O 25 de Abril permitiu que tantas coisas pudessem ser escritas e ditas e mostradas e cantadas... porque não celebrá-las então? Porque não deixar o Salazar para outra altura? Ou deixá-lo, simplesmente? Porque temos que o compreender além do que é sabido? Para aceitar? Para o louvar?
Que tal regozijarmos-nos antes com o facto de podermos ler livremente D. H. Lawrence, Henry Miller, Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Torga, Jorge Amado, Vergílio Ferreira, Natália Correia e tantos outros autores que viram parte ou a totalidade da sua obra riscada ou, pior ainda, condenados e castigados pela censura de antes do 25 de Abril por essas obras terem cariz revolucionário, erótico, comunista ou o teor que mais lhes conviesse censurar?
E já agora que tal ouvir um pouco de Sérgio Godinho ou Zeca Afonso - ou Zé Mário Branco! - para arejar as ideias e termos a certeza de que quem ficou para trás ficou lá mesmo?
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bye.