“Uma Cana de Pesca para o meu Avô” é uma colectânea de seis contos de Gao Xingjian, escritor chinês Nobel da Literatura.
A vida é uma coisa estranha. Composta por fragmentos, momentos, lembranças, pessoas conhecidas e desconhecidas, tocamo-la mas raramente a compreendemos. Mas para quê compreendê-la? Por que não observá-la e contar as suas histórias? As histórias da vida. É assim este livro que já vai na sua 10a. edição e que faz parte do Plano Nacional de Leitura português. Os contos variam entre o lirismo e o absurdo (foi com a publicação de peças de teatro inspiradas em Becket que Gao Xingiian se afirmou), e neles são visíveis os sinais de exílio e perseguição, as alusões aos tempos terríveis por que os chineses passaram. Mas há também um sinal de esperança e crença na “bondade do coração humano”: “tudo isso pertence ao passado. Temos de aprender a esquecer”. Este livro não tem regras. Estas histórias não têm importância. Não existem por aqui heróis. Nem anti-heróis. Este livro contém beleza. Estes são alguns dos atributos que fazem de “Uma Cana de Pesca para o meu Avô” um objecto literário peculiar.
SOBRE O AUTOR
Gao Xingjian nascido na China Oriental em 1940, perseguido pelo regime, enviado para um “campo de reeducação” durante a revolução cultural e exilado em Paris desde 1987. Romancista, pintor, dramaturgo, encenador, crítico literário e poeta. As suas peças de teatro são interpretadas em todo o mundo e as suas tintas-da-china circulam nos quatros do planeta. O seu magistral romance, A Montanha da Alma, já publicado neta mesma colecção, teve, aquando da sua publicação em França em 1995, um excelente acolhimento, tanto por parte da crítica como dos leitores, Gao Xingjian recebeu no ano 2000 o Prémio Nobel da Literatura pelo conjunto da sua obra.
Uma Cana de Pesca para o meu Avô, de Gao Xingjian • CONTOS • DOM QUIXOTE
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