Artes mágicas

Desta guerra entre Bruno e o resto do mundo não é difícil adivinhar quem foi o único morto. Mas nem depois de morto o seu fantasma ficou quieto. Se no século XIX parecia finalmente descansar como mártir da todo‑poderosa ciência, arrumado no panteão [...] já no meio das chamas do cadafalso, com um olhar turvo e arrogante, desviou a vista do crucifixo que lhe apresentavam, e acabou “queimado vivo”, consciente de morrer “mártir, e de boa mente, pois que sua alma subiria junto àquele fumo” para ir reconjugar-se com a alma do universo.
in TRATADO DE MAGIAEDIÇÕES TINTA DA CHINA

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