Eu juro. Todos os poetas estão do nosso lado. Eu juro. E juro que, um dia, todos os políticos se transformarão em estrelas rock e que todas as fardas se confundirão com luzes de néon em cidades sem nome. E juro que, um dia, Marc Bolan ressuscitará por detrás de um écran gigante de vídeo. E que em todas as ruas se dançará ao som de Lou Reed. Take a walk on the wild side. E se, um dia, os fascistas no poder se transformarem em balas perdidas na multidão, nós saíremos à rua, nós seremos mais fortes, nada nos calará, nada nos derrubará. Eu juro.
João Peste, em "Juramento Sem Bandeira" (1987)
Bookmarkers: Bloom Encounters, Buenos Aires, Mundo / World, Português
2 Comments:
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- Anonymous said...
12 September, 2008 14:51Estávamos a preparar o 'Free Pop' e fizemos um tema novo, em cujo refrão eu cantava 'I Swear'. Depois resolvi fazer uma letra em português e acabei por lhe pôr o nome 'Juramento Sem Bandeira'. Quando fizemos a primeira maqueta do tema, achámos que faltava ali qualquer coisa e, curiosamente, tanto eu, como o Sapo e, creio, como o Zé Pedro, todos pensámos que 'pá, aquele gajo dos Mão Morta é que ficava bem aqui, se emprestasse a voz a este tema'. Eu disse que 'se houvesse uma segunda voz aqui, o tema ficava a ganhar' e que por acaso 'tinha em mente uma pessoa'. O Sapo disse: 'será que é a mesma pessoa que eu estou a pensar?'; e o Zé Pedro: 'Eu acho que ficava aqui bem o Adolfo'. Estávamos os três de acordo. Convidámos o Adolfo e ele aceitou. Pelo que ele disse na altura, tinha ficado bastante honrado pelo convite, porque gostava de Pop Dell'Arte (da mesma forma que as pessoas de Pop Dell'Arte gostavam de Mão Morta). Não ensaiámos praticamente. Tocámos o tema uma ou duas vezes para acertar níveis de voz para a gravação e assegurar a escuta dos nossos headphones. Esse ensaio técnico foi também o ensaio artístico. A coisa correu bem e foi feita à primeira.- Anonymous said...
09 May, 2024 05:51Muito bom.
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