A Legislação Aeronáutica Internacional e as Regras do Ar determinam quais as condições meteorológicas em que um Aeródromo pode funcionar. Existem mínimos de visibilidade, de tecto ou seja de distância do solo às nuvens, de componentes laterais de ventos, etc.
Uma manhã, em que o Aeroporto de Lourenço Marques estava fechado por falta de visibilidade mínima, um piloto da DETA (Linha Aérea de Moçambique) chama a torre de controlo pedindo a "clearence". Clearence é um termo quue se usa na aeronáutica e que significa autorização para rolar para a pista, alinhar e descolar. Nesta altura o Controlador fornece os dados essenciais como seja a pressão atmosférica ao nível do mar (o que serve para regular o altímetro de bordo), os ventos, a visibilidade, o tecto, etc. Como o aeroporto estava fechado recusei a clearence ao que o piloto, o Comandante Sepodes, respondeu que ia sair na mesma. E assim fez. meteu-se à pista e descolou com o seu bimotor "Fairchild" carregado de passageiros em direcção à Beira.
Como seria natural autuei o piloto. Ao que parece era a primeira vez que um controlador autuava um piloto da DETA.
Uns dias depois fui convocado para uma reunião no gabinete do Director da Aeronáutica, o Comandante Barata, em que os pilotos do DETA contestavam a autuação e me faziam uma acusação de incompetência.
Logo que começou a reunião, os pilotos que vinham carregados com a legislação internacional da ICAO (International Civil Aviation Organization) disseram que o Controlador não podia ter encerrado o Aeroporto e impedido a saída do avião, pelo que cometera um abuso de autoridade e baseavam a sua alegação num artigo que exibiram, uma Notam da ICAO que estipulava que um Aeroporto não podia ser encerrado mesmo que estivesse abaixo dos níveis meteorológicos de segurança.
O que os pilotos não diziam e eu tive ocasião de explicar ao Comandante Barata e aos próprios senhores pilotos, era que essa determinação expressa na Notam evocada fazia parte de uma legislação reguladora, estipulada para o caso de voos de emergência, ou seja de aviões a voar em situação de perigo eminente. Mais uma vez estávamos perante um caso de errada interpretação de leis. É claro que, se um avião por qualquer circunstância estiver a voar em emergência, por avaria nos motores ou falta de combustível, em que o seu último recurso seja um aeroporto encerrado por motivos de segurança, para um caso destes o aeroporto terá que estar aberto e operacional.
Era portanto só para estes casos que na realidade o aeroporto não poderia estar encerrado.
O Senhor Comandante Sepodes foi suspenso por um mês, isto é, não pôde voar durante esse tempo e voltou ao serviço para anos mais tarde vir a fazer uma asneirada que lhe custou a vida, uma aeronave à DETA e a vida a um jovem filho de um funcionário da manutenção que ele levava a bordo quando fazia voltas de pista. As voltas de pista são treinos periódicos em que os pilotos aterram e descolam sucessivamente para que essas operações se tornem rotineiras. Só que naquela dia o Comandante Sepodes andava a fazer o seu treino com ventos laterais muito superiores aos níveis de segurança e numa aterragem uma rajada fortíssima de vento vindo de um lado virou o aparelho que se incendiou e provocou a morte dos seus ocupantes. Eu já não estava na Aeronáutica nessa altura mas ainda me pergunto como foi isso possível, se o Aeroporto com esses ventos laterais deveria estar encerrado.
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Se os polícias de trânsito em Macau, não fazem o mesmo, são maus polícias e desemp+ewnham mal a sua função.
Quantos momentos de perigo ultrapassou e salvou nos inícios da Deta em Moçambique.... Identifique-se melhor para que possa saber com quem estou a lidar. José Sepodes
O dia estava bom e talvez um pouco de vento...mas se a memória não me trai e sendo leiga no assunto,não justificava o enceramento do aeroporto. Nem esses aspectos foram citados na perícia do acidente. Eram mesmo vôos de treino para situações adversas.
Tanto despeito para com alguém que nos deixou há 37 anos,só lhe fica mal!A palavra "asneirada" no seu texto,é insultuosa! Mais ainda, e em abono da verdade e da memória do Comandante Sepodes, importa não esquecer que apesar deste ser o responsável do vôo, no momento exacto em que o avião se descontrolou nâo era ele que estava ao comando mas sim o co-piloto, e as tentativas de reverter a manobra (de acordo com os dados da caixa negra do avião)não foram atempadas.
M.Luisa N.
A sua falta de educação não altera em nada a verdade e a realidade dos acontecimentos que descrevi na minha passagem pela Aertonautica Civil de Moçambique. Não estavam em causa as extarordinárias capacidades como piloto do Comandante Sepodes e os seus grandes feitos como salvador da Deta. O que se descreveu foi o seu comportamento arrogante e abusivo numa dada altura em que eu estava de serviço como controlador no Aeroporto de Lourenço Marques. o que aliás lhe valeu um mês de suspensão. Devo dizer que os pilotos da Deta na sua genralidade eram excelentes profissionais no desmepenho das suas funções e atitudes como as do Comandante Sepodes eram verdadeirtas excepções.
A propósito da minha identificação, ela é bem clara e conhecida. Sou Eurico Ferreira, fui controlador da Aeronautica Civil de Moçambique durante dois anos, tendo ficado classificado em primeiro no concurso de admissão para a vaga de controlador à qual concorreram mais de duzentos concorrentes.
Já não estava na Aeronautica quando se deu o acidente que vitimou o Comandante Sepodes. O que sei foi-me contadfo por antigos colegas. Contudo há aspectos que me intrigam nesse acidente. Se havia vento e perigo de rajadas laterais para um avião em aterragem, proque é que a meteorologia não emitiu um aviso e porque não foi a pista encerrada?
Mal andam os aviões que aterram e descolam se não podem dispôr de uma informaçãp fiável das condições do tempo. Mal dêsses aviões se estão sujeitos a súbitas rajadas imprevisiveis que os podem destruir.
Eurico Ferreira
As minhas palavras duras e até inconvenientes foram motivadas pelas suas patéticas e tristes frases referindo mais uma "asneirada" do comandante Sepodes que lhe custou a vida, acrescentando com requintes de malvadez a perda de uma aeronave e a vida do filho de um funcionário da DETA.
E afinal de contas como diz na sua resposta à D. M. Luisa soude tudo isto da boca de terceiros.
O Sr. Ferreira é mau, mesquinho mesmo para publicar em memórias factos ouvidos de terceiros.
Típico de alguém que trabalha 2 anitos numa função , ouve de terceiros e publica memórias. Não presta mesmo.
Se voçe fosse Homem assumia que errou e pedia desculpa pela referência inapropriada e meio jocosa ao acidente do Comandante Sepodes.
Porque não conta nas suas memórias histórias sobre controladores que permitem que aviões aterrem com um motor em bandeira com rajadas de vento fortes.
Relativamente ao primeiro episódio deixe-me só referir que a pena aplicada de um mês!! foi de tal maneira injusta que só foi possível porque os argumentos do jovem Ferreira tiveram costas quentes.
Ainda tenho bem presente a reacção do meu pai na altura.
MAIS RESPEITO
José Sepodes
PS. Os meus agradecimentos aos comentários da D.M Luisa
E creio que dada a experiência do Comandante Sepodes não terá sido uma "asneirada" mas um processo de acasos que se juntaram no mesmo momento. Se no limiar do perigo tivessem impedido voos nesse dia talvez não tivesse ocorrido o que acabou por acontecer.
Quanto ao primeiro episódio acho que o Controlador se limitou a seguir o rigor das suas funções, um vício que o levou a saltar de emprego em emprego durante toda a sua vida. Chamem-lhe casmurrice se quiserem.
A sua admiração e respeito pelo seu pai só lhe ficam bem. Quanto às suas palavras duras não me incomodam nada e a sua avaliação sobre os meus préstimos ainda menos.Cheguei aos oitenta anos por mérito próprio e criei cinco filhos válidos. O senhor,com toda a sua arrogancia e superioridade tem a quem sair. Não o conheço a si mas conheci o seu pai que não tinha absolutamente razão nenhuma para ter descolado com o avião de passageiros da Deta em direcção à Beira, contra as instruções do controlo de tráfego aéreo e a pena que teve de um mês de suspensão foi muito justa e adequada.Essa das costas quentes é balela.Também lhe ficava bem ter mais respeito
Espero que a mesma o acompanhe até ao fim dos seus dias.
Aqui termino este triste episódio.
José Sepodes
merci de votre compréhension
Sou a filha mais nova do Comandante Sepodes, tinha 4 anos quando o meu pai, experiente e rigoroso piloto da DETA, faleceu no dia 28 de Março de 1970.Lamento que nas suas "memórias" esteja ainda recalcada uma situação que pelo que percebi ambos (o senhor e o meu pai)foram penalizados e portanto o assunto foi resolvido.( Viagem à Beira).
A segunda parte que fala do acidente que vitimou o meu pai e os que com ele voavam não deveria ser mencionado por si uma vez que já não estava na DETA na altura e foi pouco correcto e mesmo ordinário o seu comentário a um piloto com milhares de horas de voo entre as quais muitas de angústia e com aterragens realizadas em condições péssimas de visibilidade e de segurança da pista ( não esquecer que naquela altura as coisas não eram como agora ). O meu pai era um excelente piloto e uma boa pessoa. Se alguma vez foi arrogante e prepotente é porque a pessoa merecia que ele assim fosse. Não sei se sabe que no dia do fatídico acidente que lhe levou a vida ele estava de folga, em casa, a brincar comigo. Foi fazer um favor, foi substituir um colega que estava doente.
O aeroporto devia estar fechado por causa dos ventos? Bom, parece que não estava.Ainda bem que o senhor Eurico chegou aos 80 anos e viu os seus filhos crescerem e válidos, como respondeu ao meu irmão.Deixe a alma do meu pai em paz, deixe de magoar a família e amigos do Comandante Sepodes.O senhor está a chegar ao fim dos seus dias com certeza que terá outras coisas melhores para colocar nas suas "memórias". O meu pai já não lhe pode responder nem com arrogância nem com prepotência nem sem nada.Para que fique bem claro como controlador aéreo o senhor podia ser muito bom( 1º Lugar no concurso, não foi?) PARABÈNS, como pessoa não presta, se houvesse um concurso para isso era desclacificado.Andou aos saltos de emprego em emprego? Afinal não merecia outra coisa depois do que aqui escreveu e nem se dignou a pedir desculpa à viuva do Comandante Sepodes e restante família pela maneira pouco correcta e jocosa como se referiu ao seu último voo."Asneirada"? Isso é o que o senhor tem na sua senil cabeça.
Em memória do meu querido e amigo pai que não me viu crescer aqui ficam as minhas palavras de indignação.
Olinda Sepodes
il est tempe pour vous de retirer cette article qui porte a tinte a la vie privé des enfants du commandant Sepodes.les mémoires do Sr Eurico non aucun intérêt du faite que ce ne sont pas les siennes.Le moderateur de ce site ne connait pas son travail et encore moin les lois de celui si.
merci d'avance.
ps:maintenant que Sr Eurico est parti, il pourra rendre des comptes
a qui vous savez.
Glode77
France
Respeito por ele para quê? Ele também não o teve para connosco, ou melhor não o teve para com a viúva do Comendante Sepodes nem seus filhos, netos e amigos.
Lá em cima que se entendam os dois.
Rita Sepodes P.