Olhaste para ela, e ela para ti, e nesse momento o tempo congelou.
Tarde de mais, embora eu tivesse implorado para que não fosse…
Nem as minhas lágrimas, nem a evocação de saborosos momentos
Impediram a deserção e o fechar dessas páginas.
No nosso fogo sentimos prazeres inigualáveis que não mais partilharemos,
No desabrochar de um morango saboreámos as felizes cores do mundo,
E na candura do vapor provámos o doce mel dos deuses,
que transformámos em alimento do nosso amor!
Assim, entre a frieza das especiarias insípidas,
Sobrevivendo na nata do teu abandono,
Procurando-te nos despojos do nosso desejo,
Senti a condenação do meu corpo ao vazio e na pele o lento chegar da morte.
Não estava certo.
Não como nos fatais desencontros.
Não como Romeu e Julieta,
Nem como amores de perdição.
Na inanição de te ver doutra e não mais meu,
Alimentar-me-ei do vosso amor,
Provarei os frutos dessa união,
E nessa felicidade encontrarei o meu esplendor
E a razão do meu viver.
*À F. e ao Jamie, e à espera de um convite ;-)
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p.s O Jamie manda beijinhos.
F.