Candido ou o Optimismo foi pela primeira vez publicado em 1759. Sabendo à partida que o livro seria proibido, o filósofo iluminista Voltaire optou por uma edição clandestina que rapidamente atingiria níveis de vendas extraordinários para a época. Seguir-se-iam centenas, senão milhares, de edições ao longo dos séculos XIX e XX.
A presente tradução, baseada na reprodução de um original da primeira edição guardado na Biblioteca Nacional de França, procura reabilitar o texto na sua versão inicial, preservando ao máximo as características típicas do discurso de Voltaire nos seus "contos filosóficos": frescura, liberdade de forma e imaginação. A ideia é que, apesar de traduzido, o leitor possa ler Voltaire e não os seus editores e fixadores de texto dos quase 250 anos que entretanto passaram.
As notas e o posfácio desta edição ajudam a compreender mais profundamente os sentidos e as referências do Cândido, bem como a sua relação com Portugal no tempo do Grande Terramoto.
Os belíssimos desenhos de Vera Tavares acrescentam um encanto muito especial ao texto de Voltaire, enriquecendo a sua leitura.
Sarcástico, Voltaire leva o ingénuo protagonista Cândido a debater consigo mesmo o preceito de que estamos no "melhor dos mundos possíveis", através de uma série de aventuras que dramaticamente fazem o protagonista contestar o ensinamento ao qual tanto se apegava.
O romance satiriza as interpretações ingénuas da filosofia deGottfried Leibniz que oferecem motivos para não "ver" os horrores do mundo no Séc. XVIII.
Em Cândido, Leibniz é representado pelo filósofo Pangloss, o mestre do personagem principal. Apesar de enfrentar uma série de infortúnios e desventuras, Pangloss afirma veementemente que "Tout est pour le mieux dans le meilleur des mondes possibles" ("Tudo está para a melhor no melhor dos mundos possíveis"). O romance encerra com Cândido finalmente contestando o optimismo exposto por Pangloss, dizendo "Il faut cultiver notre jardin" ("É preciso cultivar o nosso jardim").
Uma obra a reler, numa bela edição anotada e ilustrada, cuja tradução é feita a partir da primeira edição, de 1759, que pode encontrar na Bloom.
"Cândido ou o Optimismo", de Voltaire
Edições Tinta da China ● ISBN 9728955065 ● 2006
As notas e o posfácio desta edição ajudam a compreender mais profundamente os sentidos e as referências do Cândido, bem como a sua relação com Portugal no tempo do Grande Terramoto.
Os belíssimos desenhos de Vera Tavares acrescentam um encanto muito especial ao texto de Voltaire, enriquecendo a sua leitura.
Sarcástico, Voltaire leva o ingénuo protagonista Cândido a debater consigo mesmo o preceito de que estamos no "melhor dos mundos possíveis", através de uma série de aventuras que dramaticamente fazem o protagonista contestar o ensinamento ao qual tanto se apegava.
O romance satiriza as interpretações ingénuas da filosofia deGottfried Leibniz que oferecem motivos para não "ver" os horrores do mundo no Séc. XVIII.
Em Cândido, Leibniz é representado pelo filósofo Pangloss, o mestre do personagem principal. Apesar de enfrentar uma série de infortúnios e desventuras, Pangloss afirma veementemente que "Tout est pour le mieux dans le meilleur des mondes possibles" ("Tudo está para a melhor no melhor dos mundos possíveis"). O romance encerra com Cândido finalmente contestando o optimismo exposto por Pangloss, dizendo "Il faut cultiver notre jardin" ("É preciso cultivar o nosso jardim").
Uma obra a reler, numa bela edição anotada e ilustrada, cuja tradução é feita a partir da primeira edição, de 1759, que pode encontrar na Bloom.
"Cândido ou o Optimismo", de Voltaire
Edições Tinta da China ● ISBN 9728955065 ● 2006
Bookmarkers: Editoras / Publishers, In Bloom, Livros / Books, Português
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