Os últimos anos na Terra dos Homens

Tenho menos medo da morte do que de me tornar um velho cretino.
Jaques Brel
Em 1977, Jacques Brel, desloca-se a Paris, onde grava discretamente em estúdio doze canções das dezassete que havia escrito, e que virão a integrar o seu último album, esperado há mais de dez anos, e chamado, simplesmente, "Brel". Gravado nas difíceis condições físicas e psicológicas de Brel que se podem antever, torna-se perturbador ler as últimas palavras da última canção que gravou, em Outubro do mesmo ano, “Les Marquises”:
Veux-tu que je te dise / Gémir n'est pas de mise / Aux Marquises.
[TRADUÇÃO:"Se queres que te diga / Gemer não é opção / Nas Marquesas."]
O disco teve um sucesso imediato: apesar de Brel ter pedido que não houvesse publicidade, mais de um milhão de exemplares estavam reservados antes da edição e setecentos mil foram adquiridos logo no primeiro dia da sua venda ao público. Alheio a esse sucesso volta à ilha pela penúltima vez. Em 1978 a saúde começa-se a degradar e retorna a Paris em Julho para novos tratamentos. Em Outubro é internado no Hospital com uma embolia pulmonar, vindo a falecer com 49 anos, às 4 e 10 da madrugada do dia 9 de Outubro de 1978. O regresso a Hiva Oa, dá-se uma última vez: Jacques Brel é sepultado no cemitério local.

0 Comments:

Post a Comment





Copyright 2006| Templates by GeckoandFly modified and converted to Blogger XNL by Blogcrowds and tuned by Bloom * Creative Network.
No part of the content of the blog may be reproduced without notice and the mention of its source and the associated link. Thank you.