Sobre a idiossincracia portuguesa

Neste livro, o autor, Eduardo Prado Coelho, escreve sobre objectos, comportamentos, locais emblemáticos ou características que formam o que poderíamos chamar a idiossincrasia portuguesa.
São coisas nossas, são comportamentos nossos, são expressões nossas que, errada ou certeiramente, julgamos que só nós é que temos (os pastéis de nata ou as saudades) ou que ninguém é capaz de fazer tão bem como nós (o bacalhau, as sopas).
O autor faz uma abordagem muito pessoal de cada um dos temas, recorrendo a episódios, a memórias, a relatos de terceiros, complementada por uma iconografia moderna. As fotografias do livro foram, na sua esmagadora maioria, feitas expressamente para esta edição.
A lista dos tópicos que mereceram a intervenção de Eduardo Prado Coelho é a seguinte:
1. Pastel de Nata 2. Os diminutivos 3. Vinho do Porto 4. O Fado 5. “Tudo bem” 6. Bacalhau 7. Café/ ir ao café 8. Saudades 9. Fernando Pessoa 10. Cais da Ribeira 11. Bairro Alto 12. O Mar/ Guincho 13. Cortiça 14. Sardinhas 15. Cartas Portuguesas /Mariana Alcoforado 16. Roupa na janela 17. Mercearia 18. Sopas 19. Senhor Doutor 20. Calçada Portuguesa 21. Passar pelas brasas 22. Marmelada 23. A culpa morreu solteira

Eduardo Prado Coelho nasceu em Lisboa, a 29 de Março de 1944, e faleceu na mesma cidade a 25 de Agosto de 2007. Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em 1983, na mesma Universidade, com uma tese sobre “A Noção de Paradigma nos Estudos Literários”. Em 1984, passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Em 1988, foi para Paris ensinar no Departamento de Estudos Ibéricos da Sorbonne - Paris 3. Entre 1989 e 1998 foi conselheiro-cultural na Embaixada de Portugal em Paris e, em 1997, director do Instituto Camões, nesta cidade. Colaborou sempre em jornais e revistas, nomeadamente no suplemento literário do Público, Mil Folhas, que saía ao sábado, escrevendo também uma crónica diária, mais pessoal, no mesmo jornal. Autor de uma ampla bibliografia universitária e ensaística, onde se destacam um longo estudo de teoria literária, "Os Universos da Crítica", vários livros de ensaios "O Reino Flutuante", "A Palavra sobre a Palavra", "A Letra Litoral", "A Mecânica dos Fluídos", "A Noite do Mundo", ganha o Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, em 1996, com o diário, em dois volumes, "Tudo o Que Não Escrevi". Em 2004, foi-lhe também atribuído o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom. "Nacional e Transmissível", o último livro que publicou, faz parte da colecção "Três Sinais" da Guerra e Paz.

Esta é a sugestão da Bloom, o último livro publicado de Eduardo Prado Coelho, para lembrarmos e homenagearmos este escritor, ensaísta e professor universitário, um elemento incontornável do panorama cultural português, que com a sua morte fica irremediavelmente mais pobre.

Nacional e Transmissível, de Eduardo Prado Coelho
Editora Guerra e Paz • ISBN: 989801413X

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