"Ya nada Ahora"

YA NADA AHORA
Largo es el arte; la vida en cambio corta como un cuchillo
Pero nada ya ahora

—ni siquiera la muerte, por su parte inmensa—

podrá evitarlo: exento, libre,
como la niebla que al romper el día los hondos valles del invierno exhalan,
creciente en un espacio sin fronteras,
este amor ya sin mí te amará siempre.

O poeta espanhol Angel Gonzalez faleceu na madrugada do passado dia 12 de Janeiro aos 82 anos, em Madrid. O autor, laureado com o prémio Príncipe das Astúrias em 1985, e com o prémio Rainha Sofia de poesia hispano-americana em 1996, vivia nos Estados Unidos desde 1993.

Angel Gonzalez, nascido em 1925 em Oviedo, Astúrias, leccionava actualmente na Universidade de Albuquerque, no Novo México, sul dos EUA.

Entre a sua vasta obra, o autor deixa "Áspero mundo" (1956), "Grado elemental" (1962), "A todo amor" (1988), e as antologias "Lecciones de cosas y otros poemas" (1998), e "Otoño y otras luces" (2001).
Um poeta sem fronteiras que desaparece, mas cujos poemas ficarão para sempre entre os que vivem.

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