The odyssey of joining 33 musical projects together, from Portugal and from the two special administrative regions of Hong Kong and Macau, is finally out of the box with mostly all of the aims of Project T(H)REE achieved. After one year of detailed work and effort with the participation of more than one hundred people, David Valentim, the producer, taking all the credits of this olympic challenge, and Bloom * Creative Network, a part of the engine, have launched the first III CD last weekend in Hong Kong and Macau, with two successful events.
T(H)REE is a musical project that brings together for the very first time, on the same record, modern musicians from Portugal, Macau and Hong Kong. Wishing to materialize and shape a truthful blend of cultures the idea also comes from the significant ambition to enhance local music creation beyond its borders. Reaching distant domains, bringing the steer to extensive forms and new contacts as musical and cultural projects that otherwise would never taken place. This project is also born under the structure of a pure and boundless dialogue, where the finest blend of creative processes, sounds and distinctive ways of making music flow in a world without space and distance, making technology the elemental connection and the convergence point. The final result is a surprise and an outlook reference for the music scene of the three territories involved.
III T(h)ree • New Musical Roots from Portugal, Hong Kong and Macau
Concept and Production: David Valentim • Graphic Design: Alexandre Paixão • Photos: Ana Mendonça, António Falcão, David Valentim, Hina Shimomura, Paulo Carneiro • Texts: António Falcão, Erik Piece, Rui Dinis, Yuen Chi-Chung • Mastered by: Alok Leung • Presented and distributed by: Bloom * Creative Network
...
T(H)REE is on sale in the following places:
HONG KONG
• White Noise Records [http://www.whitenoiserecords.org]
• Kubrick [http://www.kubrick.com.hk]
• Zoo Records [http://www.zoo-records.com]
MACAU
• St. Paul's Fine Arts Gallery [http://www.stpaulscorner.com]
• Portuguese Bookshop [Rua de S. Domingos 18-20 R/C]
• Pinto Music [Senado Square • next door to Starbucks 1st floor]
• Lines Lab | Bloom [Creative Albergue • Calçada da Igreja de S. Lázaro, 8]
ORDER ONLINE here.
Bookmarkers: Bloom Encounters, English, Hong Kong, Macau, Música / Music, Portugal, Sound
We know, this is old, we don't come here for a while and our website redesign is taking longer that expected. Anyway, we're still alive and we want to wish you all the best for now and then!
Merry Xmas and Happy New Year!
Bookmarkers: Bloom Exclusives, English, Environment, Mundo / World
Dizer sinto muito é uma forma de começar a dizer.
Bookmarkers: Philosophy/Filosofia, Português
O que conta não é a manifestação do desejo, da tentativa amorosa.
O que conta é o inferno da história única. Nada a substitui, nem uma segunda história. Nem a mentira. Nada. Quanto mais a provocamos, mais ela foge. Amar é amar alguém. Não há um múltiplo da vida que possa ser vivido. Todas as primeiras histórias de amor se quebram e depois é essa história que transportamos para as outras histórias.
Quando se viveu um amor com alguém, fica-se marcado para sempre e depois transporta-se essa história de pessoa a pessoa. Nunca nos separamos dele.
Marguerite Duras
Bookmarkers: Aprender / Learning, Escritores / Writers, Português
"O menino ateu de esquerda vai visitar a avó enquanto a miúda católica de direita vai pular ao som dos Killers."
Bookmarkers: Português, Sound, Vida / Life
Qual o tempo ideal para se dispensar com uma pessoa real?
Com o passar do tempo, deixamos de ter medo do escuro para começarmos a ter medo de coisas claras e evidentes como a verdade.
De certa maneira, é curiosa a ambivalência em querermos aquilo que perdemos.
A quantidade de episódios que teria de eliminar,para que pudesse antever um final feliz
para histórias que "lamentavelmente" tenho ouvido.
Afinal de contas, o que significam as horas para todas as pessoas que me perguntam as horas.
A invísivel necessidade que temos em questionar as horas.
Porque ao fim e ao cabo,
ao fim e ao cabo, tudo continuará a existir,
mesmo nessa diferença em permanecerem iguais.
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"Everything happens to everybody sooner or later if there is time enough."
George Bernard Shaw (1856 - 1950)
Bookmarkers: Escritores / Writers, Vida / Life
Leonard explica a Sandra que as suas fotografias nunca mostram pessoas porque as pessoas entram nas fotos quando as vêem. Para quê oferecer um mundo feito em vez de receber mundos inesperados?
James Gray, Pedro Mexia, Joaquin Phoenix e Vanessa Shaw.
Bookmarkers: Escritores / Writers, Livros / Books, Vida / Life
No matter how much you know,
no matter how much you think,
no matter how much you plot and you connive and you plan,
you're not superior to sex."
Philip Roth • The Dying Animal
Bookmarkers: Escritores / Writers, Livros / Books, Vida / Life
Suddenly we're gone. We didn't announce it, didn't tell anyone, it just happened. But we're not gone for good. We're building a new spot. Ring Joid already found a new home here. We'll coming next. But this space will not die. Stay tuned!
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Passei os últimos dias a ouvir as entrevistas da Antena 1 sobre o estado do jornalismo em Portugal. Uma parceria entre a rádio pública e o Centro de Estudos do Século XX, a cargo do jornalista da Antena 1 Ricardo Alexandre com a colaboração de João Figueira, investigador e académico do Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra que, entre outras coisas, foi jornalista em Macau. No âmbito das comemorações do 25 de Abril a Rádio Macau levou-as para o éter.
No fim-de-semana enquanto andava de um lado para o outro, entre Macau e Coloane, apanhei parte da entrevista de Emídio Rangel, a primeira a ir para o ar; quase por completo a de Joaquim Letria, plena de vida e de tempo; e ainda, no meio da chuva de Domingo, a de Maria Elisa, à qual prestei menos atenção. Durante os dias da semana procurei as outras: Vicente Jorge Silva e Sena Santos.
O primeiro vagueia pelo seu passado numa espécie de sufoco e alude-nos aos episódios da sua vida profissional plena de paisagens. Liberta-se no fio das palavras que vai dizendo, em alívio, e agradece no final por isso, numa perspectiva assombrada de acontecimentos que nos são de todo comuns. São estas imagens tornadas imaginação que fazem a grandiosidade do mundo falado e em particular do universo da rádio, que se ouve e onde se esconde o nosso próprio sabor, na visão mental de outras vidas e outras cronologias.
Longe, tanto em distância como em tempo, no escuro da noite, enquanto enganava o sono, olhei para as histórias do Expresso, com Marcelo Rebelo de Sousa em cima da mesa, a transe da Madeira com a boçalidade de João Jardim, que aludiu um pouco ao sítio onde vivo, e as tricas do Público a terminar com o desprezo de Belmiro de Azevedo e o desejo de novos projectos.
Sena Santos alude-nos ao jornalismo como alguém que se apaga para dar luz, como um ofício de claridade, e é uma experiência ouvi-lo. Ainda não cheguei ao fim.
Cada um deles abre o seu jogo. Todos mudaram a forma de fazer jornalismo no Portugal depois de Abril e são marcos das história de um país. Estas são as primeiras cinco entrevistas de um projecto que terá outros entrevistados e que no futuro resultará também em livro. Podem ouvi-las nas ligações seguintes, aqui nas versões integrais:
Emídio Rangel • Joaquim Letria • Maria Elisa • Sena Santos • Vicente Jorge Silva
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The Swine Flu outbrake is getting the world in flames. It as been a consequence of previous cataclysm scenarios which, apart from the real threat, are always a bit overrated when compared with other contagious diseases who are taking lives every minute and are not on the spotlight. This doesn't mean we shouldn't be aware and follow the indications of local healt institutions and take extra care.
But this post comes from the opportunity that we have on following it now in another way using Google Maps. Logging into the world almost in real time we can walk behind the news on the flu, just by clicking on the map above or through this link. But refrain by being too scared.
The US Centers for Disease Control and Prevention (CDC) reports that the symptoms and transmission of the swine flu from human to human is much like that of seasonal flu. Common symptoms include fever, lethargy, lack of appetite and coughing, while runny nose, sore throat, nausea, vomiting and diarrhea have also been reported. It is believed to be spread between humans through coughing or sneezing of infected people and touching something with the virus on it and then touching their own nose or mouth. Swine flu cannot be spread by pork products, since the virus is not transmitted through food. The swine flu in humans is most contagious during the first five days of the illness although some people, most commonly children, can remain contagious for up to ten days.
Experts agree that hand-washing can help prevent viral infections, a surprisingly effective way to prevent all sorts of diseases, including ordinary influenza and the new swine flu virus. Influenza can spread in coughs or sneezes, but an increasing body of evidence shows little particles of virus can linger on tabletops, telephones and other surfaces and be transferred via the fingers to the mouth, nose or eyes. Alcohol-based gel or foam hand sanitizers work well to destroy viruses and bacteria. Anyone with flu-like symptoms such as a sudden fever, cough or muscle aches should stay away from work or public transportation and should see a doctor to be tested.
[FROM WIKIPEDIA]
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Olha a menina a dançar tão bela no seu saltitar. Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar. Olha a menina a dançar quem vai com ela ficar? Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar.
É um jogo a que não podemos jogar, um jogo de que somos os espectadores, um jogo de desconhecidos jogadores, um jogo a que nunca iremos ganhar.
Olha a menina a dançar tão bela no seu saltitar. Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar. Olha a menina a dançar quem vai com ela ficar? Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar.
É um jogo feito para nos comandar, um jogo de que desconhecemos as regras, xadrez de que se retiraram as negras, um jogo feito para nunca acabar.
Olha a menina a dançar tão bela no seu saltitar. Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar. Olha a menina a dançar quem vai com ela ficar? Canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar.
É a nossa a vida que está em jogo, é a nossa a vida que outros jogam.
VOLSTAD - É UM JOGO
{do Tributo aos Mão Morta "E Se Depois", disco que passou no ROOFTOP no dia 35 de Abril.}
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"Smells Like the Nineties" was the theme of our previous party, that took place on The Rooftop earlier on April 18. You can see now some of the photos and the faces that were there. Check them
here!
Stay tuned for more news on Bloom's involvement with the St. Paul's Corner.
THE LINK: SMELLS LIKE THE NINETIES PHOTOS [OR CLICK ON THE IMAGE ABOVE]
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Alguém pode ter ficado espantado por não ter escrito em português o anúncio da festa do 35 de Abril que teve lugar ontem no Rooftop. Foi apenas uma questão de opção na completa falta de tempo. Ao passar a informação não queremos restringi-la apenas a uma comunidade, queremos que, mesmo as nossas datas, cheguem a todos os campos. E foi isso que aconteceu. A preferência por uma divulgação mais vasta do que pela evidência da língua, se assim se pode dizer.
A festa essa foi mais uma vez um sucesso, apesar de algums contra-tempos iniciais com o sistema sonoro. Música portuguesa de todos os quadrantes, de hoje, de ontem, e algumas do tempo da minha avozinha. Fechámos com Zeca Afonso e o "Verdes Anos" do Carlos Paredes. O 35 de Abril, uma data a recordar. Sempre!
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Rewriting History through Portuguese music!
0 comments Semeado por / Sowed by: Bloom * Creative Network at 15:24"35 d'Abril"
[APRIL 25 • Saturday • Starting at 10 PM]
The 35 of April is quite a universal date in the Portuguese calendar and probably in fairy-tales, but it happens only every odd year, it means that every 35 years after the revolution the 35 of April comes. And this goes for every country.
It's a date to celebrate liberty and self-determination and most of all the joy of singing on the hope for a new future.
In this special occasion we invite you to commemorate all the steps of the art of making a song through the leaps of Portuguese music. Some would call it the April Songs. We call it Creation.
On the first light of the 25th of April, 1974, in a faraway land, some men and women composed their new destiny saying to the world that the heart and voices could never be stopped. And peacefully history changed. This was achieved through a strategy of many lines and the power of song writing helped it to the final push to what end up to be a spontaneous movement..
This was known as the "Carnation Revolution" but we think that that just happened by chance and is overrated and so any flower goes! ;-)
Well said you just need to come and feel it with your heart, while having a great time at The Rooftop!
HOPE TO SEE YOU THERE! THANK YOU!
DETAILS
Host: Corner's Club
Start Time: Saturday, April 25, 2009 at 10:00pm
Location: St. Paul's Corner • Travessa de S. Paulo • Macau
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IIUM PUBLIC LECTURE • Center for Global and Strategic Studies
China’s Age of Openness Before Mao
A LECTURE BY FRANK DIKÖTTER • CHAIRPERSON: ERIC SAUTEDÉ
The era between empire and communism is routinely portrayed as a catastrophic interlude in China's modern history, but this engagingly written book shows instead that the first half of the twentieth century witnessed a qualitatively unprecedented trend towards openness.
Frank Dikötter argues that the years from 1900 to 1949 were characterized at all levels of society by engagement with the world, and that the pursuit of openness was particularly evident in four areas: in governance and the advance of the rule of law and of newly acquired liberties; in freedom of movement in and out of the country; in open minds thriving on ideas from the humanities and sciences; and in open markets and sustained growth in the economy.
Freedom of association, freedom to travel, freedom of religion, freedom to trade and relative freedom of speech wrought profound changes in the texture of everyday life. While globalisation itself was a vector of cultural diversification, pre-existing constellations of ideas, practices and institutions did not simply vanish on contact with the rest of the world, but on the contrary expanded even further, just as much as local industries diversified thanks to their inclusion into a much larger global market. Arguably the country was at its most diverse in its entire history on the eve of World War II – in terms of politics, society, culture and the economy.
Accessible to general readers, while providing an integration of ideas that will be valuable for specialists, this book presents a fresh way of approaching the history of modern China.
In this succinct and vigorous book, Frank Dikötter presents a cornucopia of graphic examples to show that China in the first half of the twentieth century, far from being in a state of decay that called for revolutionary action, was in fact a vibrant and cosmopolitan society. In such a reading, the current Chinese leaders should not be seen as striving to do something bold and new; they are merely struggling to rebuild a network of global connections that Mao and others had systematically helped to destroy. This should be an ideal book to spark class discussion on modern China.ABOUT THE AUTHOR
Jonathan Spence, author of The Search for Modern China and Return to Dragon Mountain.
Frank Dikötter is a Professor of Chinese Modern History at the School of Oriental and African Studies, University of London, and Chair of Humanities at the University of Hong Kong. He has published a series of innovative books, including The Discourse of Race in Modern China and the controversial Narcotic Culture: a History of Drugs and China.
VENUE: IIUM AUDITORIUM • RUA DE LONDRES, 16 (NAPE) MACAU
DATE: APRIL 23, 2009 AT 6:30 PM
TEL: +853-87964404
MORE INFO AT: www.iium.edu.mo
RELATED LINK: FRANK DIKÖTTER WEBSITE
The Age of Openness - China Before Mao, by Frank Dikötter
HONG KONG UNIVERSITY PRESS • 2008 • 125 MOP$ •
* In collaboration with IIUM, Bloom will be present at this session making the book available to all the readers of Macau. Don't miss it!
Bookmarkers: China, English, Escritores / Writers, Literary Studies, Livros / Books, Macau, Taste it
Ernest Hemingway won the Nobel Prize for Literature in 1954, he was hill and could not attend a presentation at the official ceremony. The following was his speech at the Nobel Banquet at the City Hall in Stockholm, in December 10, and was read by John C. Cabot, United States Ambassador.
[The photo was taken when Hemingway was a soldier in World War I, 1918, in Milan]
Having no facility for speech-making and no command of oratory nor any domination of rhetoric, I wish to thank the administrators of the generosity of Alfred Nobel for this Prize.
No writer who knows the great writers who did not receive the Prize can accept it other than with humility. There is no need to list these writers. Everyone here may make his own list according to his knowledge and his conscience.
It would be impossible for me to ask the Ambassador of my country to read a speech in which a writer said all of the things which are in his heart. Things may not be immediately discernible in what a man writes, and in this sometimes he is fortunate; but eventually they are quite clear and by these and the degree of alchemy that he possesses he will endure or be forgotten.
Writing, at its best, is a lonely life. Organizations for writers palliate the writer's loneliness but I doubt if they improve his writing. He grows in public stature as he sheds his loneliness and often his work deteriorates. For he does his work alone and if he is a good enough writer he must face eternity, or the lack of it, each day.
For a true writer each book should be a new beginning where he tries again for something that is beyond attainment. He should always try for something that has never been done or that others have tried and failed. Then sometimes, with great luck, he will succeed.
How simple the writing of literature would be if it were only necessary to write in another way what has been well written. It is because we have had such great writers in the past that a writer is driven far out past where he can go, out to where no one can help him.
I have spoken too long for a writer. A writer should write what he has to say and not speak it. Again I thank you.
Ernest Hemingway, 1954
Bookmarkers: English, Escritores / Writers, The Greatest, Vida / Life
"SMELLS LIKE THE NINETIES"
[APRIL 18 • Saturday • Starting at 10 PM]
Have you heard of THE ROOFTOP?
Well, there's something going on through the leads of St. Pauls Ruins that is bringing all the saints awake to what's the whiz in town.
THE ROOFTOP is the bar at the St. Paul's Corner Club on the steps of the most remarkable landmark of Macau and it's back with a party. Once more on a venture with Bloom * Creative Network is creating what might be something different in town and surely not to be missed!
"SMELLS LIKE THE NINETIES" is a return to that great stream of sound and fury marked in time and deep down on everyone's memories. That's it, we're inviting you to come on this BUZZ evoking all the hits of Indy, Pop, Punk, Rock, Dance, and Hip-Hop, and whatever, that made the whole of a decade and that are still echoing in our minds.
With the illustrious JORGIBOY, the rage of DJ KUNMING and introducing THE LOUNGE at the Corner's Club, what will be a surprise and a trial for following events, you must come and dance through out the night.
JOIN IN and invite your friends to come! It's simple as that.
DETAILS
Host: Corner's Club
Start Time: Saturday, April 18, 2009 at 10:00pm
End Time: Sunday, April 19, 2009 at 3:00am
Location: St. Paul's Corner • Travessa de S. Paulo • Macau
Bookmarkers: Bloom Exclusives, Buenos Aires, English, Macau, Música / Music, Noise
'THE SOLDIER, HIS WIFE AND THE BUM'
I was a bum in San Francisco that once managed to go to a symphony concert along with the well dressed people. And the music was good but something about the audience was not. And something about the orchestra and the conductor was not. Although the building was fine and the acoustics perfect I preferred to listen to the music alone on my radio.
And afterwards I did go back to my room and I turned on the radio. But there was a pounding on the wall. 'Shut that god damn thing off!' There was a soldier in the next room bubbling with his wife and soon he would be going over there to protect me from Hitler. So I snapped the radio off and then I heard his wife say 'You shouldn't have done that'. And the soldier said 'Fuck that guy' which I thought was a very nice thing for him to tell his wife to do. Of course she never did.
Anyhow I never went to another live concert. And that night I listened to the radio very quietly, my ear pressed to the speaker.
War has it's price and peace never lasts. And millions of young men everywhere will die. As I listened to the classical music I heard them making love. Desperately and mournfully, through Shostakovich, Brahms, Mozart, through crescendo and climax and through the shared walls of our darkness.
BY CHARLES BUKOWSKI
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"Yup, life's a big ice-cream. Have it before it melts."
I can't remember who said it. It was probably from a movie I saw ages ago. Or from a friend back in the days in the rainy island. Or from someone pretty similar to myself, who happens to be me, in my dreams. The latter is very unlikely to be true since I'm not usually that quick-witted in my marzenia. All I know is this quote came to my mind while I was having my mint with chocolate chips ice-cream. And as I was looking back at my previous 98760891 hours spent here in this cozy corner of the world, my ice-cream was turning into a drinkable milkshake kind of thing... Yup, it melts. It melts very quickly. Lick it before it's too late.
Parte da equipa deste blog está longe na ilha do Bornéu. Voltará em breve. Thankz!
Para quem não saiba, ou anda distraído, José Saramago continua com a sua actividade de blogger mesmo aqui ao lado. O Caderno de Saramago, é o espaço vivo, diário, escrito pelo Nobel português no espaço virtual da Fundação com o seu nome e que pode ser lido, de imediato, pelos quatro cantos do mundo. Quase que podemos ouvir o autor a respirar e a dedilhar as notas do teclado como se de uma viola se tratasse fazendo-nos chegar toda a música das suas palavras por entre as brisas da Ilha de Lanzarote, ou lá onde ele estiver.
No mesmo espaço foi também aberta uma secção onde podem ser lidas as "Cartas ao Escritor", espaço dedicado aos leitores onde podem dar a sua palavra e que nos ajuda a reflectir sobre o acto de ler e de pensar. É também uma janela aberta ao mundo da literatura em confronto com a realidade individual e experiências de leitura, local idílico onde os imaginários voam por entre as páginas dos livros.
A Fundação José Saramago vai instalar-se este ano na Casa dos Bicos em Lisboa. Unem-se assim, de forma homogénea, dois símbolos da cultura portuguesa.
• SITE DA FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO
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Gostava de ficar sempre acordado!
Bookmarkers: Pensar/Thought, Português, Ring Joid
Não sei. Liguei a música, o som veio lá do fundo, num crescendo, tomando todos os sentidos. As linhas. O pensar.
E esqueci-me.
Fechei os olhos, à espera. Fui ficando. Uma frase. Outra frase. O mínimo para um pequena estrada. Um parágrafo. Mas que estrada me trazia aqui?
Vejo sempre esse caminho. Sei-o de memória: É quase fim do dia. Uma recta sem fim, o alcatrão já esbadito, cheio de tempo e de rodas. Um céu sem cor, ou talvez cheio dela. E a tarde a esvair-se. Um vermelho ali, por entre umas nuvens azuis e o sol a deixar todo o seu medo para trás ao ver a curva no fio do horizonte. Invisível.
É nessa estrada que eu vou ficar. Ao lado, no campo, a um nível mais baixo, vou deixar estar aí tudo o que faz o meu corpo. A terra mole e húmida, com os cheiros todos. O cheiro dos animais que passaram. E aqueles sons dos pássaros.
A estrada ainda molhada, da chuva que caiu e que deixou o céu revoltado. E a dor do ventre dos pneus que me diz o que estou aqui a fazer.
O que estou aqui a fazer?
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Four hundred little people frolic au naturel with overgrown songbirds and raspberries; a pudgy blue demon serenades a fashionable young couple with a tune piped through his own elongated nose; a knife-wielding set of disembodied ears stalks the damned through hell. The phantasmagoric imagery of Hieronymus Bosch (d. 1516) has been the source of widespread interest ever since the painter’s lifetime, and is still so enigmatic that scholars have theorized that it contains hidden astrological, alchemical, or even heretical meanings. Yet none of these theories has ever seemed to provide an adequate understanding of Bosch’s work. Moreover, the considerable professional success that the artist enjoyed in his native Hertogenbosch, not to mention his membership in a traditional religious organization, suggests that he pursued not a sinister secret agenda but simply his personal artistic vision.
This intriguing new monograph by noted art historian Larry Silver interprets that artistic vision with admirable lucidity: it explains how Bosch’s understanding of human sin, morality, and punishment, which was conceived in an era of powerful apocalyptic expectation, shaped his dramatic visualizations of hell and of the temptations of even the most steadfast saints. Silver’s account of Bosch’s artistic development is one of the first to benefit from recent technical investigations of the paintings, as well as from the reexamination of the artist’s drawings in relation to his paintings. Hieronymus Bosch is also unique in how securely it places its subject’s work in the broader history of painting in the Low Countries: Silver identifies sources of Bosch’s iconography in a wide range of fifteenth-century panel paintings, manuscript illuminations, and prints, and describes how, despite their own religiousness, Bosch’s pictures helped inspire the secular landscape and genre scenes of later Netherlandish painters. Augmented by 310 illustrations, most in color, including many dramatic close-ups of Bosch’s intricately imagined nightmare scenes, this is the definitive book on a perennially fascinating artist.
ABOUT THE AUTHOR
Larry Silver, a historian of Northern Renaissance art, received his Ph.D. from Harvard University and is currently Farquhar Professor of Art History at the University of Pennsylvania. His other books include the general survey Art in History and the recent Landscapes and Peasant Scenes: The Rise of Pictorial Genres in the Antwerp Art Market.
Hieronymus Bosch, by Larry Silver • ABEVILLE PRESS • 2006
Bookmarkers: Art, English, Livros / Books, Noise
Bookmarkers: Macau, Português, Postais/Postcards, Vida / Life
Some few opportunities from our Creative Network, they are mainly requests from Hong Kong SAR. But that's not a reason for not applying and give it a chance. Here you go:
ACTORS
• ACTORS WANTED [SEALS THEATRE FOUNDATION]
This is a cast for a Play. They require different characters.
A. RANDALL – Male, early 20s, an American marine.
B. ANDERSON – Male, early 40s, an American businessman
C. DA SILVA – Male, 50s, Portugese businessman. Can also be played by Eurasian with Mediterranean look.
D. RAJA & RAMCHAND – Indian and Pakistani partners in retail merchandising.
E. MAY – Female, Chinese, early 20s, Wan Chai bar hostess, fluent Cantonese and Suzie Wong pidgin-English
F. WONG – Male, Chinese mid-30s, hijack leader, fluent English and Cantonese, conversant Cantonese.
G. ABE – Male, Japanese, mid-40s, fluent in Japanese accented English (Japanese not required).
Audition Date: 26th of April, 2009
Performance Dates: 18-20 December, 2009
Send CV and headshots.
Contact: Tammy Tam
Email: tammy@eduarts.com.hk
Phone: 2520 1716
• ETHNIC EXTRAS WANTED [TV COMMERCIAL IN MACAU]
Mature (age 45-60) men and women from different ethnic (African, Indian, Arab, etc) background needed for TVC in Macau. Business look. Send contacts and pictures.
Email: watkisss@hotmail.com
• ASIAN ACTORS WANTED [PUBLIC ENTERPRISE TVC]
This company is looking for three asian actors for a TV Commercial.
A. Male / Female, 20-30 years old, fluent Cantonese
B. Boy / Girl, 4-6 years old, fluent Cantonese
C. Male/ Female 50-60 years old, fluent Cantonese
Casting Date: April 5
If you are interested, please send photos and contacts.
Email: casting@filmfactory.net
• CAUCASIAN ACTORS / ACTRESSES WANTED [EASTER PROMOTION]
Peanut Butter ‘n Jelly Model and Talent is looking for 6 Caucasian female actresses and one male actor for an Easter promotion.
Email: info@peanutbutternjellyhk.com
• ACTORS WANTED [HKAPA STUDENT SHORT FILM]
A. Female Actor - 25-28 years old, height above 155cm, fluent Cantonese
B. Female Actor - 25-28 years old, skinny and short, fluent Cantonese
C. Male Actor - 25-28 years old, look fresh, normal height
Shooting Dates: 21-30 April, 2009 (4-5 days)
Send photos and resume.
Contact: Kim
Email1: himyiktam@yahoo.com.hk
Email2: old_masterq@hotmail.com
Phone: 9046 0606
• OLD CHINESE TALENT WANTED [HONG KONG MOVIE]
Male or female, age 50-70. Send contacts, info and photos.
Email: info@stanleycasting.com
• ACTRESS WANTED [TV COMMERCIAL]
HKBU MFA production looking for an actress for a TVC. Should be around 28 to 34. Cantonese/English speaker. The character is a mother with a young child. Good opportunity for non-experienced actress. Also welcome experienced actress. Please send photo.
Email: fintan.cheng@gmail.com
DANCERS
• CHARACTER PERFORMERS WANTED [FULL TIME, PERMANENT]
A large Hong Kong entertainment company is looking for Character Performers.
Requirements: At least 16 years of age.
Audition: Applicants will participate in a short movement and non-verbal expression exercise.
Please send CV / Resume.
Contact: hkperform@gmail.com
• FEMALE DANCERS WANTED [EVENT]
Peanut Butter ‘n’ Jelly Models and Talent is looking for adult, female dancers. Send bio and photos.
Email: info@peanutbutternjellyhk.com
MODELS
• NUDE MODEL WANTED [ART CLASS WORKSHOP]
A company in Macau is looking for a NUDE MODEL for an Art Drawing Class. Please send an email to BLOOM with photo and any other reagarded information.
Email: root@bloomland.cn
• WESTERN/MIXED TALENT WANTED [PHILIPS HEADPHONE PRINT AD]
Male and female, age 25-35, Western and mixed, prefer some yoga or dance skill.
Shooting Dates: From 31 March, 2009
Email: info@amusemanpark.com
• MODEL WANTED [BEER TV COMMERCIAL]
Looking for Stunt (Stand In).
• Male (25-35 yrs old)
• Asian (Japanese/ Korean/ Chinese/ Eurasian) & Westerner
Casting until the end of April
Email: casting@filmfactory.net
• SPORTY MODELS WANTED [HEADPHONES PRINT AD]
Peanut Butter ‘n’ Jelly Models and Talent is looking for two models for a headphones print ad. Models should be sporty, not too muscular and have a healthy body shape.
A. Female – 20-30 years old
B. Male – 25-35 years old
Shooting Dates: 30 March – 3 April, 2009 (2 days)
Email: info@peanutbutternjellyhk.com
• TALENT / MODELS WANTED [SUPERMARKET TV COMMERCIAL]
Female 25-30 years old, fluent Cantonese
Casting Date: March 31
Please send your photos & resume.
Email: casting@filmfactory.net
MUSICIANS + SINGERS
• FEMALE OPERA SINGERS [EVENT IN HONG KONG]
Two female opera singers needed on April 24. Urgent request! Please send CV, photos, show reels.
Email: chansproductions@gmail.com
• TRUMPETER OR VIOLINIST WANTED [REGGAE COVER BAND]
This group is looking for a trumpet or violin player to be part of a semi-acoustic reggae type cover band.
Email: kisskendy@hotmail.com
• VOCAL PERCUSSION (BEAT-BOX) CLASSES [AMERICAN VOCAL STUDIO]
The American Vocal Studio is offering classes in Vocal Percussion ‘Beat-Boxing’ presented by Cody J. This is a 4-week course with classes scheduled for Tuesday nights. During the course students will explore the basic techniques for making the drum sounds and creating drum grooves. Anyone can learn, and be warned, it is highly addictive!
Contact: Cody J.
Email: cody@americanvocalstudio.com
Phone: 6906 2746
• WESTERN FEMALE PIANIST WANTED [EVENING SHOW]
Chans Productions is looking for a Western female pianist for an evening show. Please send CV, photos and contacts.
Email: chansproductions@gmail.com
• INDIAN SINGER / VOICE ARTIST WANTED [FILM]
Male or female. Please send contacts and demo.
Email: yungp01@netvigator.com
NON-PERFORMING
• COSTUME ASSISTANT WANTED [FULL TIME, PERMANENT]
A large Hong Kong entertainment company is looking for Full Time Permanent Costume Assistants. Responsible for costume registration, distribution, cleaning and repair.
Requirements: Form 3 or above, basic computer skills, previous experience is preferred.
Applicants with more relevant experience may be considered for higher positions.
Please send CV / Resume.
Contact: hkperform@gmail.com
Go get them!
IF YOU WANT TO BE PART OF OUR CREATIVE NETWORK PLEASE SEND YOUR INFO TO root@bloomland.cn. THANK YOU!
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Bookmarkers: Bloom Jobs, Buenos Aires, Creative Network, English, Hong Kong, Macau, Performers
The Hong Kong Youth Arts Foundation (HKYAF) is announcing an open call for submissions for the third Bloomberg Emerging Artists Programme! Having assisted two innovative and engaging exhibitions through this programme over the past two years, proposals and selection of the artists for 2009 are now on its boundary.
Bloomberg has a reputation for its support of educational and cultural institutions worldwide, promoting public awareness and appreciation for the arts and encouraging higher education in its fields. Through this programme YAF and Bloomberg hope to cultivate Hong Kong’s innovative art scene by assisting local artists in their development as professional artists by providing a platform to showcase their work to the public.
The selected artist(s) will be engaged in a 3-month residency period to create a series of work that will culminate in a major exhibition / performance in Hong Kong. As part of the programme, the artist(s) will be required to work on a community art project with YAF to encourage young people’s engagement in art. [Application deadline: 11/5/2009 6:00pm]
• OFFICIAL WEBSITE
• THE FIRST EMERGING ARTISTS [2007]
Não vivo na Ásia. Quero pensar que estou apenas de passagem. Como todos. Mas eu vivo mais para cima, mais a Norte. E o norte sabe sempre tão bem.
- És portuguesa? - perguntei-lhe.
Ela não respondeu.
- Não és portuguesa, o que podes ser? Do you speak english? - quis continuar.
O silêncio manteve-se. Mas quando virou a página do livro que estava a ler, os seus olhos perderam-se por um instante, nos meus. E sorriu, leve, já sem olhar.
E sorriu de novo, na página seguinte. Com mais intensidade. Eu ali a um pouco de distância, dois passos away. Não era chinesa, nem japonesa, nem tailandesa, isso podia ver-se pela sua cara. Podia ser imensa coisa.
Em todas as páginas, debruçava o seu tempo no meu, cada vez com menos pressa.
O livro era em português, todavia. Mas isso não queria dizer nada. Podia coleccionar letras, a fugirem das palavras que não compreendia. Ler não quer dizer nada, se não se ouve. E eu não estava a ouvir um sopro que fosse. E estava tanto vento lá fora.
As páginas andavam para trás e para a frente. Desnorteadas. Eu sorria. Desde o princípio de mim, que eu sorrio.
- "Lês?" - disse ela. Imaginei eu.
- "Leio!"
- "Podes ler-me uma história?" - E eu li-lhe todas as histórias.
Nessa altura, sem imaginar, estávamos de mão dada. Numa só. Ela ao meu lado. A caminharmos na rua. Um sol bonito. Um céu refrescante.
Não falámos, porque eu não sei falar. E também não sei dizer. Eu sei apenas sorrir. E olhar.
E o que me pareceu foi que ela também não fazia mais do que isso. E quando o percebi, beijei-a.
E beijei-a de novo.
E as nossas línguas conheceram-se, finalmente, numa das duas bocas.
A minha sei que é portuguesa. A dela não sei, porque, na verdade, não importa. Se não é preciso falar.
Bookmarkers: Bloom Exclusives, Contos/ Short Stories, Língua/Language, Português, Ring Joid
Each man kills the thing he loves, by each let this be heard.
Some do it with a bitter look, some with a flattering word.
The coward does it with a kiss, the brave man with a sword.
Some kill their love when they are young, some when they are old.
Some strangle with the hands of lust, some with the hands of gold.
The kindest use a knife because, the dead so soon grow cold.
Some love too little, some too long, some buy and other sell.
Some do the deed with so many tears, and some without a sigh.
For each man kills the thing he loves, yet each man does not die.
Each Man Kills the Thing He Loves by GAVIN FRIDAY • WORDS by OSCAR WILDE
Bookmarkers: BLOOM RADIO, English, Escritores / Writers, Música / Music, Poem, Vida / Life
Vessel One by Adam Farlie
Twenty designers including will exhibit sex toys and other objects on the theme of love in Milan next month, during the furniture fair.
Vessel One, designed by Adam Farlie, is the most original one. It's a bed that asks whether an object can become a substitute for a person. Vessel One was created to replace absent people through sound. This object is always listening, constantly recording the sounds made by those who have lain on it. Designed as a sensitive vessel that captures and contains the ‘audio-memories’ of past occupiers through sound. when Vessel One detects silence, it plays back sound memories at random. Sounds are recalled in the bed in the same way a Memory pops into the mind. One might lie in bed and hear past intimacies, infidelities or conversations from a number of days, weeks or even years ago. Vessel One is made of Corian.
Adam Farlie graduated in 2008 from the Design Academy Eindhoven. He specialises in emotional design. He lives and works in Eindhoven, The Netherlands.
[Photo ⓒ Adam Farlie]
• SEE THE OTHER CREATIONS AT THE LOVE DESIGN EXHIBITION
Bookmarkers: Buenos Aires, Design, English, Mundo / World, Taste it
First is the whole environment where this architectonic project is build, a green area, full of trees and just the sky to watch. It moves and it's called the Sliding House. It's an amazing home created by London architects studio dRMM. The brief was simple: to build a house to retire to in order to grow food, entertain and enjoy the East Anglia landscape. The outcome was as unconventional as they come. A structure that has the ability to vary or connect the overall building's composition and character according to season, weather or simply a desire to delight. The part-prefab home consists of a glasshouse, main house, open space and annexe aligned on a track. A garage, off the track, adjoins the open space, creating a courtyard. This is a video from Wallpaper* Magazine who captured the physical phenomenon in the only medium that serves it justice - film. See by yourself and give us your opinion. We know that Macau is not the spot for these wonders but anyhow we dream with such a place.EXTRA LINKS:
• dRMM Website
• Sliding House at Dezeen
• Detailed project in PDF
• At bdonline
• Stephen Bayley writes about it on The Observer
• Finally another great one!
[CLICK ON THE IMAGE TO SEE THE VIDEO © WALLPAPER*][BACK TO BLOOMLAND]
Bookmarkers: Art, BLOOM TV, Design, English, Environment, Revolución, The Greatest, Vision
They passed me by this questionnaire and I took up my pen and read it.
I should just answer the truth and nothing else. That was stated on a small red footnote. If not I would not get the job. I was applying at the local circus troupe for this vacancy of a lion tamer. I didn't have any experience with ferocious animals, but that was not a must, you could be just anyone, man or woman. Anyway, the only thing I had were some cats at home. But the question was not about that. I mean "the question" because there was only one on the paper.
"If you could choose, what would be your way of life?"
Well, I scratched my head a bit bringing on stage all my ancestral desires and wishes. Those things you dream when you're young and once you cross your teens you completely forget. Suddenly they were all there on the same table watching my reaction. So I started.
"If I could choose I would be..."
"A millionaire?", I thought. Yes, a millionaire would be a good idea. I would be just a millionaire and that's all. But then, on second thought, that is a very common answer and like that I would never tame the lions. I never heard about any millionaire taming some savage creatures. Have you?
Of course not. So, apart from being a millionaire I should be something else, at least I would need to mention it, and on the way I should verify all my dilapidated memories and dig deep on it. Telling just the truth and nothing else.
And that's how it ends to be the beginning of this story.
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Bookmarkers: Bloom Exclusives, Buenos Aires, English, Livros / Books, Ring Joid
audience
noun
1 the audience applauded SPECTATORS, LISTENERS, viewers, onlookers, patrons; crowd, throng, congregation, turnout; house, gallery.
2 the radio station has a teenage audience MARKET, PUBLIC, following, fans; listenership, viewership.
3 an audience with the Pope MEETING, consultation, conference, hearing, reception, interview; informal meet-and-greet.
Bookmarkers: English, Língua/Language, Mundo / World
Bookmarkers: Escritores / Writers, Photography
É sempre curioso o método ou o próprio acaso que nos faz escolher o nome das personagens. É quase como escolher o nome de um filho. Depende sempre de uma enorme série de factores. Se é inédito, se é bonito, se tem uma ligação familiar, etc. Nas personagens o campo também está sempre muito lavrado e é preciso reflectir nas consequências. Se chamarmos a alguém Herman, Pombal ou Eusébio, a imagem desse nome fica automaticamente marcado, agarrado a uma figura que já conhecemos, e durante o livro todo essa imagem, quer se escreva ou se leia, não nos sai da memória.
O livro "Longe de Manaus", de José Francisco Viegas, pelo meio tem um Isaltino. De pronto visualizei um homem a dar para o forte, de bigode ou mesmo barba, um cabelinho daqueles e uns óculos que mudam de cor conforme a intensidade da luz. Ah! E um fato de xadrez amarelado. Não sei se foi a intenção do autor construir essa alusão. Mas isto não deixa de ser um ficção, deslocarmos as personagens para o nosso mundo particular. Por essa razão é que a leitura, e a escrita, é uma expressão pura de criatividade e imaginação. Vive com determinação colada a uma espécie de sonho.
Bookmarkers: Escritores / Writers, Livros / Books, Português, Vision
Here's hot! I hate this weather!
Come on bro, cheer up! We all have to get on with it...
This place is so small... we're getting bigger day-by-day... oh no! You know what?! One day when they realize we can't both fit in this cage, you know what will happen to us???
No! Mm... maybe they'll move us to a bigger one! Hurrayyyy!
No, you dumb! They'll either kill or move one of us to somewhere dark... really dark, with no food, no friends, no kids to come and visit us................. sniff sniff..................
Oh! I don't want to live alone! I can't scratch my back without you! What are we going to do then?!
Well... we can keep eating... sleeping... taking a nap... waving at the kids... eating again... and scratch each other's back! Yeah!
Yeah! Let's do it then!
We're so good in scratching backs, no? And we always make those around us smile!
I think what we do best is... is... I can't think of anything... bahhhhhhhhhh!
Ohhhh!!! Don't cry!!! I'll cry too!!! Bahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Sniff... hang on... there must be something we do best!
But we can't think of anything bro...
Oh! I know! Bingo! Day-dreaming is what we do best! Yeah!
Hahaha! Yes! We're geniuses!
There is something I want to do... like learning new crafts, sculpturing, developing films! But we are only two chubby lazy funky pandas...
Right... Those things are always on when we are busy here in the Zoo working for those people... bahhhh! I want to learn more and more!
So what should we do?
Mm... keep dancing, sleeping, eating... and scratching each other's back! Oh, and waving at the kids, putting a smile on them!
Bookmarkers: Aprender / Learning, English, Vida / Life
Baby, está frio lá fora!
Naquela livraria há duas longas prateleiras cheias de livros. Largas centenas, talvez milhares. Estão empilhados ao monte e arrumados sem nexo por alguém que não tem tempo ou destreza para o fazer. Os volumes, não sua maioria cópias contrafeitas na própria casa, umas copiadas à mão outras à máquina, foram ordenados arbitrariamente. E para lá ficaram sem refilar confortados no seu infortúnio. Tanto que eu mendigo por um sítio destes, onde possa comprar livros com esse peso incalculável que vive para além do conteúdo das palavras que lhes vestem as tripas. Obras impressas com paixão, sempre, sem o objectivo necessário do lucro ou a avareza mercantil do negócio puro. Um espaço onde se possa estar a decifrar as páginas que formam estes objectos únicos seguindo as letras calmamente, uma a uma, esperando que as frases se alonguem em linhas e se consagrem num mundo mágico dentro do nosso espírito, por múltiplas páginas; e no final, acariciados dentro das nossas mãos, levá-los para a caixa registadora e sair sem deixar em troca a roupa toda. É raro encontrar um sítio assim. Onde o vender por vender não é de todo o mais importante. Uma livraria é sempre um espaço de culto onde se venera essa unidade central construída pelos habitantes de todos as histórias e pelos seus autores.
Aconteceu-me há uns dias encontrar um espaço assim. Entrei e perdi-me, desaparecendo por completo. Não me lembro em que rua fica, desconheço o seu local exacto, sei que se situa no norte, na fronteira que separa a zona mais antiga da cidade dos bairros de habitação social, uma espécie de Caxemira perdida na floresta de prédios que escondem o beijar do sol. Lá estavam. Duas longas prateleiras que se olham de frente, sem pestanejar, num corredor fundo e mal iluminado. Dir-se-ia luminoso apenas pela luz que bate no pavimento da rua e que rodopia para o interior da loja. Lá dentro o pó dificulta a sua progressão, acabando num indecifrável quadro negro que seria uma parede branca se por acaso existisse o rasgar de uma lâmpada.
Peguei num livro ao acaso, um livro minuciosamente ilustrado à mão, exemplar único, disse-me o guardião daquele templo, que me vigiava os passos. Quando o inquiri acerca do título da obra, uma edição em chinês, respondeu-me que se tratava de uma versão do D. Quixote de Cervantes. Talvez alguém que leu a obra original e fascinado pelo seu enredo debitou das próprias mãos as cores do invólucro feito na memória. Qualquer coisa assim. Teria sido deixado por um viajante que o trocou num casino por quatro fichas de jogo. Abri-o, sem mais. Numa das páginas, envelhecidas com o fundir do tempo, onde três cavaleiros galopam em cima de cavalos agoniados, nenhum deles parecendo o Sancho Pança, dou com um fotografia colada do lado esquerdo. Uma polaroid! Nesse relance, ainda sem a noção imediata do reconhecimento, contemplo uma figura observada por um grupo de camponeses que me olhavam cheios de espanto. Tristes, dei comigo a pensar. Mas o que quase me fez desmaiar foi ver-me representado na clausura plana daquela imagem. Preso e cabisbaixo. Sim, lá estava eu, ao fundo, com um cartaz ao peito onde estava escrito o meu nome. Não quis acreditar no que estava a ver. Tudo aquilo era impossível. Nem um sonho poderia ser.
Constrangido fechei o livro e caminhei para o fim do corredor. Queria pensar mas não era capaz, o ar estava demasiado congestionado. Sentei-me em cima de uma resma de capas duras e onde acabava uma das estantes, à minha frente, estava uma parede de vidro fosco. Um vidro fosco que quase parecia borracha. Ou uma substância pastosa, quase líquida, dependurada na vertical sem se distrair e cair para o chão. Seduzido aproximei-me dela, tocando-lhe. O que aconteceu foi que a minha mão desapareceu lá dentro e quando a retirei, sem esforço, senti-a mais fria. Pousei no chão tudo o que trazia comigo e sem me importar com o velho dono da loja, que me puxava o ombro, dei uma grande salto para a frente.
O que se seguiu não sei bem o que representa. No instante seguinte estava no meio de uma multidão em fúria. Rapazes e raparigas de dentes mal lavados brandiam nos punhos pequenos livros vermelhos. O Livro Vermelho do Camarada Mau, reconheci prontamente. Não sei que terra era aquela, parecia-me tudo muito longe, frio e seco. Um Inverno que me saltou para cima sem qualquer aviso prévio. O meu relógio marcava a mesma hora, dez da manhã. Talvez aquilo fosse uma escola, não dava bem para ver, a profusão humana em delírio, uma matilha imberbe que saltava e gritava esgares sem nexo, ocupava todo o horizonte. Ao meu lado um grupo de homens acorrentados e deitados no chão, quatro ou cinco, comiam páginas de livros. Não era bem comer já que em frente a eles umas enormes espátulas empurravam todo aquele degusto matinal. Mais atrás o crepitar de uma enorme fogueira, onde ardia um incontável número de livros, ocupava o resto da paisagem.
A primeira coisa que me fizeram foi empurrar-me para o meio de um grupo de homens assustados, ordenando de seguida, com ajuda de uma vareta que me vincou o pescoço, que me despisse. Falavam a minha língua porque os percebia, mas tudo o que ouvia era um sibilar de sons desconhecidos. Nem tive tempo de formular qualquer tom de pânico, porque nada daquilo cabia dentro dos meus sentidos e dos meus pêsames. Obedeci. De longe choveram umas patéticas túnicas que sem pensar vesti de imediato. Os jovens enlouquecidos, com as suas pequenas armas pontiagudas, atiravam a doer sem que alguém lhes pudesse governar os ânimos. Aquilo era um joguinho. E eu compreendia o que eles estavam a fazer, porque já tinha lido sobre isso. Mas tomar parte do evento era estar com os dois pés dentro de um inferno muito particular. Aquele movimento de caça a quem ainda tinha um pensamento válido dentro da cabeça, que por alguma razão estudava, criava, ou pertencia ao mundo das artes ou do ensino – a que denominavam com o pomposo nome de contra-revolucionários – regia-se pelo livre arbítrio sem olhar a uma grande lógica, atingindo apenas o fim. Eram hordas de ultra-radicais insuflados que escovavam da face da nação tudo o que lhes fizesse frente. E o fazer frente era não fazer nada, era existir apenas, era saber, era ter um pensamento que fosse fora da ordem que moldava aquele regulamento transitório. As vítimas destes Guardas Vermelhos eram socadas e chutadas por turbas vociferantes e furiosas. Milhares com destino incerto e em certas cidades desapareciam em massa.
No meu caso, depois de me raparem o cabelo, berraram para que escrevesse o meu nome num painel branco que colocaram no chão. Não me deixaram mais espaço, não me deram mais tempo, pegaram em mim e atiraram-me para o meio da praça, para dentro de um palanque onde me deram uma enciclopédia e um pacote de manteiga. Eu deixei que tudo caísse aos meus pés, derrotado. Uma marcha de cornetas e tambores preparava-se para dar a ordem de partida. Para dar continuidade àquela paródia. Foi nesse instante de espera que apareceu alguém com uma máquina fotográfica. Uma linha de mulheres à minha frente de pronto se compuseram e um homem de vinte e poucos anos, vestido com as minhas roupas, desatou a disparar para todos os lados, eu não queria olhar, fixava apenas o chão. Disparava, disparava e disparava. E as imagens, instantâneas, a caírem para dentro de um saco. Eu, com o nome feito em letras de imprensa pendurado ao peito, numa sequela de toda aquela alucinação, dei de novo com o mesmo plasma líquido à minha frente, desta vez a mexer-se no chão, a troçar de mim. Não pensei duas vezes, debrucei-me no varandim e deixei-me cair até ser engolido por aquela pasta húmida. Soube-me bem.
Vim parar de novo ao chão da livraria repleto de pó. O velho monge, guardião do estabelecimento, morto de riso por causa da minha vestimenta, deu-me a mão e ajudou-me a pôr de pé. “Muito perigoso ali dentro”, disse, “tem monstro feio que come criancinha!”. Peguei no meu nome que ainda tinha ao peito e pendurei-o num prego por cima da parede de vidro. O homem deu-me as minhas coisas e com as duas mãos estendeu-me o livro, “oferta da casa, amigo”. Abri-o e a fotografia continuava lá, lembro-me bem, agora. Os cavaleiros a galope fugiam da revolta da cultura que dentro dos moinhos de La Mancha os perseguiam em estridentes cantorias. D. Quixote nem vê-lo.
NOTA: Este texto é uma paródia sobre a extensão do tempo. Inspirado num livro do Henry James chamado The Sense of the Past em que o protagonista se vê representado numa pintura do século anterior. Daí, fascinado pela tela, consegue transferir-se para a data em que a executaram. Entre as pessoas que encontra, figura necessariamente o pintor e este pinta-o com temor e aversão. Chama-se a isto o regressus in infinitum. A causa é posterior ao efeito, o motivo da viagem é uma consequência da viagem.
Eu queria escrever sobre a Revolução Cultural na China, que se estendeu entre 1966 e 1976, ano em que o "Grande Timoneiro" faleceu. É uma pequena escovadela à memória.
[Foi publicado no HOJE MACAU em Agosto de 2005]
Bookmarkers: Bloom Exclusives, China, Photography, Português, Revolución, Ring Joid
In a place they say is dead
in the lake that's like an ocean
I count about a billion head
all the time
there's a motion.
I saw the cloning
of the famous family
I heard the droning
in the shrine
of the sea-monkey.
Beneath reflections in the fountain
the starry sky and Utah mountains
they are swimming happily
can't you see
a life that's so sublime?
in TROMPLE LE MONDE
Readability is a great and simple tool that makes reading on the web much more enjoyable by removing the junk around when you are reading. it's very easy to use, just check it here.
[BY LAB.ARC90]
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Sobre o público e a massa crítica, um texto muito interessante de Maria do Rosário Pedreira, a não perder.
[VIA BLOGTAILORS • QUE A PARTIR DE HOJE PODE SER SEGUIDO AQUI, À DIREITA, EM 'ONDAS CURTAS']
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Aqui! (para que não restem dúvidas...)
1 comments Semeado por / Sowed by: Bloom * Creative Network at 22:57Bookmarkers: Buenos Aires, Escritores / Writers, In Bloom, Língua/Language, Macau, Português
Não porque não quisesse.
Não porque não soubesse.
Mas se calhar,
podendo calhar bem,
no confronto com certos egoísmos
e calhava sempre bem,
podia,
esse mesmo escritor,
fazer-se valer da reabilitada desculpa escrita de que nos servimos,
em não querer, entre várias coisas, dividir
lugares pretensamente comuns,
naturalmente dissolvidos por promessas verbais,
na côdea de um silêncio destoante.
Bookmarkers: Buenos Aires, Pensar/Thought, Poem, Português
Chegou ao fim o enredo da Livraria Portuguesa de Macau. Instituto Português do Oriente recua na decisão de vender as actuais instalações.
Apesar do nosso nome ter aparecido referenciado em alguns momentos na imprensa escrita local, a Bloom manteve-se afastada durante toda a polémica de contestação contra a venda das actuais instalações situadas no centro da cidade, optando pelo silêncio e esperando pela conclusão de todo o processo.
Um mês após a passagem do tufão Hagupit em Macau, em Setembro passado, que destruiu todo o plano então formado, com perdas materiais e emocionais avultadas e incalculáveis, a Bloom foi contactada pelo Instituto Português do Oriente para a possibilidade de gerir a nova Livraria Portuguesa num local diverso da sua actual localização. Recebendo essa oportunidade como uma enorme surpresa prontamente se dispôs a encontrar o lugar ideal para tal encontro. Em Macau a especulação imobiliária é delicada e torna-se difícil encontrar a solução mais correcta e viável. No entanto surgiram duas hipóteses que poderiam ser a marca de uma presença condigna para o futuro de todo o traçado. Desenhámos o cenário sem estabelecer compromissos.
O Instituto Camões de Portugal, sócio maioritário do Instituto Português do Oriente, em Assembleia Geral realizada há dois dias, decidiu entretanto cancelar a venda do espaço da Livraria Portuguesa. Facto que a Bloom acabaria por saber de maneira indirecta pelos jornais e que foi consumado depois da comunidade portuguesa de Macau, em particular, se ter manifestado contra a hipótese dessa transacção. Num protesto iniciado pela mão da associação Casa de Portugal em Macau, tendo lançado para o efeito uma petição online, com resposta determinada, por esse mundo fora, de grande parte dos seus destinatários.
Não nos vamos debruçar sobre o conteúdo da petição, feita minuciosamente com um propósito. Poderíamos manifestar que não continha a exactidão dos factos em causa, mas não o vamos fazer e isso, neste momento, e em qualquer outro que possa surgir, não importa de todo. Não deixava de ser uma causa importante. Aconteceu e o que interessa é a deliberação final ao fim de de um tempo que parecia indeterminado e que acabou por ter um fim.
Não existiu um cronómetro, mas desde o contacto inicial até ao dia de hoje distam quatro meses. Tempo de incrível demora até à possível confirmação. A Bloom ficou congelada todo esse período, absorta em ideias sumptuosas. Muitas vezes recebemos aquelas propostas de correio electrónico não solicitadas “Você ganhou a Lotaria Francesa” ou ”Acabou de ganhar uma herança não reclamada de uma princesa africana”, toda esta história, nesta circunstância, nos parece uma mensagem de SPAM. E a esta distância tudo parece irreal. A livraria, o tufão, as reuniões, as luzes.
Sempre acreditámos, perante o panorama que foi levantado, que tudo poderia não acontecer. Por isso, mesmo solicitados, nunca viemos a público falar sobre o assunto. Talvez, não explicando ao que vínhamos, ao que estava do outro lado da parede, no negro do holocausto da língua portuguesa no oriente, tenha sido um equívoco. Não dizer que tínhamos um projecto de continuidade e a hipótese de um espaço honrado para a edificação de um belíssima Livraria Portuguesa nesta terra, expondo-o às pessoas. “Too late”, alguém dirá. E no fim que dizer? O que resta? Continua tudo como está. É uma repetição de outros acontecimentos também falados na mesma língua, aqui. Os portugueses de Macau ficam mais do que satisfeitos, sobretudo as casas de Portugal e as línguas portuguesas, que vencem esta batalha contra o vento da mudança, tem o deleite da missão alcançada. Será? Terá ficado a causa cumprida? E os escritores que eu gosto, onde estão?
Na razão estava a questão premente de Portugal em abdicar de um espaço físico em Macau onde passam diariamente milhares de pessoas. De abandonar todo a embarcação que já não lhe pertence desde 1999 e desamparar os portugueses que ainda cá se encontram. Um local que tem escrito nas suas paredes a essência de um país e de uma pátria e que se podia volver na possibilidade de ser transformado numa loja de candeeiros. E muito antes de 99, quando se devia ter agido a sério, o que se fez de duradouro pelo português? “A Pátria Vos Honrai que a Pátria Vos Contempla”, ainda hoje está escrito nas Portas do Cerco, na fronteira com o continente chinês. E dizem que desse lado é que se preocupam, que daí é que vem o gosto pela nossa Língua. Pois! Em causa estava a memória de outra época, o símbolo, e a possibilidade de todo o desígnio de uma nação se deslocar para uma rua secundária, sem tanta evidência, apesar de poder ter outra grandiosidade e outro sentido de estado. Isso é irrelevante. Será que não nos podemos valer por nós próprios e partir?
A Bloom nasceu no ano de 2006, abrindo as suas portas em Fevereiro do ano seguinte. Ficava perto do rio, o espaço era pequeno e por vezes deixávamos os clientes sem escolha. Éramos falíveis. No entanto fomos aprendendo a mover-nos, criando o nosso mundo e a nossa imagem, apesar do tempo faltar para uma dedicação exclusiva. Ambicionámos demais, talvez, trazer novas editoras, autores consagrados e aqueles que ficam para lá do consenso comum, os grandes clássicos e em simultâneo os escritores mais arrojados de hoje. Trouxemos pessoas de fora, plantámos um pequeno jardim. Jardim de palavras, feitas com muitas linhas e com muitas páginas. Um livro é um mundo mágico que não acaba. De criatividade, de imagens, de sonhos, de coisas que não se explicam de outra forma. A Bloom mergulhou nesse universo de olhos fechados sem pensar na possibilidade de se dissipar afogada. E no azo da transformação ampliámos o sonho e, mesmo com um túnel por acender, tivemos uma leve esperança de construir outra realidade na cidade. Uma âncora para a disseminação da cultura, a portuguesa e ainda outras, numa janela para o mundo, como um campo de leitura, um lugar para nos perdermos e deixar o tempo correr pelo universo das letras.
É verdade, não desistimos dessa ideia, de criar um espaço assim. Onde por entre um café se possa abordar o tufão da escrita e as vozes doces das palavras. Não temos nada a perder. Mas será que a cidade o merece ou deseja, criando-se assim uma alternativa? E quem somos nós na verdade para vir para aqui fazer afirmações destas? Quem é idóneo no meio de todas estas histórias, os jornais, as instituições, as capas dos livros que não suportam o peso das águas? Será que todos os que assinaram a petição sabiam verdadeiramente o que estavam a assinar? Acredito que sim, pelo nome do País em causa, que é o que importa, mas quantos deles se dedicam realmente à leitura? E em Portugal, alguém sabe hoje o que é isto, o que se passa aqui, alguém tem a noção?
E o que é no fundo a Livraria Portuguesa actual? É tudo o que existe. É o que há. Com os valores bem determinados. São três andares, não importa o elevador, numa rua onde as pessoas passam a toda a hora e que tem um nome gravado em letras grandes. Alguém disse que dava tudo por ela e é tudo o que baste, sem olhar para outro céu. A Bloom também dava tudo por ela, pela ideia de uma Livraria, inserindo no seu escaparate todos os desejos que nos atormentam, mas é preciso que se abram as janelas e deixando-a voar, deixá-la ir para o futuro, num lugar de encontro de culturas e de projecção da cultura lusófona, cá dentro e lá fora. Ali ou noutro lugar. Em todo o seu significado quase que se tornou um local assombrado. Mas somos apenas uma opinião por entre as demais. Logo se verá. Parece-nos que ainda podemos estar todos do mesmo lado.
Deixamos o nosso breve historial com as perspectivas para amanhã que, como o futuro, é sempre um dia incerto. Mas nunca se sabe...
• Breve história da BLOOM [SEGUIR O LINK E CARREGAR EM FULLSCREEN] • O MESMO EM 'PDF' • EM 'DOC'
[BANDA SONORA: The Box "Autumn Yellow", projecto musical que a Bloom trouxe a Macau em Julho de 2007]
LIGAÇÕES RELATIVAS:
• À DISPOSIÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES - por Alexandra Lages no Hoje Macau
• CPM DISPONíVEL PARA ASSUMIR LIVRARIA - por Alexandra Lages no Hoje Macau
• VENDA ADIADA - por Raquel Carvalho no JTM
• IPOR SUSPENDE VENDA - por José Costa Santos na Agência LUSA
• ENTREVISTA A JORGE MORBEY - por Sónia Nunes no Hoje Macau
• "CASA DE PORTUGAL NÃO SERIA MÁ APOSTA" - ainda Jorge Morbey por Sónia Nunes no Hoje Macau
• UMA NOVELA À PORTUGUESA - por Arnaldo Gonçalves no Hoje Macau
• MACAU FICARÁ "MAIS POBRE" • por José Costa Santos na Agência LUSA
• DESASSOSSEGO NA LIVRARIA PORTUGUESA - por Arnaldo Gonçalves no Exílio de Andarilho
• SOBRE A ENTREVISTA A AMÉLIA ANTÓNIO NA RÁDIO MACAU • no JTM
• GOLPES DE MESTRES - por Rocha Dinis no JTM
• PETIÇÃO SEGUE ESTA SEMANA • no HOJE MACAU
• A PETIÇÃO • Casa de Portugal em Macau
• ENTREVISTA A CARLOS MONJARDINO • por Emanuel Graça no JTM
• IPOR CONFIRMA POSSIBILIDADE DE VENDA • por José Costa Santos na Agência LUSA via RTP
Com este vento todo, uma das coisas que aprendemos foi que não podemos ser um dueto de Moisés' ou Maomés a remar no deserto. A montanha assim nunca chegará cá abaixo. ;-)
[DE VOLTA À BLOOMLAND]
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