As Crianças, o Pensamento e a Família

Nem sempre os pais são, na relação com os filhos, bem educados. Os pais fazem asneiras, têm birras, "amuam", são teimosos, mas são pais e, de forma mais ou menos equilibrada, vivem a culpabilidade por cada um dos seus actos, duma forma silenciosa (sobretudo) porque "pai é pai"... e os pais nunca se enganam!... Claro que as asneiras dos filhos têm muito a ver com as asneiras dos pais mas, como dizia um amigo meu, pegando numa ideia de um pediatra e psicanalista inglês chamado Winnicott - que, a propósito da relação empática entre a criança e a mãe, falava da necessidade duma "mãe suficientemente boa" - os pais perfeitos são..."suficientemente maus". No fundo, queria ele dizer que "o perfeito é inimigo do bom", ou seja, que os pais realmente bons são os que têm a coragem de ser como são, e que a coragem supõe que eles toleram a culpabilidade (e a dor que ela desperta).

Eduardo Sá é psicólogo clínico, psicanalista e professor de psicologia clínica na Universidade de Coimbra e no ISPA, em Lisboa. Tem uma longa experiência de acompanhamento de fetos e de bebés, de crianças, de adolescentes e das suas famílias. Presentemente, centra a sua actividade clínica no acompanhamento individual de adultos. Tem colaborado regularmente na imprensa, nomeadamente nas revistas “XIS”, do jornal Público, Adolescentes, e actualmente na “Notícias Magazine”, do Diário de Notícias. Publicou, entre outros títulos, “Manual de instruções para uma família feliz”, “Crianças para sempre” e “Tudo o que o amor não é”.

Mais uma leitura que a Bloom traz até si. Uma importante referência de apoio aos pais, para que os pequeninos de hoje sejam grandes homens e mulheres amanhã.

Más maneiras de Sermos Bons Pais, de Eduardo Sá

Fim de Século Edições • ISBN: 972754200X • 2003

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