A Trégua

«A trégua» é considerado o romance emblemático da literatura sul-americana e uma das histórias de amor mais comoventes da literatura moderna.

Em Buenos Aires, dois amantes vivem um amor que transgride todas as convenções sociais.Martín Santomé é viúvo há mais de vinte anos e praticamente criou os filhos sozinho. Confidencia ao seu diário que se sente cansado de um quotidiano sedentário no escritório e que de dia para dia agravam-se os conflitos geracionais com os seus filhos. O seu único alento é a reforma, para a qual faltam seis meses e vinte e oito dias. Tudo muda quando surge uma nova colega, Laura Avellaneda, num escritório contíguo ao seu – “o seu corpo, a sua boca grande, as suas pernas lindas” – e só assim se atenua a obsessão de Martín centrada nos vinte e oito dias.

Martín descobre pela primeira vez o amor com a jovem e vigorosa Laura. Superando todos os convencionalismos e transgredindo as circunstâncias impostas pela diferença de idades, os dois amantes revitalizam sentimentos e enfrentam os riscos dessa relação amorosa: Martín e Laura vivem profundamente o seu momento no qual se inscreve o sentido da eternidade.Romance emblemático dos anos 60, que continua vivo e a ser um testemunho psicológico e social comovente.

Sobre o autor:
Mario Benedetti nasce em Paso de los Toros, Uruguai, em 1920. Entre 1938 e 1945 residiu quase permanentemente em Buenos Aires. De 1945 a 1975 foi jornalista do semanário Marcha, encerrado nessa data por censura da ditadura. Após o golpe militar de 1973, Benedetti teve de abandonar o Uruguai e partir para o exílio, primeiro para a Argentina, depois Perú, Cuba e Espanha. Em 1949 publica «Esta mañana», o seu primeiro livro de contos e em 1953 o seu primeiro romance «Quién de nosostros», mas foi com o volume de contos «Montevidiano», em 1959, que a sua obra narrativa assume uma concepção urbana. Em 1960, com «A trégua» Benedetti alcançou uma projecção internacional. O romance teve mais de uma centena de edições, foi traduzido em dezanove línguas e levado ao cinema, televisão, teatro e rádio. A adaptação ao cinema foi nomeada para melhor filme estrangeiro na 47.ª edição dos Óscares, mas perdeu a favor de «Amarcord», de Fellini. A sua vasta produção literária abarca todos os géneros, romances, contos, poesia, teatro, ensaios, crítica literária, crónicas humorísticas, guiões cinematográficos e as suas famosas letras de canções. Publicou mais de 60 obras, das quais se destacam o romance «Gracias por el fuego» (1965), o ensaio «El escritor latinoamericano y la revolucion posible» (1974), os contos «Con y si nostagias» (1977)e os poemas de «Viento del exilio» (1981). Benedetti foi galardoado com inúmeros prémios: Premio Jristo Botev de Bulgaria (1986), pela obra poética e ensaística, recebe o Premio Llama de Oro de Amnístia Internacional (1987) pelo seu romance «Primavera con una esquina rota», Medalla Haydée Santamaría do Conselho de Estado de Cuba (1989), Premio Morosoli de Plata de Literatura (1996), Premio León Felipe (1997), Premio Reina Sofia de Poesia Iberoamericana, Premio Iberoamericano José Martí (2001), Premio Etnosur (2004), Premio Internacional Menéndez Pelayo (2005) e Premio Morosoli de Oro (2006). Recebeu também diversos doutoramentos e outras distinções em mais de dez países.

Mais uma sugestão de leitura para o seu Verão, trazida até si pela Bloom.

A Trégua, de Mario Benedetti
Editora Cavalo de Ferro • ISBN: 9789896230487 • 2007

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