Outro aniversário

Este livro, ilustrado com gravuras do próprio autor, teve uma primeira edição em 1994, mas a edição especial que sairá em Outubro (bilingue) para comemorar os 250 anos do artista inclui um extenso ensaio de Manuel Portela sobre a obra de Blake e a reprodução integral das gravuras, disse à Lusa fonte da editora.
«A ausência da forma habitual de 'moral da história' é uma das perturbações de sentido das Cantigas da Inocência e da Experiência, já que o final dos textos defrauda a expectativa de encontrar uma glosa moral das imagens ou experiências descritas anteriormente», escreve Manuel Portela no ensaio que é apresentado como introdução ao livro.

William Blake nasceu em Londres a 28 de Novembro de 1757 e morreu na mesma cidade em 1827.
A partir dos 10 anos, aprendeu a técnica do desenho e em 1772 foi admitido como aprendiz do gravador James Basire, com quem trabalhou durante sete anos, segundo o ensaio que faz parte desta nova edição das Cantigas da Inocência e da Experiência.
Fez «ao longo da sua vida 580 ilustrações e gravuras para vários editores, destinadas a obras de índole diversa - livros de orações, livros de poemas, livros para crianças, narrativas de viagens, estampas artísticas» ou por encomenda de clientes particulares, na descrição de Manuel Portela.
Começou a escrever os primeiros poemas ainda na juventude e estes foram impressos em 1792 sob o título de Poetical Sketches.
Entre 1824 e 1827, fez um conjunto de desenhos, aguarelas e gravuras para A Divina Comédia, de Dante, nos quais trabalhou até ao final da vida.

Partindo da tradição da literatura para crianças, Cantigas da Inocência e da Experiência transforma completamente o seu alcance. Ao recriar a vivacidade e a alegria da criança, ou o conhecimento da morte e do sexo, subtrai a essa tradição os seus símbolos predilectos e inventa novas imagens e ritmos do bem e do mal. Ao defraudar a lição moral da educação religiosa e da pedagogia racionalista, critica a função da poesia na reprodução social. Ao representar a formação da subjectividade e os estados contrários da alma humana, celebra a natureza livre do ser humano.
[FONTE: SOL & ANTÍGONA]

Cantigas da Inocência e da Experiência, de William BlakeANTÍGONA • OUT 2007

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