de nós (quem não tem medo?) mas quando começa a ser exagerado, "a abusar", é preciso controlá-lo, nem que para tal seja preciso "saltar, correr, espernear, lutar, falar, responder, perguntar, ou, muito simplesmente, pensar."

O pequeno livro dos medos propõe-nos enfrentar o medo pensando-o; começa por tentar defini-lo, exemplifica-o e, no final, conversa mesmo com ele, mostrando-nos que a maior parte das vezes o medo é resolúvel. Precisamos é de coragem, de avançar e assim livramo-nos do medo.

"O Pequeno Livro dos Medos" de Sérgio Godinho / ASSÍRIO E ALVIM

From MCCM with love

Our dear MCCM Creations, from Hong Kong, which we all had the chance to "meet" with Peter Suart and "The Black Book of Falling" (see March posts), is lauching a new photographic book, Our Home, Shek Kip Mei 1954-2006 By Vincent Yu, and exhibiting the photos that compose the book, in the place where they were shot, in Shek Kip Mei Estate. It is sure worth to visit! Click on the photo for enlarged details.

Shek Kip Mei was the first public housing estate development in Hong Kong built by the British colonial government in 1954. The resettlement project was an immediate response to the need for temporary relief as a result of the massive fire that destroyed the Shek Kip Mei squatter area on Christmas Eve 1953, when over 53,000 Chinese immigrants lost their makeshift homes overnight. However, it was also hailed as a new era for Government public housing programmes and the need to accommodate the rapidly growing population of the 1960s and 70s.

Many Hong Kong citizens share the experience of growing up witnessing the territory’s rapid transformation from a series of rural villages into the present international metropolis. Life on the Shek Kip Mei Estate can, in many ways, be interpreted as a microcosm of wider society. The estate buildings were essentially concrete bunkers lacking the basics of doors and windows, let alone the relative luxury of electricity and running water. A family of five to eight persons was crammed into a cubicle of about 120 - 200 square feet (11 - 18 square metres), with over 10 households sharing a public toilet/bathroom on the same floor… bygone days of communal living.
Intended to be a temporary resettlement, 50 years later the apartments in the Shek Kip Mei Estate are still rented out by the Government. Photojournalist Vincent Yu captured life on Shek Kip Mei Estate through his lens during its last phase of existence, before the oldest blocks were demolished in November 2006. His images document some 200 elderly residents and their ‘homes’ before they were resettled to modern high-rises, many having inhabited the crumbling estate for over five decades.
About the author.... Vincent YU
Born and raised in Hong Kong, Vincent Yu has worked as a photojournalist covering major news events across the Asia-Pacific region since 1985. As a close observer of Hong Kong’s rapid development, Yu has acquired a special sensitivity towards its ever-changing cityscape. In particular, he is interested in documenting disappearing heritage and architecture as well as communities affected by these changes.
Our Home, Shek Kip Mei 1954-2006, By Vincent Yu * MCCM Creations
ISBN 978-988-99266-3-2 * 2007 * English and Chinese
SOON @ BLOOM!



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