O Deserto
A uns trezentos ou quatrocentos metros da Pirâmide inclinei-me, peguei num punhado de areia, dexei-o cair silenciosamente um pouco mais longe e disse em voz baixa: «Estou a modificar o Saara.» O facto era ínfimo, mas as não engenhosas palavras eram exactas e pensei que tinha sido necessária toda a minha vida para que eu pudesse dizê-las. A memória desse momento é uma das mais significativas da minha estada no Egipto.
[JORGE LUÍS BORGES in ATLAS • 1984]
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Um dos livros mais esperados e que há muito tinha desaparecido das estantes de qualquer livraria surge de novo numa nova edição. A publicação de «O Jogo do Mundo» (Rayuela) em 1963 foi uma verdadeira revolução no romance mundial: pela primeira vez, um escritor levava até às últimas consequências a vontade de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem usada para a contar. O resultado é um livro único, cheio de humor, de risco e de uma originalidade sem precedentes. Considerado o romance que melhor retrata as inquietudes e melhor resume o Século XX na visão latino-americana do mundo, desde a sua publicação, gerações de escritores são, de uma maneira ou de outra, devedoras de «O Jogo do Mundo». O amor turbulento de Oliveira e da «Maga», os amigos do Clube da Serpente, as caminhadas por Paris em busca do Céu e do Inferno, têm o seu outro lado na aventura simétrica de Oliveira, Talita e Traveler, numa Buenos Aires refém da memória.
Esta é a primeiro passo da editora Cavalo de Ferro pela obra de Cortázar que prosseguirá com a publicação da obra deste importante autor, ainda largamente inédita em Portugal.
SOBRE O AUTOR
Julio Cortázar, escritor e intelectual argentino, é considerado um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo. Mestre no conto e na narrativa curta, a sua obra é apenas comparável a nomes como os de Edgar Allan Poe, Tchékhov ou Jorge Luis Borges. Deixou igualmente romances como "Rayuela", que inauguraram uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo com o modelo clássico mediante uma narrativa que escapa à linearidade temporal e onde os personagens adquirem uma autonomia e uma profundidade psicológica raramente vistas.
Filho de pai diplomata, Julio Cortázar nasceu em Bruxelas, em 1914. Com quatro anos de idade foi para a Argentina, onde, devido à separação dos seus pais, foi educado pela mãe, uma tia e uma avó. Incentivado pela mãe, que lhe seleccionava o que devia ler, desde muito cedo que se interessa por literatura, ao ponto de na sua juventude um médico o aconselhar durante pelo menos seis meses a ler menos e a sair de casa para apanhar sol. Com o título de professor normal em Letras, inicia os seus estudos na Faculdade de Filosofia e Letras, que teve de abandonar logo de seguida, por problemas financeiros.
Por não concordar com a ditadura vigente no seu país, muda-se para Paris, em 1951. Quatro anos antes, por intermédio de Jorge Luis Borges, já tinha publicado o conto "Casa Tomada", o primeiro do livro "Bestiario", na importante revista Anales de Buenos Aires. Em Paris casa-se com Aurora Bernadéz e os dois vivem em condições económicas penosas. Será esta experiência que inspirará parcialmente "Rayuela", que concluirá anos mais tarde. É ainda durante os anos de Paris que aceita o trabalho de traduzir toda a obra em prosa de Edgar Allan Poe, ainda hoje considerada como a melhor tradução em espanhol desse autor.
Morre em Paris, de leucemia, em 1984.
Da sua vasta obra, que inclui volumes de contos, romances e poesia, para além de "Rayuela" («O Jogo do Mundo»), publicado em 1963, destacamos: "Bestiario" (1951), "Final del Juego" (1956), "Las Armas Secretas" (1959), "Historias de Cronopios y de Famas" (1962), "Todos los Fuegos el Fuego" (1966), "La Vuelta al Dia en Ochenta Mundos" (1964), "Ultimo Round" (1969), "Octaedro" (1974), "Queremos Tanto a Glenda" (1980) e "Deshoras" (1982).
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António José Saraiva é respeitado como uma das figuras mais interessantes da vida intelectual portuguesa do século XX. Ensaísta em áreas tão diversas como a Literatura, a História, a Filosofia, a Sociologia, a Educação ou a Política, assinou regularmente crónicas em vários jornais e revistas. Esse rico espólio cultural foi coligido pela irmã, Maria José Saraiva, ao longo de mais de seis anos de trabalho árduo, levado até à minúcia e apresentado sob a forma de livro.
António José Saraiva (Leiria, 31 de Dezembro de 1917 - Lisboa, 17 de Março de 1993) , doutorado em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, foi um professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, bem como historiador português.
Foi militante do Partido Comunista Português e combateu o regime salazarista, tendo sido apoiante da candidatura do general Norton de Matos. Em 1949, foi preso e impedido de ensinar. Durante os anos seguintes, viveu exclusivamente das suas publicações e da colaboração em jornais e revistas.
António José Saraiva foi exilado para França em 1960, tendo em seguida ido viver para a Holanda onde foi professor catedrático da Universidade de Amesterdão e só regressando a Portugal após a Revolução dos Cravos.
Em Lisboa foi professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade de Lisboa.
Ao longo deste percurso profissional, António José Saraiva publicou uma vastíssima e importante bibliografia, considerada de referência nos domínios da História da Literatura e da História da Cultura portuguesas, amadurecida quer na edição de obras e no estudo de autores individualizados (Camões, Correia Garção, Cristóvão Falcão, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins, entre outros), ressaltando-se nesse âmbito os vários estudos que dedicou a Os Lusíadas ou ao Padre António Vieira, quer através da publicação de obras de grande fôlego como a História da Cultura em Portugal ou, de parceria com Óscar Lopes, a História da Literatura Portuguesa.
Crónicas, de António José Saraiva * Quidnovi * ISBN: 9789895541461
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Hey, we are still here. We didn't move, we didn't die. Come to Bloom. We have many beauty fool things you can take home. And you are always welcome.
DIA MUNDIAL DO LIVRO CELEBROU-SE ONTEM
Descontos nas livrarias sempre bem-vindos
Embora muitas pessoas desconheçam o simbolismo do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a Livraria Bloom não deixou de assinalar a data com descontos especiais enquanto que a Pinto’s inaugurou uma feira que se prolongará até dia 23 do próximo mês
Ontem à tarde, tanto a Livraria Bloom como a Pinto’s, esperavam que os clientes saíssem do emprego ou da escola para “comemorar” o Dia Mundial do Livro. Em ambas as livrarias, a data não passou “em branco” e os leitores não lhe foram indiferentes.
Enquanto a Livraria Bloom, situada no Largo do Pagode do Bazar, brindou os clientes com 20 por cento de desconto em todos os livros, produtos culturais e jogos para crianças, a Pinto’s, localizada no Largo do Senado, apostou numa feira do livro (essencialmente de língua inglesa) que vai prolongar-se até 23 do próximo mês, com descontos especiais para os membros da livraria.
A meio da tarde, a procura de “leitura de ocasião” na Pinto’s mostrava-se acima do normal “por causa da inauguração da feira”, explicou Josephine, funcionária da Pinto’s. Já na “Bloom”, o responsável António Falcão afirmou que as vendas superaram o normal, mesmo que muitos clientes não soubessem o significado da data.
Já nas livrarias Portuguesa e São Paulo, o Dia Mundial do Livro não motivou nenhuma iniciativa especial.
O dia que a Unesco escolheu para homenagear os livros e autores do mundo inteiro e encorajar todos, especialmente os jovens, a descobrir o prazer da leitura é uma data simbólica para a literatura mundial, uma vez que foi nesse dia que Cervantes e Shakespeare morreram. Esta é também a data de nascimento ou da morte de outros nomes bem conhecidos da literatura como Maurice Druon, K. Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
[Sandra Pereira no JTM]
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No final da manhã, conquistado o Terreiro do Paço pelos revoltosos, encontrar-se-á em cima de um "palanque apropriado" que o capitão Salgueiro Maia lhes oferecera, a si e a meia dúzia de outros companheiros privilegiados, para que não perdessem "pitada da operação militar.
É aí, do meio de uma coluna blindada, em pé num Unimog transformado em "verdadeira tribuna ambulante e ao vivo", que Carlos Gil testemunha e dá testemunho, em dezenas e dezenas de fotografias, do "primeiro acto de explosão popular do 25 de Abril". Quando vê correr na sua direcção "de cada canto, primeiro dois, três, vinte, agora cem, mil... uma multidão" de cidadãos que "como formigas" avançavam aos gritos para saudar "soldados e jornalistas".
"Do alto do Unimog", o fotógrafo lança o olhar e a lente da máquina sobre o formigueiro que engrossava por toda a Praça do Comércio, e recorda imagens idênticas "vistas clandestinamente em filmes de Eisenstein, rodados na Praça Vermelha de Moscovo". A multidão acompanha a coluna até ao Rossio, sobe com ela até ao Largo do Carmo, incita-a nas longas horas do cerco, aplaude Maia e Spínola, corre à Rua António Maria Cardoso a vaiar a PIDE, ruma, sem sono, até Caxias para receber os presos políticos.
De cada momento a máquina de Carlos Gil fixa a luminosidade, regista a temperatura humana. É, para o fotógrafo e para o cidadão, "o início de uma longa caminhada". Que cidadão e fotógrafo hão-de fazer juntos, até ao último dia de vida, afinal bem curta como mais uma vez aconteceu a quem os deuses amam.
[POR ADELINO GOMES]
SOBRE O AUTOR
Para Carlos Gil o teatro foi a sua paixão, antes de se profissionalizar noutra área distinta. Em 1968 trocou Direito (frequentava o 4.º ano da licenciatura) pelo jornalismo, entrando para A Capital, onde se iniciou, mais tarde, como fotojornalista.
O 25 de Abril encontrou-o na revista Flama, onde se manteve até 1977, ao mesmo tempo que ensaiava colaborações na imprensa portuguesa e estrangeira. Além desta revista e daquele diário diversos jornais portugueses e estrangeiros publicaram os seus textos e fotografias. De 1990 a 2001 (o ano da sua morte) Carlos Gil foi editor fotográfico da revista Tempo-Livre .
Colaborou em televisões e jornais com crónicas sobre a guerra do Golfo e as eleições de 1995 no Iraque (RTP, TSF e SIC) e o 10.º aniversário do 25 de Abril (guião e entrevistas para a Radiotelevisão Belga). Tem fotos publicadas em diversas obras de referência.
Um Fotógrafo na Revolução, de Carlos Gil • EDITORIAL CAMINHO
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World Book and Copyright Day (also known as International Day of the Book or World Book Days) is a yearly event on 23 April, organised by UNESCO to promote reading, publishing and copyright. The Day was first celebrated in 1995.
The connection between 23 April and books was first made in 1923 by booksellers in Catalonia, Spain as a way to honour the author Miguel de Cervantes who died on that day. This became a part of the celebrations of the Saint George's Day (also 23 April) in the region, where it has been traditional since the medieval era for men to give roses to their lovers and since 1925 for the woman to give a book in exchange. Half the yearly sales of books in Catalonia are at this time with over 400,000 sold and exchanged for over 4 million roses.
In 1995, UNESCO decided that the World Book and Copyright Day would be celebrated on this date because of the Catalonian festival and because the date is also the anniversary of the birth and death of William Shakespeare, the death of Inca Garcilaso de la Vega and Josep Pla, the birth of Maurice Druon, Vladimir Nabokov, Manuel Mejía Vallejo and Halldór Laxness
Although 23 April is often stated as the anniversary of the deaths of both Shakespeare and Cervantes, this is not strictly correct. Cervantes died on 23 April according the Gregorian calendar; however, at this time England still used the Julian calendar. Whilst Shakespeare died on 23 April by the Julian calendar in use in his own country at the time, in actual fact he died ten days after Cervantes, because of the discrepancy between the two date systems. The apparent correspondence of the two dates was a fortunate coincidence for UNESCO.
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Amartya Sen, Prémio Nobel da Economia, argumenta neste ensaio que o conflito e a violência são hoje sustentados pela ilusão de que os seres humanos se definem exclusivamente, ou sobretudo, a partir de uma única identidade. Como se o mundo fosse constituído por uma federação de religiões, ou de culturas, ou de civilizações, ignorando-se a relevância de aspectos como o género, a profissão, a língua, a ciência, a política...
Em alternativa ao «choque das civilizações», o autor clarifica que não é forçoso aceitarmos as civilizações como critério primordial de classificação da humanidade, analisando temas tão diversos como o terrorismo, a globalização, o fundamentalismo, o multiculturalismo e o pós-colonialismo.
Através da sua perspicaz investigação, Sen salienta a necessidade de uma compreensão clara da liberdade humana e da eficácia de uma voz pública construtiva na sociedade civil global. O mundo, como Sen demonstra, pode ser conduzido para a paz tão firmemente como, em tempos recentes, tem caído numa espiral de violência e guerra.
No «Prefácio» pode ler-se: «É bem provável que as perspectivas de paz no mundo contemporâneo dependam do reconhecimento da pluralidade das nossas afiliações e do uso da reflexão, assumindo-nos enquanto vulgares habitantes de um vasto mundo e não como reclusos encarcerados em pequenos compartimentos.»
SOBRE O AUTOR
Amartya Sen nasceu em 1933, em Santiniketan, uma cidade universitária indiana. É em Dhaka, hoje em dia capital do Bangladeche, que se situam as suas origens familiares e foi lá que passou a maior parte da infância e iniciou a sua educação formal. Depois de alternar os seus interesses entre o sânscrito, a matemática e a física, acabaria por descobrir o fascínio da economia. Sen é hoje um dos mais notáveis pensadores mundiais, uma referência para a discussão de temas como a globalização, o liberalismo económico, o terrorismo ou a desigualdade entre os géneros.
Identidade e Violência, de Amartya Sen • Edições Tinta da China
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Olha como foi, no Largo do Carmo
0 comments Semeado por / Sowed by: Bloom * Creative Network at 19:56Os momentos mais marcantes e tensos da revolução de 25 de Abril de 1974 viveram-se no Largo do Carmo, tendo como epicentro o quartel que desde 1845 funciona como Comando da Guarda Nacional Republicana e das guardas suas antecessoras. Se, por um lado, se encontra bastante documentado o papel dos militares do Movimento das Forças Armadas e da população que ajudou à vitória da liberdade, por outro, é muito escassa a documentação relativa ao papel dos militares da GNR na Revolução e as informações sobre as últimas 14 horas do derradeiro chefe de governo do antigo regime no interior do Quartel do Carmo.
É neste contexto que surge esta obra, onde o autor, ele próprio oficial da GNR, efectuou uma investigação histórica acerca dos acontecimentos ocorridos no Carmo, começando pelos antecedentes da Revolução e prolongando-se até à consolidação da democracia em Portugal. Para tal, privilegiou o testemunho dos principais intervenientes nos acontecimentos, sobretudo dos militares da Guarda Nacional Republicana e dos seus familiares que à época residiam no interior do Quartel do Carmo, bem como dos familiares de alguns militares e civis entretanto falecidos. Paralelamente, procurou consumar uma síntese da documentação mais directamente relacionada com os acontecimentos no Largo do Carmo e com a participação da GNR.
Com a publicação desta obra fica mais completo o quadro histórico da Revolução de Abril e é feita luz sobre momentos cruciais e dramáticos do próprio dia 25 de Abril, os quais se revelaram decisivos para a ulterior trajectória da revolução.
No caso do 25 de Abril de 1974, os detalhes, o acaso ou a sorte acabaram por bafejar os intervenientes, protegendo as manobras e impedindo o derramamento de sangue no interior do Quartel do Carmo e no Largo do Carmo.SOBRE O AUTOR
NUNO ANDRADE
Nuno Andrade em 1965 no Porto. É licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a carreira militar no Regimento de Comandos em 1986. É major na GNR desde 2002, tendo passado a desempenhar as funções de director do Arquivo Histórico, Biblioteca e Museu da GNR. Tem efectuado estudos e investigação no âmbito da segurança interna e lecciona a cadeira História da GNR no Instituto de Estudos Superiores Militares.
Autodidacta, iniciou a actividade artística desde muito cedo, na modalidade de desenho e pintura, tendo participado em diversas exposições e elaborado também medalhas comemorativas e símbolos heráldicos.
Para Além do Portão: A GNR e o Carmo na Revolução de Abril, de Nuno Andrade
GUERRA E PAZ • Colecção O Passado e o Presente • 256 Páginas • ABR 2008
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Typhoon Neoguri was here just a step away from Macau. What it seemed like an inoffensive trajectory, going through Hainan Island, what is still faraway from us, it suddenly changed its course and turned its head changing the dailylife in Macau.
Neoguri was the first typhoon of the year in south China and had winds estimated at 160 kilometers per hour. The storm is now loosing its strength and was forecast to weaken as it moved over the South China Sea to eastern Hainan and mainland China, where it waved Macau and Hong Kong up in the North.
As usual, sea ferry services between the two SAR's were suspended starting from early Saturday afternoon. The bridges between Macau and Taipa were closed and all public places and stores were also shut down. A number of ferry services within Hong Kong waters were also suspended. Bloom went home at one o'clock. Better days will come.
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When using Karma, basic safety precautions as below should allways be followed.
1. To reduce the risk of fire, electric shock or personal injury, read and understand all instructions.
2. Do not use Karma near the water, for example: near a bathtub, wash-pool and the like.
3. Do not cover slots and openings of Karma, for they are provided for ventilation and protection against overheating. Never place Karma near radiators or employ when proper ventilation is not provided.
4. Install Karma securely on stable surface. Serious damage may result if Karma falls.
5. To reduce the risk of electric shock, do not disassemble Karma but take it to a qualified service man when some service or repair work is required. Opening or removing covers may expose you to dangerous voltage or other risks. Incorrect reassembly can cause electric shock when the appliance is subsequently used.
Save this instructions.
Warning!
To prevent fire or shock hazard, do not expose Karma to rain or any type of moisture.
Thank you for listening.
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{uma versão da história, sempre melhorada, publicada hoje em papel, virá para aqui no Domingo}
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No âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios Históricos o IPOR organiza uma sessão promovendo uma aula aberta com o arquitecto Mário Duque denominada "As Influências Ocidentais que tiveram expressão na Arquitectura de Macau". Hoje pelas 18 horas nas instalações do IPOR, no edifício do Consulado de Portugal em Macau, no Café do Oriente. Não perca. Sessão aberta a todos.
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The Departement of English of the University of Macau presents:
Steven Schroeder • Shenzhen University
That Reminds me of a Story:
Making Ourselves at Home in the Practice of Ethics
When Aristotle wrote that we go to the city to live but stay to live the good life, he had a village in mind. Philosophers have struggled since before Aristotle to imagine the good in the real form of a city where people could live it. But cities of ten thousand villages, like the ones we inhabit now, pose problems Aristotle could not have dreamed. But we have to. And dreaming cities of ten thousand villages takes place at an intersection where philosophy and creative writing meet. It is an act of imagination, of making ourselves at home in the world the way we make ourselves at home as readers and writers in stories and poems.
In this talk, Steven Schroeder will draw on the works of Pierre Bourdieu, Cornelius Castoriadis, Michel de Certeau, Jacques Derrida, Dolores Hayden, Martin Heidegger, Yi Fu Tuan, and Slavoj Zizek - but also particularly on his experience in Shenzhen and Chicago. Poetry and philosophy come to mind through our feet as well as through our ears and eyes. So his work draws on walking the city, from the Texas Panhandle to the Pearl River Delta, as well as reading it philosophically. Steven invites you to explore intersections where we dream cities and invite you to think with him about the philosophical and creative skills we must cultivate to make ourselves at home in a place like the one we've been making here on the Pearl River Delta.
ABOUT THE AUTHOR
Steven Schroeder's most recent book is The Imperfection of the Eye, a collection of poems published by Virtual Artists Collective in 2007. A collection of Chicago poems, Six Stops South, is forthcoming from Cherry Grove Collections. He is the author of ten books of poetry, philosophy, and religious studies--including Touching Philosophy, Sounding Religion, Placing Education; Between Freedom and Necessity; and The Metaphysics of Cooperation--from Editions Rodopi in the Netherlands. He has lectured in Finland, Lithuania, Russia, the UK, the United States, and China, and currently teaches at Shenzhen University and the University of Chicago.
This session will follow with "9 Poets", a Poetry Reading, that will have the presence of the following poets: Steven Schroeder, James Stuart, Jane Gibian, Yao Feng, Amy Wong, Hilda Tam, Elisa Lai, Iris Fan and Christopher Kelen.
The venue will be at Room L105 • University of Macau, tomorrow, Friday 17th, 17h30 and 18h30.
For enquiries contact: mychiu@umac.mo
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Nascido numa pequena vila próximo a Paris, Jean Cocteau foi um dos mais talentosos artistas do século XX. Além de ser realizador de cinema, foi poeta, escritor, pintor, dramaturgo, cenógrafo e actor e escultor. Cocteau começou a escrever aos dez anos. Aos dezesseis já publicava as suas primeiras poesias. A sua principal obra de poesia é o livro Clair-obscur, editado em 1954.
Cocteau [1889-1963] viveu ao contrário da invisibilidade. Foi tão fotografado como Dalí ou Picasso, teve o seu rosto tão conhecido como o dos actores. Nas convivências mundanas encantava; encenava um jogo de mãos para cercar tudo de frases que não esqueciam a exibição de uma inteligência vertida em palavras com posições novas ou já esquecidas do seu sentido.
Os seus talentos — na escrita, no desenho, no cinema — apontavam ao despeito acusações de artifício, de brilhantismo enfeitado pelas facilidades do salão. Mas a sua rédea segura vencia. Era capaz de surgir moderno embora fiel às lições de Malherbe; de não recusar a prestidigitação se ela lhe garantisse um brilho de prosa. O desejo de uma modernidade clássica agarrou-o às mitologias e inscreveu nelas a explicação dos desesperos do seu tempo. Apareceu, com isto, sumptuoso e heteróclito.
O tempo de Cocteau deixou-o em suspenso. E longe do seu tumulto vai construindo outro, que é o tempo da sua visão — invisível, como ele a queria por uma questão de elegância.
Parece-me que a invisibilidade é a condição para a elegância. A elegância acaba se for notada. Sendo a poesia a elegância por excelência, não sabe ser invisível. Então, para que serve?, dir-me-eis. Para nada. Quem a vê? Ninguém. O que a não impede de ser um atentado contra o pudor, e apesar de o seu exibicionismo se exercer entre os cegos. Contenta-se em exprimir uma moral particular. Depois, esta moral particular solta-se sob a forma de obra. Exige que a deixem viver a sua vida. Faz-se pretexto para imensos mal-entendidos que se chamam a glória.Visão Invisível, de Jean Cocteau • ASSÍRIO E ALVIM •
A glória é absurda por resultar de um ajuntamento. A multidão cerca um acidente, conta-o a si mesma, inventa-o, perturba-o até se tranformar noutro.
O belo resulta sempre de um acidente. De uma queda brutal entre hábitos adquiridos e hábitos a adquirir. Derrota, nauseia. Chega a causar horror. Quando o novo hábito for adquirido, o acidente deixará de ser acidente. Far-se-á clássico e perderá a virtude de choque. Por isso uma obra nunca é compreendida. É admitida.
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Also from Duncan Baird Publishers (check bellow Cosmos), one of the book-houses we praise the most, comes one of the richest books about Chinese Culture. A very complete and beautifully produced title that can share with you all the knowledge about one of the ancient countries in the world, because this book talks to your ears and shines to your eyes.
Treasures of China presents, in stunning colour photographs, a vivid portrait of this distinguished civilization and its great treasures – tracing the history of the “heavenly kingdom” through its dynasties of rulers, from the Shang and Zhou at the dawn of antiquity down through the millennia to the Qing at the onset of the modern age. The book looks at each dynasty in turn, traces its developments in religion, art and culture, and examines its legacy of artefacts and monuments. An authoritative commentary sets the breathtaking creations of Chinese artists and craftsmen in their historical and artistic contexts and explains the significance of sacred motifs and emblems. Encompassing mythological subjects as well as aspects of the three great religions of Taoism, Confucianism and Buddhism, Treasures of China illustrates beautiful examples of metalwork, silk weaving, painting, jade carving, manuscript illumination, calligraphy, ceramics, lacquerwork and much more – wonderful highlights of arguably the most exciting culture in the world.
Treasures of China • The Glories of the Kingdom of the Dragon, by John Chinnery
DUNCAN BAIRD PUBLISHERS • CULTURE & CIVILISATION • HARDBACK • 224 PAGES •
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In 1982, having sold his jazz bar to devote himself to writing, Haruki Murakami began running to keep fit. A year later, he’d completed a solo course from Athens to Marathon, and now, after dozens of such races, not to mention triathlons and a slew of critically acclaimed books, he reflects upon the influence the sport has had on his life and on his writing.
Equal parts travelogue, training log, and reminiscence, this revealing memoir covers his four-month preparation for the 2005 New York City Marathon and settings ranging from Tokyo’s Jingu Gaien gardens, where he once shared the course with an Olympian, to the Charles River in Boston among young women who outpace him. Through this marvelous lens of sport emerges a cornucopia of memories and insights: the eureka moment when he decided to become a writer, his greatest triumphs and disappointments, his passion for vintage LPs, and the experience, after fifty, of seeing his race times improve and then fall back.
By turns funny and sobering, playful and philosophical, What I Talk About When I Talk About Running is rich and revealing, both for fans of this masterful yet private writer and for the exploding population of athletes who find similar satisfaction in distance running.
What I Talk About When I Talk About Running, by Haruki Murakami
Translated by Philip Gabriel
HARVILL SECKER • BIOGRAPHY • 112 PAGES • PUBLICATION DATE: MAY 2008
The Several Lives of Joseph Conrad is the first new biography in more than a decade of one of modern literature’s most important writers--whose work remains widely read and acutely relevant eighty years after his death. In this authoritative, insightful book, we see Joseph Conrad as a man who consistently reinvented himself. Born in 1857 in Berdichev, Ukraine, he left home early and worked as a sailor out of Marseilles; traveled to the Far East and Africa with the British merchant navy; and, finally, in 1891, settled in England, beginning a precarious existence as an novelist and family man. Here is a Conrad for our moment: a man with a deep sense of otherness; a writer with multiple cultural identities who wrote in his third language and whose fiction became the cornerstone of literary Modernism.
With his exceptional knowledge and understanding of Conrad, and drawing on unpublished letters and documents, John Stape succeeds in casting an illuminating new light on the life of a willfully enigmatic man who remains one of the greatest writers of his, and our, time.
John Stape has brought Joseph Conrad so much to life – a working writer, a man subject to pain and vicissitude, not a 'study,' not a statue – that inevitably one suffers with him. Jessie Conrad, too, is alive in these pages, and their son Borys so much so that Stape can't help wanting to give him a good thrashing. Especially striking in the scope of this superb biography is its organic human trajectory, the evolution of Conrad from where he began to what he became. The undistinguished young Conrad could really be anyone at all; the old Conrad is Conrad, and not because the image is so familiar--those omniscient creases fanning out of all-seeing eyes that have known dread. One finishes reading in something like a state of personal mourning: a life that is as sad as it is triumphant.The Several Lives of Joseph Conrad, by John Stape
Cynthia Ozick, author of Heir to the Glimmering
PANTHEON BOOKS • BIOGRAPHY • HARDCOVER • MARCH 2008
In this timely, highly original, and controversial narrative, New York Times bestselling author Mark Kurlansky discusses nonviolence as a distinct entity, a course of action, rather than a mere state of mind. Nonviolence can and should be a technique for overcoming social injustice and ending wars, he asserts, which is why it is the preferred method of those who speak truth to power.
Nonviolence is a sweeping yet concise history that moves from ancient Hindu times to present-day conflicts raging in the Middle East and elsewhere. Kurlansky also brings into focus just why nonviolence is a “dangerous” idea, and asks such provocative questions as: Is there such a thing as a “just war”? Could nonviolence have worked against even the most evil regimes in history?
Kurlansky draws from history twenty-five provocative lessons on the subject that we can use to effect change today. He shows how, time and again, violence is used to suppress nonviolence and its practitioners–Gandhi and Martin Luther King, for example; that the stated deterrence value of standing national armies and huge weapons arsenals is, at best, negligible; and, encouragingly, that much of the hard work necessary to begin a movement to end war is already complete. It simply needs to be embraced and accelerated.
Nonviolence: The History of a Dangerous Idea
Written by Mark Kurlansky • Foreword by Dalai Lama
MODERN LIBRARY • HISTORY • PAPERBACK • APRIL 2008
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John Steinbeck foi um autor abundante, extremamente cuidadoso na elaboração dos seus livros, amigo de personagens influentes da política, agraciado com o Prémio Nobel e dono de uma visão muito clara dos tempos em que viveu. O seu interesse por temas banidos do incipiente American Way of Live fez até que fosse acusado de ser comunista, facto que as suas três visitas à União Soviética não facilitaram noutro entendimento - uma para fazer uma grande reportagem, fotografada por Robert Capa, com a sua verdade sobre o Leste.
Lançado em 1933, 'A Um Deus Desconhecido' relata a crença de um agricultor da Califórnia que acredita que uma das árvores do seu próspero pomar incorporou o espírito do seu pai, criando através desta metáfora o retrato das diferenças socio-económicas de um dos mais duros períodos da economia norte-americana tão afectada pelo crash económico de 1929. O romance vai andando até que um dos irmãos se assusta com as crenças pagãs em torno da árvore e a corta, fazendo abater a desgraça sobre a família. Sacríficio, fé, determinação, estoicismo e loucura, sempre presentes numa luta desigual entre o homem e a natureza elevada a um ser divino. A morte é a salvação porque nos mistura com a própria terra.
John Steinbeck envolve as suas personagens numa trama de mistério em que o amor pela terra, a descoberta de novos espaços de liberdade, a tenacidade irredutível da vontade de vencer formam parte da mesma mística americana. Edição grandiosa lançada originalmente no ano do centenário do seu nascimento, um relato que pinta o quadro do pensamento de Steinbeck e o define para a história da literatura.
[TEXTO DAQUI E DALI]
A Um Deus Desconhecido, de John Steinbeck • LIVROS DO BRASIL
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Não deixe de ler a primeira aventura de Ring Joid, de novo nos jornais, com As Marquesas. Está mais abaixo. Precisamos do seu feedback, deixe-nos o seu comentário com a sua opinião. Sincera. É isso que nos faz ir para a frente e apanhar mais fruta.
[AQUI]
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Para preparar Abril, que é quase sempre
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A possibilidade de acesso à obra de um artista é a condição “material” para que ele nos seja presente; a publicação deste livro volta a permitir a descoberta do poeta José Afonso. A alteração mais importante que surge nesta edição reside numa nova sequência dos textos não musicados, e corresponde assim também ao desejo de José Afonso de ver publicada a sua obra poética de uma forma cronologicamente tão rigorosa quanto possível. Infelizmente, nem sempre pude corresponder a esse desiderato de forma indesmentível, já que o autor raramente datava os seus textos, e também porque, com a morte de Santos Barros, a identificação temporal dos poemas escritos entre Março e Agosto de 1981 (cerca de metade do corpus não musicado) se tornou impossível devido à sua dispersão no volume que aquele organizou. Mas o confronto com edições mais antigas dos textos de José Afonso, especialmente as coordenadas por Viale Moutinho (José Afonso, 1972 e 1975), em que são publicados poemas não musicados, bem como a datação de alguns textos, permitiram chegar a um critério cronológico fiável.
'Textos e Canções', é uma compilação da obra poética de José Afonso organizada por Elfriede Engelmayer que nos presenteia, não só com os poemas que nos povoam o imaginário colectivo das Canções de Intervenção, mas com tantos outros textos/poemas 'não musicados' e, por isso desconhecidos.A Selva É Aqui
Textos e Canções, de José Afonso • RELÓGIO D'ÁGUA
A selva é aqui
podada ajardinada
por um passado de justas
e torneios
Do bloqueio safou-se
o cantineiro e o eremita
o primeiro num trilho de savana
o segundo na Arrábida
que a seu modo disseram aqui estamos
p'ráqui estamos
venceu-nos a pelagra
Dias e dias de jejuns e medos
mas também de maus tratos da mercancia
e a cabeça do rei sempre acenava
que sim que sim
que a terra ainda ali estava
A pimenta picava-te na língua
marinheiro de sóis
cortado à flor da idade
nem raspas do camelo
só o pelo
e um rasto de naufrágios de bravatas
de mouros de gentios
em cascatas
Por estes crimes tu só te bordaste
ou a tua noiva ou lá quem lá deixaste
teus filhos tuas trevas noite escura
um livro de memórias que inda dura.
ZECA AFONSO PARA A PEÇA 'FERNÃO, MENTES?', DE HÉLDER COSTA
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YOU CAN LISTEN TO:
Scott Walker
I've become the Orson Welles of the record industry. People want to take me to lunch, but nobody wants to finance the picture... I keep hoping that when I make a record, I'll be asked to make another one. I keep hoping that if I can make a series of three records, then I can progress and do different things each time. But when I have to get it up once every 10 years... it's a tough way to work.There are a lot of ‘classic’ (i.e. ageing) rock groups where all is ego and restriction. The bass player only plays what he plays and hasn’t listened to anything new in two decades; the drummer is really only interested in salmon farming and collecting china pigs; the singer thinks he’s Stooges era Iggy reborn but he’s nearer Danny La Rue. Such bands continue to tour the world, but the worlds they encompass narrow to the size of a major chord or two, and the most pedestrian of lyrics (rock-and-roll-must-never-die).
[Scott Walker in an interview for THE INDEPENDENT]
There are a lot of ways Scott Walker might have gone and this is one of them: into showbiz purgatory, yet another bogus man trolling the world like a pale Xerox ghost of himself, before an ensemble of the best session musicians money can buy, maybe even a ‘triumphant return’ at Glastonbury. There are a lot of things people forget about Scott Walker; journalists use words like mysterious and reclusive but is this really so? Draw up an honest profile of Scott Walker and you might find yourself looking at somebody very much like… yourself. How strange is that?
There are a lot of ways you might introduce the stunning, the towering singularity of Scott Walker works, specially The Drift, from 2006. As the critic Cynthia Ozick once said of novelist William Gaddis (three novels in thirty years): he may not have been “prolific”, but “instead he has been prodigious, gargantuan, exhaustive, subsuming fates and conditions under a hungry logic.”
There are a lot of self-proclaimedly ‘experimental’ artists clamouring for our attention, but who else gives us so much space in song, yet still a recognisable song, one marked by sex and pity and perplexity and rage, all the while keeping his ego to a bare minimum. Who else allows so many other voices - unlikely, unmoored, unmourned voices - into his song? Who else gives us language back as such a shock and surprise, as here, in the incredible risk and wager and CRISIS of The Drift, hear how sweeps and heaps of gory or holy or horrific confusion and reflection and fall are rendered with so precise and unfaltering and unique an ear eye and throat, by this man alone, out of time, our first and last and best recording angel, the last Modernist left standing, the only one left alive, Scott Walker.
[FOLLOWING THE QUESTION: Is he, for example, being recognised in public again?]MORE HERE:
No, not that often. I had a guy sit down next to me in the tube not so long ago and he said, 'I have to tell you, I'm a big fan of yours. I bought your last two records and - he pauses for dramatic effect - I'm never going to buy one again!' And he got up and walked out. He was really pissed off.
[Scott Walker at THE GUARDIAN]
• 4AD RECORDS
• WIKIPEDIA
• ARTICLE IN THE GUARDIAN
• OFFICIAL WEBSITE FOR 'THE DRIFT' | CHECK THE TIMELINE
• SCOTT WALKER ON YOUTUBE
It's just because, from old times til now, Scott Walker sounds marvelous, special and unique. Something you cannot find in life very easily. He's the only survivor of Brel's plane crash heritage, who managed to kept renewing himself. Come by and feel the power of his songs crawling up through your bones and reaching your soul. I guess he will be playing here all week. Expect him at one of BLOOM RADIO's channels very soon.
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Os últimos anos na Terra dos Homens
0 comments Semeado por / Sowed by: Bloom * Creative Network at 15:56Tenho menos medo da morte do que de me tornar um velho cretino.Em 1977, Jacques Brel, desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções das dezassete que havia escrito, e que virão a integrar o seu último album, esperado há mais de dez anos, e chamado, simplesmente, "Brel". Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se podem antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da última canção que gravou, em Outubro do mesmo ano, “Les Marquises”:
Jaques Brel
Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de mise / Aux Marquises.O disco teve um sucesso imediato: apesar de Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a esse sucesso volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978 a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris em Julho para novos tratamentos. Em Outubro é internado no Hospital com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, às 4 e 10 da madrugada do dia 9 de Outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez: Jacques Brel é sepultado no cemitério local.
[TRADUÇÃO:"Se queres que te diga / Gemer não é opção / Nas Marquesas."]
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s. f.,
• senhoras que herdaram marquesado;
• mulheres ou viúvas de marqueses;
• espécies de canapés largos, com assento de palhinha;
• móveis articulados em que, nos consultórios médicos, se deita o doente;
• alpendres que cobrem a plataforma nas estações de caminho-de-ferro;
• pequenas construções envidraçadas, salientes e colocadas geralmente nas traseiras das habitações;
• leito largo de madeira;
adj. f.,
• diz-se de uma variedade de pêra.
nome
• relativo às Ilhas Marquesas, grupo de ilhas na Polinésia Francesa. Em francês são chamadas Îles Marquises e, nas línguas locais, são conhecidas por Te Henua (K)enana (na língua marquesa do norte) e por Te Fenua `Enata (na língua marquesa do sul) que significa "A Terra dos Homens".
• nas Ilhas Marquesas viveram o pintor Paul Gauguin e o cantor Jacques Brel, onde se encontram as suas campas, a poucos passos de distância.
título
• rubrica semanal de Ring Joid, publicada todas as sextas-feiras no jornal diário Hoje Macau, que teve o seu início em 12 de Abril de 2008.
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After selling more than 2 million copies in Chinese, "Wolf Totem", by Jiang Rong, winner of the first Man Asian Literary Prize, comes now into English and to Bloom.
It has taken 30 years of Lu Jiamin's life (born Beijing, 1946), a Chinese dissident and author, to complete this novel, which he wrote under the pseudonym Jiang Rong. "Wolf Totem" can hardly be called a novel, but rather a dedicated piece of research devoted to all that is Mongolian, with folk tradition, anthropology, history and philosophy binding together the book's various theories. More simply put, it tells of the lives of Mongolians on the grasslands and of their complicated feelings towards the wolf. Despite the weight of learning behind it, "Wolf Totem" is not a purely academic undertaking, and therefore better examined alongside other sophisticated historical epics such as Tolstoy's "War and Peace." This is a book full of fascinating legends which have caused the most discussion among critics.
The novel vividly reflects the colorful lives of a ground civilization and describes the valiant, courageous and strong characters which are formulated in the bitter natural environment they inhabit. Pertaining to this natural environment the wolf has played a key role in its development. Legendary wolves, vast grasslands and valiant herdsmen form a metaphorical triangle in the drama: Wolves represent the heaven, grasslands represent the earth, and herdsmen represent the people. Jiang Rong's descriptions of Mongolia's terrible predators are touching for their humanized observations and compliments. Although the wolf is a terrifying animal, it also has a terrible beauty.
Jiang Rong reveals a new philosophical concept of ethnic existence. He thinks different ethnic character depends on different ethnic existence. To expound, ethnic character refers to an ethnic group's behavior and attitude towards heaven, earth, and people, while ethnic existence refers to the original natural environment of an ethnic group and the industries which developed from this environment, industries like hunting or farming. The author has done a great deal of historical research to explain this theory, which he uses to explain China's entire history, and even touch upon the history of the whole world. Meng Fanhua, a famous critic, takes a positive attitude, believing that modern people need to look at the wolf's story to reflect on the development of human society, where romanticism has replaced heroism.
Many are more doubtful than Meng Fanhua, and two philosophical ideas in the novel have aroused particular criticism. The first is Jiang Rong's musings on the nature of the wolf and the sheep. Issue has been taken with the summary of the Mongolian character as reflecting the wolf's nature, and the Han character as reflecting that of the sheep. In fact, there is even disagreement as to the accuracy of his definitions, with "wolf-like" in the book meaning valiant and daring, and "sheep-like" meaning tender and conservative. Clearly, Jiang Rong's theory cannot be consistently applied to history, with a number of bloody eras and events in Han history quite self evidently closer to the nature of the wolf than the sheep, but equally clearly not related to the wolf according to his criterion.
The other disputed point concerns the wolf totem and dragon totem, with the former belonging to the Mongol ethnicity, and the latter representing the Han. Whether the dragon is really the totem for the nation of Cathy, the ancient Han empire, is certainly highly debatable. Historians believe that the dragon and phoenix were used by ancient China's rulers only for self-aggrandizement and to frighten their officials and citizens, rather than as a national symbol. This original use of the dragon as a symbol of the ruling elite obstructs the idea that its totem represents the whole Han ethnicity, and makes any talk of Han people being the "offspring of the dragon" appear to be nothing more than a modern myth. Maybe we should take away from "Wolf Totem" the more down-to-earth conclusions of famous journalist Bai Yansong, who feels that on the grassland, wolves are respectable opponents, but not partners. For him, the Mongolian believes in, and worships the wolf because they feel that they deserve their respect as a worthy rival. More saliently, in terms of the need for the wolf's spirit in modern society, he does concede that people often recoil from the truth and the justice because of fear, but at the same time there are frequent examples of violence and outrage. So maybe the childlike conclusion that we can draw out of all this tortuous philosophical rambling is simply, that we all need something of the wolf and the sheep in us, depending on the situation.
[SOURCE: CRI • EDITED AT BLOOMLAND]
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«Since Beijing was awarded the Olympic Games in 2001, the city has been pelting itself into modernity. By the opening of the games, it will have added five new subway lines, 300 kilometres of road, 37 new sports venues, and uncounted millions of square metres of retail, residence and office space. Hundreds of skyscrapers have been built in the past 15 years.
Cranes have long been considered sacred in China, cherished by Buddhists, Taoists and the Manchu: black-necked, sandhill, red-crowned. Now a different type of crane dominates Beijing's skyline: Positech, Manitowoc, Pegasus.More than half of the world's construction cranes are presently in China. I can count 34 of them from the windows of my apartment alone.
Human labour is so abundant here, planning restrictions so loose and safety regulations so scant that buildings can be knocked down and thrown up in astonishing times. Beijing's population of migrant workers is estimated at five million; thousands more arrive from the countryside every week.»
[ROBERT MACFARLANE IN THE TELEGRAPH • READ THE WHOLE THING HERE]
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É preciso começar por qualquer lado, o princípio, não importa muito como são as primeiras letras, o que dizem as frases iniciais. Como aparecem. O som delas. Depois o eco. E por fim o declive da sua memória.
Espantoso. Achava que já tinha passado aquele limite de idade em que já não fazia figuras como esta. Não, não é vergonha. Só o invisível empenho que demarca a nossa conduta e nos mantém aptos junto aos restantes. O Mundo. De certo modo, e mesmo com todo o meu passado, de pessoa respeitável, o que já é um feito a ter em conta, nem eu estava à espera de me comportar desta maneira. Mas aqui estou. Não consegui fugir ao inevitável. Já me tinham avisado. Por muitas vezes tinha observado o comportamento dos outros em idênticas circunstâncias. Até me tinha rido com isso e ter achado que era, sem sombra de dúvida, bastante ridículo. Agora não há muito a dizer. Nem mais nada para explicar. Aconteceu. Isso é tudo o que conta.
E como foram as primeiras frases desta minha nova vida? Nem sei. Foi como se estivesse há muito a olhar para a mesma imagem, lá ao longe, remota, desfocada, uma coisa muito minha, que a pouco e pouco se foi tornando mais nítida, a ganhar os seus contornos e a receber as suas cores, de sombras profundas. A tornar-se mais perceptível. Para no final perceber do que se tratava e reconhecer a sua forma por completo, compreendendo acima de tudo que ela me tinha acompanhado a vida inteira, e que não era mais do que a configuração absoluta do meu carácter às voltas dentro de mim. Só que até ali, todo o tempo em que a ignorei, não tinha tido capacidade para a decifrar, porque não tinha aprendido a viver. Assim. E quando isso aconteceu já era tarde demais. Já nada tinha o seu valor. Se isto é que é viver? Não quero ter uma resposta. A partir daí nem por sombras queria voltar para trás. Nunca mais. Estava a desenhar uma nova forma de escrita com uma compostura rara e desconhecida. Letras.
E já vamos longe na introdução, já passámos disso. A esta altura já estou muito mais à frente. O Era uma vez já aconteceu muitas vezes.
Foi num dia, num ciclo de cinema, eu estava ali quieto, como em todos os filmes, as mãos entrelaçadas em cima do colo, no escuro, numa das filas da frente. A sala quase cheia. O aborrecimento, lembro-me, legendava o que estava a ver, que até ali não trazia nada de extraordinário. Quando ele entrou, vindo devagarinho, passo a passo, e se pôs a cantar.
Foi um arrepio a primeira frase. Pensei que fosse do frio, do ar-condicionado, da escuridão súbita. Mas ele continuou e eu não quis acreditar. Comecei a sentir-me esmagado, numa paródia de pleno êxtase. Ele a andar, com o sol a rebentar a um fio de nascer e ainda no fim da noite, com o nó da gravata fugido da garganta, o som das cordas na voz da guitarra, tivesse continuado sem mais esperança até ao dia seguinte. Ele, sim. Pensei que tudo aquilo era saudade. Essa palavra que não colabora. Saudade do mar. Saudade a navegar na memória da cidade que me encantava. O amor por uma vida remota e desfocada, funda de sombras, que retomava ali os seus divinos contornos e encantos. Visível. Toda ela óbvia. A apertar-me contra a cadeira. Contra a minha estranha forma de vida.
E fiquei, sentando, as mãos em alvoroço, o olhar fixo naquela representação da realidade, e nas outras que se iam seguindo. Pequenino, ali, sem o conseguir encarar de frente. E a projecção do meu inevitável destino a tornar toda a minha existência perceptível. Não foi de todo medo o que senti. Apenas a exuberância de estar vivo.
Que tempos esses de puro alerta, sem horas, sem dias. Apenas o pó de frases bonitas a apertar com um nó todo o meu ser. A música. O canto. Tabefes, murros, desastres. Mas ao contrário. Sim, com as mesmas letras, mas do avesso.
Não conto o que fiz depois. Que foi tanto. É, se me tivessem explicado antes, diria, que depois dos quarenta já ia muito atrasado, para abraçar toda aquela adolescência por viver. Mas isto não tem idade. Não tem outro feitio. É alegria pura. Sempre, sempre que quiser.
Sim, tem piada só de pensar. Dá-me uma imensa vontade de rir. E isso não é bom? Não é um feito considerável? Correr atrás dele feito o maior dos palermas. Decidido. E segui-lo, para aqui e para ali, país fora. Aos gritos pela estrada, como aquelas meninocas das novelas. Cidades, vilas, aldeias. Quero lá saber. Digo quantas asneiras forem preciso. Isso faz bem. Ajuda. Faço trinta por uma linha, mas eu vou, de dentes cerrados, e amo o azul, o púrpura e o amarelo que moldam toda essa vida. Estou lá! Pouco me interessa, como já me disseram tantas vezes, que me achem, sem sombra de dúvida, bastante ridículo. A verdade é tão simples.
Fico quietinho, num lugar qualquer nas três filas da frente, e sinto. Fecho os olhos. Deliro um pouco. E é uma certa maneira de sofrer. Hmmmmm. Os arrepios de novo. Alguém consegue perceber isto? Saio fora de mim, mas ao mesmo tempo entro, por que aquilo, foi o que me contaram quando era criança, é que é o Paraíso. E eu acredito nisso. Não é uma questão religiosa. Eu sou completamente incrédulo perante essas coisas que fazem as guerras no mundo. Não ligo nem um segundo a essas histórias. E no entanto... sigo-o. Mas ele, posso dizer, é uma pessoa de carne e osso. Não é nenhuma relíquia do passado. Nenhum fantasma. Não lhe inventaram uma cruz nem uns parafusos. Ou um Black & Decker.
E agora estou aqui em cima desta árvore, no meio dos pássaros, a olhar para o palácio, que nem um burro, à espera que ele saia. Formidável. Estão cá mais. Mais mulheres do que homens, como sempre. Mas não importa. Por meu desejo basta que ele se vislumbre. Chega vê-lo de raspão. Eu que não o consigo encarar de frente. Para mim, se alguém quiser saber, esta coisa, é um amor que eu não sei explicar. Facilmente o coração me salta para as mãos, assim, alvoraçado, e fica aqui entrelaçado no colo. Não está escuro, está um sol imenso. Céu azul e tudo, gaivotas pelo ar. Muitas. Vieram também com certeza. Que figura a minha, a minha família diz o mesmo. Tão bom! Não conheço mais nada assim. Acreditem, eu nem gostava disto. Facilmente solto as lágrimas que me apetecer. E isso não é saudade, é saúde. Muita. Choro, sem ninguém dar por isso, assim que ele abre os lábios. E solta do nó da garganta a guitarra toda dobrada dentro da voz. Mas é uma coisa muito íntima, muito minha e dele. Só nossa. Só eu é que noto.
Mas é em absoluto a vida toda a voltar atrás e sou eu a voltar a vivê-la. E para isso, o fim, escreve-se com qualquer letra. O que importa, no final de tudo, são apenas os ecos da memória. Este precipício, que aqui fica.
[As Marquesas • PUBLICADO SEMANALMENTE NO HOJE MACAU E AQUI AOS DOMINGOS • #1 DE 11 ABR 2008]
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Space fuels the Earth-bound imagination with wonder and hope. Today, most of what scientist know about the universe is learned from deep-space images. Cosmos brings together more than 250 of the most important of these in a picture compendium of elegant design, dramatic scale and accessible text. From close-ups of the surface of Mars and Titan to far-flung galaxies and nebulas, the book is both visually stunning and an excellent reference resource.
Discover the beauty of the universe with this collection of more than 180 extraordinary photographs that will take your breath away, that include full scientific commentary.
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Cosmos - Images from Here to the Edge of the Universe,
by Mary K. Baumann, Will Hopkins, Michael Soluri and Loralee Noletti
DUNCAN BAIRD PUBLISHERS • NATURE • PAPERBACK • 320 PAGES
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Do que o leitor português ainda hoje não tem uma clara consciência é de que Ballester, muito antes de ser um romancista reconhecido, já o era como crítico e ensaísta literário, com uma extensa obra publicada de cujo mérito não restam hoje dúvidas, embora no seu tempo tenha gerado muitos detractores e lhe tenha acarretado graves prejuízos pessoais, relegando para o quase anonimato a sua simultânea obra de ficção.
Exerceu a crítica dramática na rádio e nos jornais (peças que, por sinal, ainda não foram reunidas em livro), tendo-se convertido num ponto de referência incontornável no seu tempo. Paralelamente, publicou estudos e ensaios sobre literatura; e um manual (acompanhado de antologia dos autores estudados), abrangendo a literatura espanhola de fim de século (realismo, naturalismo) até aos anos 50, que é uma obra a todos os títulos indispensável e não superada.
A necessidade de ganhar a vida e o gosto que cultivara pelo jornalismo literário nos muitos anos de crítica teatral, deixaram-no sempre ligado aos periódicos como tribuna ideal para difundir as suas ideias estéticas e a sua actividade pedagógica, a que nunca renunciou e de cuja utilidadesocial nunca duvidou.
Nos tempos da maturidade intelectual, quando em paralelo com a sua profissão docente, abandonada já a crítica teatral, ia crescendo a obra de ficcionista, desenvolveu esta espantosa actividade de «colunista», de cujo acervo este livro constitui uma amostra específica. Entre 1964 e 1986 estão vinte e dois anos de colaborações semanais em três épocas distintas, cada uma delas separadas entre si por alguns anos, levada a cabo em três jornais diários espanhóis, um regional, e dois nacionais, que recolheram as crónicas de Ballester, e que completam a sua imagem de intelectual livre e lúcido, de criador comprometido com a sua arte.
Começou no Faro de Vigo (1964-67), matutino de âmbito distrital; continuou no lnformaciones (1973-79), um vespertino de Madrid; e terminou no suplemento cultural do ABC (1981-86), também de Madrid.
Os textos que aqui se apresentam resumem-se aos dois últimos, pois nas colaborações do Faro de Vigo não existem textos da índole dos aqui reunidos, à excepção de dois pequenos fragmentos.
SOBRE O AUTOR
Gonzalo Torrente Ballester nasceu em 1910, na localidade de Ferrol, na Galiza. Licenciou-se em Ciências Históricas na Universidade de Santiago de Compostela, de cuja Faculdade de Letras foi professor até 1940, altura em que integrou o quadro oficial dos liceus como professor efectivo. Leccionou em várias cidades até 1947, ano em que se instalou em Madrid.
Entre 1957 e 1962 publicou a sua famosa trilogia romanesca Os Prazeres e as Sombras, distinguida com o Prémio da Fundação March, também já editada pela DIFEL.
Em 1966 partiu para os Estados Unidos, onde ensinou Literatura Espanhola durante sete anos. Em 1975 fixou definitivamente residência em Salamanca e foi eleito para a Real Academia Espanhola das Letras.
Entre os muitos prémios com que foi distinguido, contam-se o Príncipe das Astúrias das Letras (1982) e o Cervantes (1985), os galardões máximos da literatura em língua castelhana.
O autor morreu em Salamanca, em 1999. Doménica, a sua última obra foi publicada já depois da sua morte.
Sobre a Literatura e a Arte do Romance, de Gonzalo Torrente Ballester
Tradução, Notas e Bibliografia: António Gonçalves
DIFEL • Colecção: Documento e Ensaio • 436 Páginas • 240 MOP$
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Não perca amanhã aqui o regresso de Ring Joid às páginas dos jornais, reposto na web. Todos os domingos, "dia de descanso", para quem não chega à edição em papel, pode encontrar neste espaço a recapitulação de todos os seus passos.
[IMAGEM DO HM LIGEIRAMENTE EDITADA PELO PRÓPRIO]
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Well, is about time to put some sound here. We have the pleasure to announce the opening of BLOOM RADIO today. Supported by Last•FM, the social music revolution, we bring you two channels that you can choose from, play, stop, change, fast-forward, and sing and dance. Look at the right side here at our home. Currently we are playing, on CHANNEL #1, songs from Jacques Brel and related artists and, on CHANNEL #2, Nick Cave as his deadly friends. This will change with time. We're open for requests. Take your peek now and enjoy! We don't need to say more. It's all for you.
[REMINDER]
• BLOOM RADIO #1: Jacques Brel's Similar Artists
• BLOOM RADIO #2: Nick Cave's Similar Artists
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